terça-feira, 19 de dezembro de 2017



FÉRIAS!
O Blog vai dar uma parada... recarregar as baterias! 
No Ano Novo estaremos juntos novamente, acompanhando as aventuras de Harlan Draka!
Desde já, desejamos um Feliz Natal a todos e um 2018 de realizações e, claro, com muita informação sobre o Caçador de vampiros da Bonelli!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017


Dampyr #213

Nas origens do Samhain


Na Lucca Comics & Games, na conferência dedicada a série dos matadores de vampiros idealizada por Mauro Boselli e Maurizio Colombo, foi anunciado que em dezembro sairia, O Ano Nono Céltico, história que marca o retorno à coleção de um dos grandes mestres do desenho italiano, Nicola Genzianella, e, nos textos temos Nicola Venanzetti, na sua quarta história dampyriana.
Dezembro - com seu gelo e sua carga de melancolia - chegou e então chega nas bancas também esta história de gosto neo pagão, que chama a atenção dos Audaci: a seguir é nossa crítica - um spoiler free - que esperamos os deixem pelo menos um pouco curiosos.




O autor do episódio, Venanzetti, colocou no centro de sua narração a idéia de dar o devido valor histórico ao Samhain, antiga celebração nórdica, que caia entre o fim de outubro e o início de novembro, de onde veio a ser criado o contemporâneo Halloween. Somente depois de trinta dias, se torna a percorrer as vias do folclore macabro, de um modo menos alegre e peculiar que caracterizou a história anterior, que fala da festa dos mortos no México. 
A ambientação, sugestiva e fascinante desta vez é na Bretanha, lugar envolto pelas névoas do mistério e do horror. Aqui os dois pards Harlan e Kurjak se movem no sentido de colaborar com Araxe, rainha da escuridão e velha conhecida dos nossos (a sua primeira aparição na série remonta a Dampyr #10, Casa de Sangue, obra de Maurizio Colombo e Alessandro Baggi). 
Mas além disso, há muito mais: está presente em toda a sua potente carga de contrastes, o delicadíssimo tema da relação entre velhos e jovens, entre tradições e o esquecimento das mesmas, entre a realidade feita de doença e morte e o desejo de cura e vida eterna. 

Harlan, desta vez, enfrentará ninguém menos que Ankou - ou seja, a personificação da morte - que pega a vida de quem não a respeita e oferece uma nova chance a quem, à beira do despero, está disposto a tudo para não deixar esta terra. A figura de Ankou está ligada à antigas lendas bretãs e é representado graficamente como "o cocheiro da morte".

Precisamos admitir que Venanzetti amadureceu muito no curso dos três anos que se passaram desde a sua estréia dampyriana ( com O Outro Portal, Dampyr 176) até hoje. Maior é a atenção na construção da história, mais profunda é a escavação na psicologia dos personagens (maravilhoso o trabalho sobre o velho Auguste), mais incisivos os diálogos e mais apuradas as cenas de ação.


E o que dizer do extraordinário trabalho de Nicola Genzianella? O desenhista milanês, nascido em 1967, está na série Dampyr, praticamente desde o início, chegou a sua vigésima segunda história e, difícil negar, parece melhorar história após história. O seu trabalho se reconhece imediatamente e o uso de diagonais é particularíssimo, para não das suas páginas à meia tinta (seu ponto forte). E nesse episódio Genzianella se destaca com as atmosferas nebulosas da Bretanha, sobretudo nas cenas ambientadas em lugares tétricos e sombrios. 

Não nos resta outra coisa senão convidá-los a ler o episódio, novo mergulho no folclore e no horror puro, ótimo modo para celebrar com Dampyr o ano novo céltico.

Rolando Veloci



Publicado originariamente no blog: www.gliaudaci.blogspot.com

sábado, 9 de dezembro de 2017


MAURIZIO ROSENZWEIG
O Desenhista esteve na redação e nos apresenta uma página de seu novo Dampyr.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


Série: Dampyr, 212
Episódio: O Dia dos Mortos
Textos: Claudio Falco
Desenhos: Fabiano Ambu
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Riccardo Riboldi
Páginas: 96 
Editora: Bonelli, 11-2017 



O Dampyr que está nas bancas este mês, nos leva ao México, em pleno festejo do Dia dos Mortos. Segundo a cultura asteca, neste período os mortos atravessam a fronteira que separa o reino deles, o Mictlan, daquele dos vivos. Hoje, a população festeja nas ruas, usando coloridas máscaras fúnebres e degustando especialidades, como o pão dos mortos, preparado para a ocasião, dos sanguinários rituais pré-colombianos resta somente a macabra recordação que se insinua na atmosfera carnavalesca.

O time de Harlan Draka chega ao México depois que o agente Quintana, falou da existência de um novo grupo de narco traficantes, que se faz chamar de "Os Filhos de Ixtlàn", e parecem ligados a um Mestre da Noite que levou a pior, depois de ter se encontrado com Dampyr.
Estes vampiros são aliados de Abigor, um medalhão da espionagem infernal.
Enquanto Harlan e seus pards se encontram em Tepito, em plena celebração da festa dos mortos, encontram Jimena que esclarece a eles, a origem asteca da festa. Uma emboscada preparada pelos vampiros, leva nossos heróis a um antigo templo, Dampyr passa a porta de entrada e vai parar no Mictlan.
Harlan conseguirá sobreviver às armadilhas daquele mundo assustador e, no qual, deverá lutar com Abigor, graças a sua natureza vampírica, que assumirá o controle e, a providencial chegada de Tesla.

Este Dampyr se revela uma leitura interessante para o período de Halloween, graças à habilidade de Claudio Falco de fazer malabarismo entre o quotidiano, o folclore e o horror.
A praga da droga através dos cartéis, encaixa-se como uma luva no clímax da festa dos mortos e uma viagem para o outro lado é apenas a cereja do bolo.

Fabiano Ambu é indubitavelmente um dos melhores desenhistas italianos e também este Dampyr não nos decepciona, sobretudo para o que ele cria com relação às sombras, que diminuíram e se concentram nos detalhes do trato. O melhor, porém, vemos nas páginas dedicadas às tumbas astecas, aonde ganham vida criaturas assustadoras em paisagens de pesadelo.



Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.com

terça-feira, 5 de dezembro de 2017


Hoje nas bancas italianas: Dampyr 213


No Samhain,com sua carroça de cadáveres, chega Ankou...


ANO NOVO CÉLTICO

Argumento: Nicola Venanzetti
História: Nicola Venanzetti
Desenhos: Nicola Genzianella
Capa: Enea Riboldi
 
O doutor Armand Kergaz, amante de Araxe de Kercadio, cura os doentes de câncer na sua clínica na Bretanha. Uma paciente sua, Constance, recebe a visita de Ankou - a morte - que lhe oferece uma outra vida... Em troca, deverá ajudá-lo a capturar Armand e 

o coração da bela vampira, sua secular inimiga. Mas entre às névoas da charneca e os fogos do Samhain, o ano novo céltico, Harlan Draka chega em socorro da fascinante Mestre da Noite. Um Dampyr e uma vampira contra a morte... Quem sucumbirá? 


Publicado originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it 

domingo, 3 de dezembro de 2017


DAMPYR ESPECIAL #13 & DAMPYR #212

Entre a Terra das Águias e o Inferno Asteca


Podemos afirmar sem medo de errar, que um dos autores mais em evidência dos últimos dois meses na Sergio Bonelli Editore é Claudio Falco. O hematólogo expert em horror, de fato assina ambas as edições dampyrianas publicadas nas ultimas semanas, ou seja, o Especial anual (A terra das Águias) e o Dampyr de novembro (O Dia dos Mortos). Se isso não bastasse, é também o autor encarregado de batizar a coleção em quadrinhos dedicada ao Comissário Ricciardi, que neste dias chegou às bancas, graças a um time de autores inteiramente de origem napolitana.
A seguir, falaremos das duas edições citadas, e falaremos do Comissário Ricciardi em quadrinhos, nos próximos dias.


Dampyr  Especial 13
O décimo terceiro Especial (anual), dedicado a Dampyr nos conduz pelo "País das Águias", aquela terra que tem o nome de Albânia e que estamos habituados a considerar como um lugar de extrema pobreza do qual tantos imigram para procurar melhor sorte na Itália. Não o ignore por isso, como nos recorda o responsável por Dampyr, Mauro Boselli, na interessante introdução da história da edição, que a Albânia no passado teve batalhas épicas contra os invasores. Partindo desse ponto, Claudio Falco e Fabrizio Russo nos contam um episódio acontecido entre os albaneses e turcos na metade do século XV.
Uma história que flui bem, linear, clássica, que mistura eventos históricos e fantasia, com muita ação. Claro que há ligação com a continuidade, tendo o final, um destaque especial, qualitativamente na média das produções dampyrianas. O mesmo discurso podemos usar para os desenhos. Fabrizio Russo é um desenhista sólido e clássico, que com este trabalho realiza páginas em nível muito alto, sem falhas.
Um Especial dedicado principalmente aos fans da série, que não querem perder o que acontecerá com dois Mestres da Noite depois de se encontrarem, em ótimas 160 páginas e "ao sangue".


Dampyr #212
Como dissemos na abertura, também "O Dia dos Mortos" é de autoria de Claudio Falco. Trazemos um trecho da entrevista dele, concedida ao site da Bonelli, onde contou sobre as suas inspirações: 

"Tenho uma grande paixão pela história e pela cultura da América Latina e acho particularmente fascinante, o fato de que, no México, o "Dia dos Mortos", não seja visto com tristeza, mas sim comemorado como uma festa, cheia de cor, música e boa comida. Sempre me pareceu perfeito como ambientação para uma história de Dampyr e então parti desse ponto."

Uma história particularmente bem sucedida graça a este contexto inédito (que, pelas coincidências da vida, será cenário também de um desenho animado da Disney, que será lançado no período natalino), o fascinante encontro entre a cultura popular mexicana e antigas tradições astecas. Começando pela capa, com os coloridos cortejos de máscaras fúnebres da festa dos mortos, que serão pano de fundo para as tramas de um novo inimigo infernal para Harlan Draka, o espião Abigor, que idealizou uma armadilha complexa e assustadora. O episódio é bem sucedido por conseguir mesclar vários elementos em uma aventura fascinante, com uma boa utilização do folclore e das ambientações ricas em sugestões, ponto forte da série.


O trato sujo e áspero de Fabiano Ambu é decididamente adequado à representação das cenas mais tétricas e escuras. Sobretudo na segunda parte da edição, onde o autor de Pop e Josif, apresenta um grande trabalho de finalização dos desenhos, testemunhando a comunhão de seu estilo com o espírito da série. 
Uma edição que deve ser lida, que segue o rastro das boas histórias dos últimos meses, aguardando um outro indiscutível mestre das sombras, Nicola Genzianella, no Dampyr de dezembro.

O "Chefão" Audace 



Crítica publicada originariamente no blog: www.gliaudaceblogspot.com

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017


DAMPYR HARLAN DRAKA
Por Maurizio Dotti.