segunda-feira, 13 de novembro de 2017


Dampyr Especial 13 leva Harlan a uma Albânia fascinante e misteriosa

Claudio Falco (textos) e Fabrizio Russo (desenhos) nos guiam no novo Especial anual de Dampyr, em uma aventura eletrizante e com muitos mistérios do passado e do presente para resolver (e em pleno dampyr-style nem tudo se resolve e a partida se reabre no final). A história muito envolvente tem como pano de fundo "A Terra das Águias" ou Albânia, um país muito antigo dividido entre a identidade cristã européia e um mundo islâmico nos vários momentos do domínio otomano. Como sempre, a parte história da série é detalhadíssima e nos conta eventos pouco conhecidos, mas importantes para a Europa Ocidental, além disso, quando se vai para os Balcãs, se vive um retorno à casa para Harlan e Kurjak e, são tantas as aventuras que vem a mente dos leitores de Dampyr de longa data.
Harlan segue as indicações de um manuscrito antigo, que conta a história de Giorgio Castriota Sanderbeg, herói nacional albanês, que aparece ligada a um misterioso Conde Vrona, com características similares a um mestre da noite, mas aonde estava nos últimos cinco séculos? Na Albânia junto com Kurjak e Tesla, Dampyr encontra não um, mas, dois mestres da noite, que brigam entre eles pelo controle da Albânia, como se fosse duas cabeças da Águia bicéfala, símbolo da Albânia. Como já aconteceu em outras ocasiões, Harlan é um peão nos projetos obscuros dos mestres da noite, arma letal para destruição deles, no encontro final há um bom nível de tensão e momentos cliffhanger.

Tendo Harlan como sobrevivente, quem sobreviverá entre Conde Vrona e Horvat (este é o nome do segundo mestre da noite)? 
As 160 páginas da história apresentam um seguro balanceamento entre parte histórica e acontecimentos do presente, com uma menção especial para aquelas históricas que têm intensidade épica. Os dois novos mestres da noite são bem caracterizados e descritos de modo que é possível notar a diferença de forma imediata: aparentemente mais reflexivo Vrona, mais violento e sem escrúpulos (mas podemos usar realmente estes adjetivos para os mestres da noite?) Horvat. Resumidamente são dois personagens que Falco dá um passado e razões para agir. A fórmula do Especial com 160 páginas é enriquecida de uma bela história e é novamente de bem sucedida pelos desenhos de Fabrizio Russo, ótimo desenhista de traços polidos e claros. Os seus Harlan e Kurjak são decididos e imediatamente reconhecíveis, assim como, as ações rápidas, furtivas e letais de Tesla que - se permite - tem para mim, a face de anjo (quase uma garotinha) nas cenas que "está em repouso". Muito bem feitas às cenas históricas! Um último comentário, sobre a capa di Riboldi, que cita de modo explícito "O viajante em um mar de névoa" do pintor Friedrich: ótima, sugestiva e, que confirma que a série cuida dos muitos níveis de leitura de quadrinhos. Ação, cultura, citações, são ingredientes sempre presentes em Dampyr.
Agora esperamos a próxima história de Claudio Falco que em novembro junto com Fabiano Ambu, nos leva ao México, para um terrível Dia dos Mortos. Sem ressentimentos! 


Crítica publicada originariamente no site: www.justnerd.it

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