quinta-feira, 9 de novembro de 2017


Dampyr #211 - Horror Movie (Boselli, Califano) 

Por Giuseppe Lamola

Geralmente, os filmes de terror começam com a afirmação de que os protagonistas desconhecem seu papel e o que os espera além da "porta". Emil Kurjak, por outro lado, como bom apaixonado pelo cinema, veste as roupas do protagonista consciente, em uma trama em que Mauro Boselli se diverte apresentando esteriótipos e lugares comuns do filmes de horror, condensando tudo com referências pontuais. Os personagens fazem suposições sobre o que acontecerá e atribuirão papéis na narração: um jogo em caixas chinesas onde a aparência de zumbis, fantasmas e assassinos é mais como um ato de amor do que uma pura necessidade narrativa, até torná-lo mais compreensível nas cenas finais. 
Uma homenagem aos filmes de terror é evidente a partir da capa de Enea Riboldi, inspirada em Society, de Brian Yuzna. A história publicada a poucos meses de distância de Bloodywood (Dampyr 204), é inteiramente dedicada a Kurjak e pode parecer um simples preenchimento do afresco variado da série, mas é agradável e bem sucedida na intenção de destacar as diferenças e ao mesmo tempo as analogias entre o quadrinho e suas fontes de inspiração cinematográfica.
O papel de Silvia Califano nos lápis é em grande medida, tornar a atmosfera do Wonderland Hotel, um cenário particularmente delicioso. A desenhista oferece um trabalho muito eficaz, dando ritmo e dinamismo às páginas, com uma boa escolha das enquadraturas, conservando um layout substancialmente regular.


Crítica publicada orinariamente no site: www.lospaziobianco.it

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