quarta-feira, 29 de janeiro de 2014


DECIDIDA A MATAR!
Agnese Ayala conseguiu se libertar de sua prisão de mais de quatro séculos. Seu crime? Se apaixonou por um demônio, e, foi mandada para o convento, onde continuou se encontrando com ele. Numa Nápoles dos dias atuais, ela busca todo membro da família vivo para se vingar, acreditando que assim poderá se juntar ao seu amado, o mais rápido possível! Sílvia, é a última descendente dos Ayala e está preste a passar por maus momentos... Dampyr e Kurjak farão de tudo para salvá-la da louca apaixonada!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014


Silvia Califano concedeu uma entrevista ao site da Bonelli, no último dia 02/01, onde falou sobre sua carreira e Dampyr 166, que foi para as bancas italianas em 04/01.



NASCIDA PARA DAMPYR

Encontramos Silvia Califano, a primeira desenhista do staff do Matador de Vampiros bonelliano, que estreiou na edição que foi às bancas italianas em 4 de janeiro.


Nascida em Roma em 1984, cresceu a "pão e quadrinhos" de todos os gêneros, depois dos estudos clássicos, frequentou a Escola Internacional de Quadrinhos, para formar-se em Literatura, Música e Espetáculo. Depois, "se entregou" à sua paixão pelos quadrinhos e começa a colaborar com a Editoriale Aurea, trabalhando em "John Doe", "Lanciostory" e "Skorpio". Em 2012 entra para o staff de desenhistas de Dampyr, estreiando no número 166, "O sopro quente do Hermatão". Estamos falando de Silvia Califano, a primeira mulher a desenhar o nosso Matador de Vampiros. Mantivemos contato com ela para conhecê-la melhor, e, ouvir o que tinha a nos dizer.

Como aconteceu a aproximação com os quadrinhos, quais os personagens e os autores que influenciaram o seu gosto e os seus traços?
Aproximei-me dos quadrinhos desde muito cedo, seguramente antes mesmo da possibilidade de ler sozinha o conteúdo de um "balão". Talvez eu deva acrescentar "felizmente", pois as primeiras revistas que foliei eram edições de Ranxerox, os Freak Brothers e alguns Manara e Pazienzia, deixadas pela casa pelo meu pai, e tinha também "O Eternauta". Nesse mesmo período, recordo que minha mãe lia para mim Asterix e Kamillo Kromo, mas minha autonomia ganhei lendo páginas de Mickey Mouse. Somente mais tarde, nos primeiros anos da década de 90, me aproximei dos super-heróis americanos, sobretudo através de Batman, e também outros quadrinhos italianos da Bonelli, como Dylan Dog antes entre todos, e, depois Mister No. Recordo também de Corto Maltese... um belo mix!


Influencia clara nos meus traços não saberei citar, comecei a desenhar bem pequena, sobretudo personagens da Disney, mas muitas vezes "copiava" desenhos animados um pouco de cada lugar. Aprecio muitos autores longínquos, mas algumas vezes procurei de aproximar-me de estilos que pensei ser o mais adequado para um tipo específico de história. Digamos que vem de fora é utilizado como tendência para um traço mais clássico. Talvez. Nos tempos de escola já era leitora feroz da Bonelli e recordo que muitos desenhistas que observava já trabalhavam em Dampyr.

Por exemplo, quem te inspirava mais?
Por um longo tempo observei muito o trabalho de Maurizio Dotti, sobretudo para os cortes de luz, mas também Nicola Genzianella, Stefano Andreucci e Majo... Depois de outros títulos: Bruno Brindisi, Corrado Roi, Giuseppe Franzella, Laura Zuccheri, Massimo Carnevale... muitos! Sem contar os grande mestres como Sergio Toppi, Dino Battaglia e Hugo Pratt. E estou citando apenas os italianos. Eu poderia citar uma longa lista, onde há alguns que é um prazer ver trabalhar e sempre se tem uma chance de aprender. Obviamente americanos e desenhistas de todo lugar inclusos. David Lloyd, o Dave McKean, Darwyn Cooke, Hiroaki Samura, Werther Dell´Edera, Sean Philips, Juanjo Guarnido, Eduardo Risso, Luca Rossi, Benjamin, são somente alguns dos nomes que amei, amei ler e amei procurar estudar.



Quando decidiu de transformar a paixão pelo desenho em trabalho de verdade e como conseguiu? 
Quando muito pequena, com seis ou sete anos, lembro, por um período, decidi me transformar numa desenhista para desenhos animados da Disney, sobretudo aqueles que tinham saído nos cinemas. Naquele tempo já tinha desenhado alguma coisa, história de piratas, canibais e viagens no tempo. Então, depois da escola média, os desenhos se transformaram mais num passatempo entre tantos, deixado mais de lado devido a estudos de grego, latim, etc. Um evento casual, foi crucial. Sendo a minha paixão por quadrinhos conhecida, como eles diziam, até pelas pedras, um dia, o namorado de uma amiga, me deu um folder da Escola de Quadrinhos, dizendo somente que "bom, pensei que poderia te interessar". Obviamente, respondi que não, realmente não estava interessada... No mês seguinte estava inscrita na Escola Internacional de Quadrinhos. Mais dois meses e a idéia de poder chegar a trabalhar como desenhista era uma obsessão. Eu sempre tive as idéias muito claras. 

De John Doe a Dampyr. Quais são as principais diferenças para trabalhar com um e outro personagem? Teve dificuldade para se adaptar a rigidez bonelliana? 
As diferenças são enormes em várias frentes, a partir do ritmo de trabalho com o personagem, a gestão narrativa e o tipo de publicação no geral.

Em John Doe trabalhava num ritmo tranquilíssimo, com uma média de três meses para finalizar uma edição. O argumento chegava completo, mas num bloco de no máximo vinte folhas. Obviamente, influenciava as escolas de estilo. Em Dampyr a regra das enquadraturas, a distribuição dos quadrinhos e do material está todo nas mãos do autor, enquanto em John Doe, o desenhista tinha indicações mais elásticas, mais liberdade.

Na primeira parte da projeção da página, apresentei o layout a Roberto Recchioni, com regras alternativas para uma mesma sequência, com variações fortes também para número de quadrinhos e distribuição dos diálogos.


A "fadiga" a respeito das regras bonellianas, se resolve se educando a "ver" o argumento, antes de começar a página. Entender a leitura de uma sequência e imaginá-la com cortes e enquadraturas que, às vezes, estão muito longe das escolhas do autor, por puro e simples gosto ou sensibilidade. Neste caso, em Dampyr há obviamente margem de confronto, mas as indicações são do autor e servem de parâmetro, para possíveis modificações.

Que tipo de história te confiou Boselli? Concordaram qual seria o melhor tipo de aventura para os seus traços? 
Não creio ter sido a escolhida para "O sopro quente do Hermatão", por alguns detalhes... mas por ter facilidade em cenas de ação, talvez tenha pesado ao meu favor. As histórias de Claudio Falco são sempre extremamente viariadas e espetaculares, dadas numerosas ambientações, cenas ricas em diálogo e sequências de pura ação.

Onde nos leva o Dampyr de janeiro? 
O número de janeiro continua a luta entre Harlan e o Mestre da Noite Laforge, maravilhosamente desenhado por Michele Benevento em "Os fantasmas do Distrito 6" e que eu tentei, com muito esforço, seguir. Principalmente a parte que envolve a África, mas há uma breve passagem por Praga e um giro pela Europa, seguindo os rastros e as intrigas de Laforge.


Entre os desenhistas de Dampyr, há algum em particular que procurou seguir para conseguir a precisa atmosfera da história ou a caracterização dos personagens? Foi difícil "criar" os rostos de Harlan, Tesla e Kurjak? 
Quando fui catapultada nas atmosferas e sombras noturnas do nosso Matador de Vampiros, procurei me cercar de muitas referências de estilos diversos, chegando a um traço mais claro.

Para criar a tonalidade certa e procurar me familiarizar com alguns efeitos, vi um pouco dos desenhistas que já nominei. Sempre gostei da série Dampyr e procurei criá-lo com aquilo que atraia quando era bem jovem. Observei atentamente o trabalho de Genzianella e Majo.

Para os cortes de luz ainda tenho muito a aprender com Dotti, mas talvez aquele que mais procurei me basear tenha sido Andreucci, que tem a incrível capacidade de criar soluções com extraordinária facilidade.



Para as atmosferas, tenho presente na cabeça vários autores, entre os quais Alessio Fortunato, capaz de criar incríveis e refinadas atmosferas.

Quando aos rostos, procurei criar os personagens de acordo com a minha cabeça, de leitora de velha data. Procurei desenhar de um modo que os desenhos nascessem da união de pontos de referimento aos personagens originais, as várias interpretações datadas no tempo e aquela que apurei através da leitura. Não foi fácil e provavelmente ainda amadurecerei, mas procuro sempre ser fiel a idéia que tenho todo um "time", como leitora aficcionada.

Fiquei particularmente contente de "encontrar" Tesla, página após página. Tornou-se clara, como se tivesse "pulado de um carro em movimento" e depois não tive mais dúvidas! Entre os conselhos e as observações de ajuda sobre o meu trabalho, destaco sobretudo Fabrizio Russo, que me ofertou a sua experiência com grandíssima gentileza. Na realidade são muitos colegas e mestres que devo agradecer pela ajuda e conselhos, durante o percurso de preparação de Dampyr 166.De Dell´Edera e Gabriele Dell´Otto e também aos outros colegas que conheci "durante o caminho".

Sabemos que Boselli é muito detalhista ao fornecer documentações para as histórias de sua autoria. Foi difícil atender seus pedidos? Como foi trabalhar com ele? 
"O Sargento da Bonelli"! Obviamente estou brincando! Tive oportunidade de conhecer pessoalmente Mauro e ele é simpático. Estou muito contente e tenho a sorte de ter tido a possibilidade de trabalhar com um baluarte do quadrinho italiano.

Certo é que no início "marcou colado"! Sobretudo por telefone, por onde chegava um tsunami de correções e recomendações, explicações e instruções gerais como se "fazer as coisas", num ritmo inumano! Basta pensar quantas milhares de páginas passaram na frente de seus olhos, como supervisor para entender a que velocidade funciona a comunicação com todos desenhistas e autores. Digamos que nos primeiros momentos o importante é não entrar em pânico e esquecer a idéia: "vou jogar tudo para o alto e desistir!".



Na realidade, durante os trabalhos das primeiras páginas passei sufoco devido a gama de material que tinha a meu dispor: ambientes, rostos, dezenas de personagens e referências... mas Mauro também soube prontamente dar a dica certa para eu encontrar o "fio da meada" e começar bem as páginas. Quanto ao manuseio do material visual, trabalhando com Falco nos textos, recebi dele as imagens e as fotos.


E agora em que está trabalhando? Te encontraremos novamente em Dampyr?
Atualmente estou em ação, nas primeiras páginas de uma nova história de Claudio Falco, onde encontraremos um Mestre da Noite já conhecido: Tziao-Min. Também nessa aventura a parte de procurar informações, mostra-se muito trabalhosa, pois a aventura começa durante a Guerra do Vietnã... e não digo mais nada!



 

sábado, 25 de janeiro de 2014


DAMPYR: ALÉM DOS CONFINS DO MUNDO!
As atenções se concentram sobre Harlan, Tesla e Kurjak, os matadores de vampiros terão um 2014, por baixo, brilhante!

Idas e vindas perigosas e missões além do impossível para Harlan, Tesla e Kurjak. Sempre em viagem nos lugares mais inseguros e remotos do planeta, os nossos três caçadores de vampiros estão a postos para fazer desaparecer qualquer Mestre da Noite, do Egito (onde um antiguíssimo sepulcro trará a tona um potente rival de Bastet), ao Brasil (entre macumbas e a Copa do Mundo), dos desertos da China (nas misteriosa cidade soterrada de Khara Khoto) ao México (no meio de veteranos vivos e mortos da lendária Revolução!)

Mas em seu caminho encontrarão também ameaças da pior natureza, como o Executor Negro do Bairro Gótico de Barcelona; o necromante do labirinto vegetal de Chateau Carignac; uma famigerada não-morta que domina o submundo de Roma; a ameaça dos Grandes Antigos que ameaça Paris e engole Ann Jurging nos espirais de seu misterioso passado... Será quase fatal o novo encontro com a bela e glacial Zarema. Se confrontarão com o passado vampiro de Tesla e seus remorsos. Limparão os pântanos da Flórida cheios de não-mortos. Irão rever velhos e novos amigos e adversários, de Matthew Shady a Timothy O´Brien, do Cavaleiro Savnok ao Príncipe Alastor...
Em suas viagens, eles irão além dos confins do mundo conhecido. Em um velho bairro do Cairo, uma aliada de Samael, levará Harlan e Mulawa a "conhecerem" o onírico mundo de Alam-al-Mithal, a terra das ilusões. 

Encontrarão na capa amassada de um velho romance de ficção científica o rosto esquecido da amada Xeethra, princesa do crepúsculo, que jogará Kurjak a uma realidade de pesadelos, entre belas mercenárias guerreiras e a ordem do Caos, onde Harlan e Ryakar irão para salvá-lo.
Teremos o ressurgimento do enigmático Sho-Hua, diretor teatral e sósia de Aleister Crowley, uma nova luz sobre o desaparecimento de Dolly MacLaine, dará início a uma aventura pelas membranas do espaço-tempo, onde aparecerá uma inimiga ressucitada e - ouçam! Velhos e novos Dampyr! 

Um ano não parece ser suficiente para contar tudo isso... o que acontecerá no curso de 2014... e será somente o início de uma espetacular sequência de aventuras!

Mauro Boselli



Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


TESLA!
Por Nicola Genzianella.
 

terça-feira, 21 de janeiro de 2014


O MEU AMIGO HARLAN
Daniele Statella e Dampyr, atração ao primeiro vampiro
Daniela Statella é eclético. Alterna trabalhos com vídeo à direção artística de mostras sobre quadrinhos. Chefia um estúdio, o Createcomics. Mas sobretudo desenha. Passar o pincel sobre o papel, e ver nascer - traço após traço - personagens e ambientes, para ele é uma necessidade vital. Uma paixão desenfreada. Depois de tantos trabalhos e as intrigantes experiências com Diabolik, Statella está pronto para a estréia na Sergio Bonelli Editore. Está desenhando dois episódios de Dampyr simultaneamente, uma história de Boselli e outra de Di Gregorio. As duas historias verão a luz em 2014.

Você e Dampyr. Quando o encontrou pela primeira vez? 
O descobri na sua estréia em 2000. Gostei muito do número 1 da série, encontrei nele algo, atmosfera e horror, que já não encontrava mais em Dylan Dog.
Na época tinha terminado a pouco a "Escola de Quadrinhos" e tinha desenhado o meu quadrinho de horror - "Amanhã é um outro dia". Se tratava de uma história ambientada na minha cidade, cujos protagonistas era eu e meus amigos, empenhados em combater uma invasão de monstros, cujo aspecto eram de mosquitos gigantes. Uma história muito autobiográfica, na verdade. Um pequeno editor estava louco e, topou publicar uma trilogia em formato francês. Nesse mesmo período, na Cartoomics Mauro Boselli e Alessandro Baggi apresentavam Dampyr, e eu aproveitei para me aproximar de Boselli com a desculpa que Baggi era meu "professor" na escola e lhe presentear com uma cópia do meu quadrinho... Quem sabe, se depois Boselli tenha lido aquele volume.
Na verdade, mais que o encontro com Dampyr, foi o encontro com seu criador que influenciou a minha vida profissional. Teve um outro episódio, ligado a Milão, mais antigo, uns vinte e cinco anos atrás. Com treze anos, fã de Tex, passava por Milão com meu pai,e ele, que sabia que eu gostava de desenhar, me levou a "visitar" a redação da Bonelli. Obviamente não havia nada a explorar, mas quem nos atendeu foi um simpático e jovem redator, que gentilmente me aconselhou a terminar os estudos e continuar a desenhar, "que talvez um dia... quem sabe..." Bom, aquele redator era Boselli. Ele não sabe, mas se segui esse caminho um pouco é culpa dele.
Em qual desenhista se inspirou para desenhar Dampyr?
Os autores que me estimulam são tantos e são aqueles que são conhecidos, senão todos. Os mestres, de Moebius a Toppi... Porém, há um desenhista que sigo o trabalho faz anos, e que já era o meu preferido quando realizava Cornélio, o personagem de Carlo Lucarelli, cuja ação se passa num ambiente noir. O autor em questão é Majo. Assim quando eu fui chamado a SBE, foi natural basear-me na sua interpretação de Dampyr, que penso ser verdadeiramente a mais "quente" para o personagem, sem desmerecer nenhum desenhista da série. Adoro seus traços, os detalhes meticulosos. E então, sob seu pincel os personagens ganham um charme especial, sem contar a forma magistral com que cria uma atmosfera dark. Quando desenho Dampyr, Majo é seguramente meu ponto de referência.

Quais vampiros te atraiu no cinema, nos quadrinhos, nas séries? 
Durante o serviço militar li "Drácula" de Bram Stoker e gostei muito. Acredito sem falsa modéstia, de ter visto quase tudo que o cinema produziu sobre vampiros, de Marnau a Coppola, de Dreyer a Carpenter, de Bela Lugosi a Christopher Lee, de Polanski aos mais recentes (e péssimos) exemplos, os vários Blade, Underworld, Twillight, etc.
 
Antes um personagem cult, Diabolik, agora horror graças a Dampyr. Gosta de forte emoções? 
Adoro o suspense, o meu diretor preferido em absoluto é Alfred Hitchcock, os gêneros derivados, thrilers e o horror. Depois gosto também de comédia, e, não há duvidas, prefiro emoções fortes.
E agora, finalmente, o horror.
O horror é indubitavelmente o meu gênero preferido. Me nutro desse gênero há muito tempo, desde quando o Dylan Dog de Sclavi me abriu um mundo, quando lia o dicionário do cinema horror de Dylan Dog e andava a procura de filmes em videotecas. Sobre o meu quadrinho de horror, acabei rodando um filme que une horror a minha outra grande paixão, o western. Se trata de um filme low budget gravado com Alessia Di Giovanni, um western horror com zumbis, interpretado por Marco Silvestri e Elena Di Ciocci, com músicas do maestro Manuel de Sica e os efeitos especiais de Sergio Stivaletti.
O cinema é minha outra grande paixão, sempre realizei curta-metragens e dessa vez com meu grupo, decidimos nos aventurar num longa-metragem. Trabalhos muito, mas foi divertido, e, a crítica acolheu favoravelmente, Gigi Marzullo não pegou pesado como esperava, e isso me encheu de orgulho, porque se trata de um filme bem simples, feito com pouco dinheiro, mas muita paixão. E, temos Claudio Villa (participação especial) num vilarejo desenhando um cartaz de "procurado"... Quando a câmara se aproxima do desenho, descobrimos que nele está estampado a face de Tex.


Voltemos a Dampyr. Como se preparou para desenhá-lo? Adotou estratégias particulares durante o trabalho com as páginas, como música gótica ao fundo, imagens aumentadas, sons estranhos? 

Preparo o trabalho com uma procura fotográfica, porque em Dampyr é importantíssimo o realismo. Os ambientes devem ser bem reconhecíveis e então procuro material que me possa ajudar. Os personagens devem ser fiéis as suas origens e então uso alguma fotografia para ajudar. Desenho escutando (mais do que vejo) SKY, também dois ou três filmes ao dia e naturalmente prefiro gênero mais negro que rosa.


Marco Fara é preenchedor com trabalhou durante cinco anos na Starcomics, e que agora está com você em Dampyr. Como funciona o "trabalho em equipe"? Trabalhei pela primeira vez com Marco em 2006, quando Giusepe Di Bernardo, o indicou para preencher um trabalho. Inicialmente, titubiei... Tinha medo que me descaracteriza-se meu traço, e, foi justamente o contrário, digo que Fara soube ser extremamente respeitoso com meu trabalho. Seu trabalho eficaz foi de encontro ao meu ódio em preencher os desenhos.
Nosso "trabalho em equipe" prosseguiu em vários títulos da Starcomics e agora acho natural continuarmos com ele na Bonelli. Dado a distância (moramos em cidades distantes), eu preparo uma página como todos os detalhes via internet, então ele faz a parte dele. Ele usa um truquezinho, et voilà, tudo pronto. Às vezes, se temos tempo para trabalhar, mando para ele minhas páginas originais e ele trabalha de maneira tradicional. 

O que pensa de Tesla e das suas impossíveis histórias de amor? 
Gosto muito de Tesla, adoro seu lado doce que contrasta com sua força e como se relaciona com o "soldadinho" dela. Gosto que no fundo, acredita que o amor vence tudo. Gostaria de ser como ela. 

Entre os pards quem é aquele que gosta mais?  
Além de Tesla, aquele que gosto mais de desenhar é Kurjak. Gosto muito de caracterizar sua face carregada de experiência e rica de expressividade. Por um acaso, a história que me foi dada para desenhar para a série regular é toda centrada nele e no seu passado. Escrita por Boselli e se entitulara "O Filho de Kurjak". 
Há algum personagem coadjuvante da série que gostaria que tivesse mais espaço que tivesse mais espaço nas histórias? 
Dampyr é uma série que dá muito espaço aos personagens co-protagonistas e coadjuvantes bem caracterizados. Gosto muito da pequena Ljuba, porque é o lado bom de Lisa. Estou desenhando ela...

Aonde gostaria que se passasse uma próxima aventura de Harlan Draka?   
Admiro Dampyr porque, a parte, a maravilhosa atmosfera de Praga, não há uma ambientação fixa. Devo confessar que gosto muito das histórias que se passam na Itália, por exemplo "As Exterminadoras" (Dampyr 59, que se passa na Sardenha ou aquela sobre o Rio Pó (O Grande Rio). Gostaria de ver Harlan nos Alpes do Piemonte, na região de fronteira com a França, lá há regiões ainda bastante rurais e que, quem sabe, escondam mistérios.
 
De Cornélio a Diabolik e agora em Dampyr. Aonde quer chegar Daniele Statella? 
Chegar? Não, estamos somente no início... Desenhar quadrinhos é a minha paixão antes que uma profissão. Tenho ainda tantíssimo para aprender e, quando vejo as páginas dos mestres (Claudio Villa, por exemplo) me sinto mal... Estou distante mil milhas daqueles trabalhos maravilhosos e, para responder a pergunta, é ali que gostaria de chegar. Nem tanto desenhar Diabolik ou Dampyr, mas ser tão bom como aqueles grandes mestres do desenho, cujo trabalho admiro e que para mim atualmente é inatingível. Mas eu vou chegar lá.

Entrevista sob a responsabilidade de Paolo Guiducci




Entrevista publicada na edição especial para a Rimini Comics 2013 "Baile de Fim de Verão".

domingo, 19 de janeiro de 2014


OS ESTUDANTES DA ESCOLA NEGRA
DAMPYR ESPECIAL/2013 
(INÍCIO)
No editorial dessa edição Mauro Boselli contou que já caminhou a pé pelo interior gelado da Islândia e à noite leu um livro sobre as lendas daquele País. Genial como só ele sabe ser, levou Harlan Draka a uma das mais arrepiantes lendas islandesas. Levou-o a estudar na Escola Negra. Onde quem entra sai com a sua sombra, não com sua alma. Tudo começa quando o Bispo de Reikjavik é sequestrado e vai parar no inferno. Harlan Draka, assim que sabe, vai imediatamente para lá. Com a ajuda da belíssima Gudrun Finngadottir e do azarado policial Sigurdur, eles vão se matricular na Escola Negra, de onde apenas um aluno saiu, para contar a história... Abaixo, vemos Gudrun Eiriksdottir sendo salva por Loftar, o Encatador, que depois se encontram com Egil, uma mão! Eles pertencem ao folclore islandês, e, Loftar será imprescídivel para tirar Dampyr do inferno e trazê-lo de volta com o Bispo, a bela Gudrun e policial Sigurdur.
Valeu a pena esperar... Paolo Bacilieri retratou o mundo dampyriano fantasticamente.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


POBRE FIONA!
Na Escócia está acontecendo um festival de música céltica, Stuar Morrison está participando com sua banda... após o show, está rolando uma "festinha" no trailer da banda! Fiona faz parte da banda de Stuart, e, está conhecendo melhor Alan. Esse resolve levá-la para conhecer sua cidade, Balfroyn, nas Highlands escocesas. Até aí tudo normal... apesar dos olhares nada amistosos dos nativos para Fiona.
A acolhida por parte dos pais de Alan, não poderia ter sido melhor, mas com um detalhe estranho: Fiona terá de dormir num quarto fora da casa!
Janelas que trancam por fora... uivos inquietantes... o que a pobre Fiona não sabe é que em Balfroyn, por trás do culto a deusa lua, esconde-se uma adoração por lobisomens! O que era para ser uma noite tórrida com seu novo namorado... significará a morte para a linda flautista da "Liannabh Shee".
Os desenhos são de Luca Rossi, que voltou a desenhar Dampyr, depois de um período desenhando para o mercado americano.