Capa de Enea Riboldi para o Dampyr de março - O justiceiro de Nova York.
 

 

Tesla, por Fabiano Ambu.

 

Nas noites de Praga é perigoso ser apaixonado por ópera...

 

 

ÓPERA MORTAL

 

Mefistófeles, Carmen, a Rainha da Noite, o Barbeiro de Sevilha... Por que os personagens das obras estão tentando eliminar os amigos de Dampyr? Que oponente misterioso está por trás dos feitiços e ataques misteriosos que perturbam a cidade mágica? 

 

Série: Dampyr 269

Episódio: Sangue enfeitiçado

Textos: Mauro Boselli

Desenhos: N.Genzianella, L.Rossi, A.Fortunato, M.Cropera

Capa: Enea Riboldi

Letrista: Luca Corda

Páginas: 96 

Editora: Bonelli, 8-2022

Com "Sangue enfeitiçado" se conclui a saga em quatro partes sobre as Origens de Dampyr".

 

Harlan e seus dois novos companheiros conduziram Mileva e seus filhos em segurança para Lukomir mas montanhas da Bósnia. No entanto, a situação não era tão pacífica quanto eles esperavam, pois a aldeia havia sido ocupada por milicianos da Legião Negra. Tesla, enviada à frente, tomou a iniciativa de matar dois sentinelas e libertar os homens. Entre eles estava Emir, uma tobelija, ou seja, uma mulher, que tendo jurado permanecer virgem e não se casar, "tornou-se" homem, no sentido de que gozava dos direitos que só os homens tinham na aldeia. Tesla e Emir entraram na casa onde o comandante da milícia e seu vice abusavam de duas mulheres, os nocautearam e colocaram em ação o plano para libertar a vila.

 

 

Terminada a história, chega a hora de Harlan fazer algumas perguntas ao pai e a Caleb, a quem acusa de tê-lo manipulado para seus propósitos. Draka responde que se ele apenas quisesse ter uma arma contra sua própria espécie, ele poderia ter gerado um dampyr com qualquer mulher, que teria sido de fato sua escrava. Mas ele sabia que só poderia fazer isso com uma mulher que amasse. Foram então as Guardiãs da Lei que o tiraram dele, mas Draka sempre vigiava e protegia seu filho de longe. 

Por sua vez, Caleb conta que quando esteve confinado em Praga, na contra-espionagem Amesha, onde conheceu seu homólogo infernal, Nikolaus, com quem logo encontrou uma afinidade, que resultou em uma aliança secreta na época dos nazistas. Quando soube da existência de um dampyr, Caleb o rastreou e ofereceu-lhe um refúgio em seu Teatro, mantendo sua promessa a Draka. 

Esse álbum narra a primeira aventura, até então inédita, vivida por nossos três protagonistas em equipe. As coisas, na verdade, não correram bem: Tesla teve uma briga com os dois homens, ficando irritada porque Harlan queria poupar seres humanos, mesmo que fosse maus; estava silenciosamente disposto a matar vampiros.

Interessante o personagem Emir, a tojelija, que afirma ser homem, para espanto inicial dos nossos, desconhecedores dos costumes locais. A sua figura é determinante para a futura convivência na aldeia, sendo uma ponte entre homens e mulheres, que de outro modo estariam destinados à vergonha perpétua pela violência sofrida. 

Na segunda parte, graças à Cervejaria Águia Verde, Draka e Caleb admitem que usaram Harlan para lutar contra os Mestres da Noite. Mas Harlan entende, no final, que talvez isso não seja tão importante, pois sabe que tem a estima e o carinho deles. 

Em última análise, esta longa saga é um somatório do conhecimento dampyresco, uma síntese extrema da série, da qual também transparece a última essência, ou seja, a comovente história da relação de um pai afastado de um filho amado, e de um filho que se sente usado e exige respostas sobre sua vida. Neste álbum a história é contada com os desenhos dinâmicos de Genzianella, as atmosferas mágicas de Rossi, as páginas oníricas de Fortunato e as densas caricaturas de Cropera, das quais temos uma bela página dupla (páginas 92-93) da "carreira" de Harlan. 

Publicado originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

 

Série: Dampyr 268

Episódio: Zona de Guerra

Textos: Mauro Boselli

Desenhos: Maurizio Dotti, Luca Rossi, Nicola Genzianella

Capa: Enea Riboldi

Letrista: Luca Corda

Páginas: 96 

Editora: Bonelli, 7-2022

 

 

Zona de Guerra é a terceira parte da saga sobre as Origens de Dampyr. 

 

Depois de ser arrastado para Yorvolak e enfrentar vampiros reais pela primeira vez, o Dampyr se viu trancado em uma igreja junto com o Comandante Kurjak e a não-morta Tesla. Pouco tempo depois ficou claro que Tesla não era tão ruim assim e que desejava libertar-se da escravidão do Mestre da Noite Gorka. Os não-mortos deixaram Harlan ciente de sua força e como lidar com os vampiros. E, pela primeira vez, nossos homens encharcaram as balas com sangue de Dampyr. Quando os ex-companheiros de Kurjak transformados em vampiros chegaram, eles foram recebidos com uma saraivada de balas e Harla, Tesla e Kurjak lutaram lado a lado.

No final da batalha, Gorka enviou uma visão para Harlan, mostrando-lhe Yuri transformado em vampiro, e então o desafiou. Colocando Gorka em fuga, Harlan viu-se assim tendo que enfrentar seu amigo Yuri, que não entanto não conseguiu atacá-lo e por isso foi torturado pelo mestre: Harlan não teve escolha a não ser por fim ao seu sofrimento, jurando vingança aos Mestres da Noite. O primeiro da lista só poderia ser Gorka.

 

 

Depois, os dois companheiros de batalha ficaram com Dampyr, que foi treinado para o combate por Emil. Logo um novo desafio surgiu: resgatar uma família indefesa, formada por Melisa e seus dois filhos, que se escondiam da Legião Negra, cujos impiedosos milicianos someavam morte e destruição nas aldeis da região.

Neste episódio nos é contado como Harlan Draka se tornou o Dampyr, e como formou o trio completado por Tesla e Kurjak. Três personalidades complementares, não só em termos de caráter e técnicas de luta, mas também porque são verdadeiros companheiros. Harlan acabara de perder seu amigo Yuri e jurou vingança pelo qual precisava de todo apoio possível, Kurjak havia sido privado de seus soldados e precisava encontrar um novo alvo, Tesla havia renunciado aos de sua espécie para ficar ao lado de um Dampyr e ao mesmo tempo um monstro aos olhos dos humanos: cada um deles estaria sozinho sem os outros dois.

 

Com exceção de uma página de recordação de Luca Rossi, o álbum foi realizado por Maurizio Dotti e Nicola Genzianella.

As expressões de raiva e terror dos personagens retratados por Dotti são impagáveis e muito eficazes, autor de páginas sempre muito precisas e detalhadas, que também revelam uma habilidade considerável em retratar arquiteturas e paisagens. Genzianella dá bastante ênfase nas expressões dos personagens, na atmosfera e nas cenas de ação, que são dinâmicas, principalmente aquelas que temos Tesla se movendo em velocidade supersônica dos vampiros. Da vampira, o desenhista representa magistralmente a dupla natureza de "protetora" angelical e impiedosa não-morta sedenta de sangue.

 

 

 Publicado originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

 

Série: Dampyr 267

Episódio: Retorno a Yorvolak

Textos: Mauro Boselli

Desenhos: Luca Rossi, Majo, Maurizio Dotti

Capa: Enea Riboldi

Letrista: Omar Tuis

Páginas: 96 

Editora: Bonelli, 6-2022

 

 

 

Draka continua sua história sobre a juventude de seu filho. Tendo descoberto a existência do Dampyr, o infernal Nergal implementou um plano para trazê-lo para o seu lado, vampirizando seu conterrâneo Rade. Por ordem de Nergal, o rapaz sequestrou Stana, namorada de Harlan, que o encontrou em um moinho e o matou graças a seu sangue, mas poupou Ivo, cúmplice do sequestro. Stana, por sua vez, foi salva graças à proteção das três Guardiãs. 

 

 

Agora Harlan também chega à Cervejaria Águia Verde, que continua a história com sua voz. Separado de Stana e deixou suas tias aos vinte anos, Harlan, mudou-se para Londres, continuando a sonhar com o pai e a terra dos Mestres. Naqueles anos, porém, ele não aceitava sua natureza e tentava ignorar as mensagens de Draka, aproveitando a vida na agitada Londres dos anos Sessenta. 

Lord Marsden, sentindo sua presença na cidade, encerrou a aparição de vampiros no cemitério de Highte para atraí-lo, mas o plano frustado por Draka. Devido às maquinações de seu pai, Harlan se viu sozinho novamente e começou a viajar, visitando o México e a Austrália, e voltando para sua aldeia natal na Bósnia no final dos anos Oitenta. 

Na aldeia foi abordado por um menino, um garoto de treze anos, Yuri, que sabia tudo sobre ele e que queria ser seu "gerente" em um negócio fraudulento de Dampyr: eles teriam que enfrentar uma infestação de vampiros nas aldeias vizinhas.

Por um certo tempo tudo correu bem, até que os soldados do Exército Republicano, liderados pelo comandante Emil Kurjak, levaram à força os dois caçadores de vampiros ao vilarejo de Yorvolak, infestado por vampiros de verdade. Foi então que suas vidas mudaram para sempre. 

O fulcro dessa segunda parte da saga parece ser a esperada decisão de Harlan sobre o caminho a seguir: ele escolheria a luz ou a escuridão? O tema da tentação não se desenvolve apenas no conflito interior do Dampyr, mas também na sugestiva figura dos Nafdim, a serviço de Nergal, que sussuram ideias maléficas aos ouvidos dos seres humanos, tentando conquistá-los para o mal. Por sua vez, quando jovem, Harlan estava tentando aproveitar a vida, entre mulheres bonitas, álcool e cigarros: inicialmente ele era recalcitrante e longe de se tornar um herói. Outro elemento importante da história é o papel de Draka na vida de Harlan, um pai atencioso, se não atencioso, que, no entanto, respeita o pacto feito com as Guardiãs.

Neste álbum as páginas são assinadas por três desenhistas históricos de Dampyr: Luca Rossi, com seu estilo um tanto estilizado e anguloso, sempre cheio de atmosfera; Majo, autor de rostos inesquecíveis tanto pelas expressões dos personagens quanto pelo olhar perturbador dos vampiros; e Dotti, aqui em seu bem vindo retorno às páginas de Dampyr, com páginas detalhadas, personagens em poses tensas, sombras espreitando rostos nos momentos mais dramáticos. A sequência em que os morcegos desenham o rosto de Gorka à distância é espetacular, para se separarem em milhares de corpos voadores sedentos de sangue quando se aproximam de suas vítimas.

Todos esses elementos fazem de Retorno a Yorvolak um novo marco na saga de Dampyr.

 

 

 

Publicado originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

 

Série: Dampyr 266

Episódio: Em nome do filho

Textos: Mauro Boselli

Desenhos: Luca Rossi, Stefano Andreucci

Capa: Enea Riboldi

Letrista: Luca Corda

Páginas: 96 

Editora: Bonelli, 5-2022

 

 De maio a agosto de 2022, as páginas de Dampyr hospedaram uma longa série em quatro partes, que reescreveu as origens da série.

Numa noite de outono, Nikolaus se encontra na Cervejaria Águia Verde com Caleb e Draka, para falarem de Harlan, Draka está num clima de reminiscência e relata como ele criou um Dampyr.

 

Por muitos séculos, o Mestre da Noite teve a idéia de dar a luz a um dampyr, mas sabia que para isso teria que encontrar uma mulher especial. Ele pensou em tê-la encontrado quando conheceu a Condessa Fortunata Giuzzardi, uma mulher que salvou do capricho de um nobre espanhol e manteve com ele, acabando por se apaixonar por ela. A Guerra dos Trinta Anos havia acabado de terminar, quando Draka foi até Caleb para perguntar se ele poderia cuidar do feto que planejava gerar. Fortunata, no entanto, foi morta antes que Draka pudesse realizar seu propósito. 

Por muito tempo Draka esqueceu seu projeto, até  que séculos depois, voltou a se apaixonar: a nova paixão era uma camponesa sérvia bósnia chamada Velma. A Segunda Guerra Mundial acabara de estourar, quando o vampiro se mudou para a Iugoslávia para permitir que seu rebanho se alimentasse. Em suas incursões, ele encontrou um grupo de soldados, de quem salvou alguns civis sérvios. Entre eles estavam o partidário Drailo Malovic, irmão da bela Velma. Resumindo, Velma era dele e os dois se amavam muito. A guerra batia às portas da vila, e Draka decidiu levar Velma para o Castelo de Roccaburna, onde ela engravidou. 

Mas alguém observou secretamente a pequena família, especialmente interessado na criança que nasceria: as poderosas Guardiãs da Lei, que aproveitaram a breve ausência de Draka do castelo para concretizar seu plano.

Este primeiro episódio das "Origens de Dampyr" conta uma história intensa que relembra os acontecimentos do passado de Draka e Harlan, alguns dos quais foram em partes contados, mas sobre os quais se lança uma nova luz. Acima de tudo, exploram-se as motivações das ações de Draka, que acaba por demonstrar emoções muito humanas: é um viveur, mas também um romântico quando tem nos braçoas a mulher certa, um inimigo vingativo, mas também um pai atento. E, de fato, além do forte vínculo com as duas mulheres que amou em sua vida, esse episódio sugere que foi justamente o desejo de parternidade que o levou a gerar um dampyr, e, não a idéia de obter uma arma formidável contra os outros Mestres. Seu relacionamento com Caleb e com as Guardiãs é finalmente explicado. 

Na última parte, a história enfoca a luta entre o bem e o mal no coração de Harlan durante sua adolescência, nada fácil em um vilarejo onde sua mãe era apontada como uma mulher fácil e ele como o "filho do diabo". 

 

 

Os desenhos são de Luca Rossi nas passagens contemporâneas ambientadas em Praga, enquanto Andreucci é o autor da maioria dos flashbacks. O traço angular de Rossi traz um icônico Nikolaus e vislumbres do sugestivo gueto judeu de Praga, que existia, dando uma atmosfera mágica às páginas do álbum. A linha de Andreucci é menos estilizada e mais realista, criando cenas ora claras, ora sombrias de acordo com os acontecimentos, entre passagens da Segunda Guerra Mundial.

Publicado originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

 

Um novo e desconhecido Mestre da Noite...

 

 

 OS DESCENDENTES DE ROTHGAR

Dampyr 274

Nas bancas italianas: 04/01/2023

História: Cludio Falco

Roteiro: Claudio Falco

Desenhos: Andrea Del Campo

Capa: Enea Riboldi

 

Das experiências médicas do Terceiro Reich ao terror da ditadura argentina, há um fio vermelho sangue traçado por um cruel Mestre da Noite... Em Buenos Aires, Harlan e Kurjak enfrentarão Rothgar e sua prole.

Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

 

Um novo e desconhecido Mestre da Noite... Dampyr 274 - A descendência de Rothgar!

História de Claudio Falco com desenhos de Andrea Del Campo.