sábado, 31 de outubro de 2020

 
Dampyr #247 - O segredo de Robert Howard (Boselli, Genzianella)
 
Por David Padovani
 

Os leitores de Dampyr, depois de vinte anos de histórias já sabem bem: Harlan é muito mais do que um simples caçador de vampiros e as suas histórias não podem ser classificadas no gênero aventura, ou pelo menos, não somente nesse gênero. 
Um dos méritos de Mauro Boselli, como curador, sempre foi saber balancear histórias mais dinâmicas e com adrenalina a outras que, dentro de uma estrutura narrativa estruturada por uma forte continuidade, exploram acontecimentos históricos, mitos, lendas, folclore mundial, amalgamando-os na ficção do personagem e tornando-os um dos pontos fortes da série.
A segunda parte dessa dupla aventura dedicada a Robert E. Howard, ilustrada sempre por Nicola Genzianella, capaz de habilidosa eficácia entre ambientações de fantasia à paisagens do Texas dos anos 30, até vislumbres de ficção científica, superficialmente, pode parecer uma longa história que não leva à ação, mas ao diálogo e à narração de histórias. Mas, olhando mais de perto, esconde uma riqueza de narrativas e invenções que permitem a Boselli homenagear e contar a parábola biográfica original do pai de Conan, o bárbaro, ao mesmo tempo que fundamenta o fio dessa existência na costura da mitologia dampyriana, enriquecendo este último com elementos preciosos.
Genzianella, por sua vez, contribui com uma perícia de detalhe e de minúcia gráfica em cada quadrinho, igualando as muitas palavras da história com uma quantidade de elementos visuais igualmente importantes.


Falamos de:
Dampyr #247 - O segredo de Robert Howard
Mauro Boselli, Nicola Genzianella
Sergio Bonelli Editore, outubro/2020
96 páginas, a cores, 3,90


Publicado originariamente no site: www.lospaziobianco.it

terça-feira, 27 de outubro de 2020

 
TESLA
 Por Nicola Genzianella.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

 
AMBER TREMAYNE
Por Nicola Genzianella.
 

domingo, 18 de outubro de 2020

 
Kurjak, apaixonado por Salgari, sempre sonhou encontrar Os Tigres da Malásia...
 
 
OS VAMPIROS DE MOMPRACEM 
Dampyr Especial 16
Nas bancas Italianas: 21/10/2020
Roteiro e argumento: Mauro Boselli
Desenhos: Marco Villa 
Capa: Enea Riboldi

Mesmo que ele já tenha parado de fumar, Kurjak, o braço direito de Dampyr, sempre se identificou com o seu herói de infância, Yanez de Gomera, o aventureiro português com seu eterno cigarro no canto dos lábios, companheiro de aventuras de Sandokan. E encontrá-lo era seu sonho de criança, pelo menos até descobrir a existência de mundos paralelos. Mas pode haver uma realidade paralela  tão exótica quanto à Malásia de Emílio Salgari? Quando, em Londres, um Mestre da Noite aliado de Lord Marsden, na tentativa de enfrentar os nossos heróis de desaparece no Multiverso por causa de uma invenção do Doutor Zardek, as coordenadas espaço temporais parecem conduzir a uma remota ilhota ao largo da costa de Bornéo, um covil de formidáveis piratas... Harlan e Kurjak se encontram cara a cara com Yanez, Kammamuri, Tremal-Naik e Sambigliong. Mas Sandokan desaparece na selva, direto no reino perdido de Kinabalu...


Publicado originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

quinta-feira, 15 de outubro de 2020


Série:Dampyr nº 238
Episodio: Roxana
Textos: Giovanni Di Gregorio
Desenhos: Giorgio Gualandris
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 1-2020
 

 

Os caçadores de fantasmas guiados por Maud Nightingale estão nos Cárpatos, na Moldavia romena, para um check-up no Hotel Imperial, que, fechado por cerca de um século, estaria entre os edifícios mais assombrados da Europa. O Instituto Nacional do Patrimônio Cultural romeno, quer apurar que não há problemas em vista da reabertura do luxuoso hotel. 

Sorin conta a psicóloga Nicole sobre a belíssima mulher retratada num grande vitral, Roxana Dragoste era a rainha do hotel na belle époque e ela sabia como torná-lo um dos salões sociais mais renomados do continente, frequentado por nobres e poderosos; tudo acabou com a primeira guerra mundial e de Roxana não se soube mais nada.

Maud, a sensitiva do grupo, não percebe nada de anormal, os vários caçadores começam a ter visões apavorantes; Maud e Nicole vêem um quarto cheio de sangue; Mark é espremido por galhos de uma planta em uma estufa; e Teddy se vê servido em um prato com três cabeças decepadas. O pior foi o Senhor Sorin, que teve contato com Roxana em pessoa, que se revelou ser uma Mestre da Noite. 
Con dificuldade, os caçadores se reúnem, ma Maud é feita prisioneira. Enquanto isso, Harlan, sabendo da missão, chega ao hotel junto com Tesla e Kurjak. Mas a Mestre da Noite consegue separar Dampyr dos outros, e demonstra um grande poder de ilusão. 
Neste episódio, Di Gregorio conta, em particular, com dois elementos narrativos: a armadilha que caem os caçadores de fantasmas, que acreditam estar lidando com fantasmas "inofensivos", mas cercados por vampiros, e a fascinante figura da Mestre da Noite Roxana. A história é marcada pela ação e, sobretudo, pela sugestão das cenas de efeitos, que amedrontam os personagens (e o leitor), em pleno território horror.
Gualandris traduz a história em imagens de maneira exemplar, ampliando a aura de liberdade já evidente na capa. Nas páginas, destacam-se muitos detalhes dos móveis estilo noveau, dos quais às vezes saem garras ou incorporam a pobre Tesla. As arquiteturas são construídas em grande detalhe, começando com a bela visão inicial do hotel, até os telhados por onde Tesla caminha. É dada grande atenção ao caráter da bela Roxana, com uma forte carga sensual, mas também com evidente perversidade sádica, como sugerem os olhos intensos na página 37, cheio de ódio e crueldade vampírica.  


Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

domingo, 11 de outubro de 2020


Série:Dampyr nº 237
Episodio: Krampus!
Textos: Claudio Falco e Francesca Scoutti
Desenhos: Fabrizio Longo
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 12-2019



A antropóloga Sophie Mutter está com seu namorado Angelo Sanna, na Universidade de Bressanone para ter lições sobre a figura do Krampus, uma assustadora máscara utilizada desde a antiguidade nos ritos de fertilidade daquela região. 
Passeando pelas solitárias ruelas da cidadezinha com Angelo, uma noite Sophie tem a visão de dois krampus que a atacam. Harlan se junta à amiga para investigar.
Sophie e Angelo vão a caça de velhos documentos no arquivo histórico de Bolzano. Depois de uma extenuante e infrutífera procura, foi somente graças a intervenção aparentemente sem querer de um desconhecido que conseguem uma pista. No texto caído na terra, Sophie encontra notícias de uma investigação do capitão austríaco Steiner, realizada em 1819 em Dunklerberg, hoje Moncupo, no sul do Tirol. Graças também as investigações de campo e a procura feita em Prega por Caleb, Tesla e Kurjak, os nossos reconstroem a história dos Krampus. Espécie de demônio não-morto criado por Nergal, os krampus ajudaram o patrão deles a conquistar, no passado, o castelo do Conde Von Dunklerberg, que se transformou num feudo do Mestre da Noite. Depois séculos depois foram ainda eles que massacraram o capitão Steiner e seus homens. 
Harlan, Sophie e Angelo alcaçam o velho castelo, onde entram em confronto com as criaturas de Nergal, mas estas se revelam bem mais difícil de abater do que os não-mortos comuns.
Como manda a tradição dampyriana, Falco e Scoutti se baseiam no folclore e nos presenteiam com uma história convincente e sombria. A atmosfera da história é como num filme de horror, tendo como cenário criptas, subterrâneos de castelos, aldeias abandonadas, que parecem ter saído de um filme da Universal. Funciona bem o truque de mostrar Tesla e Kurjak à distância, para criar efeito a entrada deles. Agora, reduzidos os não-mortos a adversários "convencionais" para o Dampyr, resulta engenhosa a introdução dos krampus, não-mortos potencializados pelo Mestre da noite deles. 
Os desenhos de Longo são densos, encorpados, e oportunamente escuros. Em páginas ricas de atmosfera, o desenhista nos presenteia com diversas cenas de pesadelo e cenas espectrais. Muito bem realizadas as arquiteturas dos castelos e vilas abandonadas, com casas caindo e telhados desmoronando. Os brutais krampus são realmente aterrorizantes.



Publicado originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

 
Sangue sobre a Síria - Dampyr 245 (agosto de 2020)

(Crítica de Paolo M.G.Maino)

Em um ano que se verá Boselli ser o autor da maioria das histórias (a história dupla sobre Sho-Huan apenas concluída, dupla sobre Howard, o Especial com a estréia na série regular de Marco Villa, além obviamente do número 241, especial pelos vinte anos), como de costume segue com uma boa lacuna, mas o primeiro entre os forasteiros, o bom Claudio Falco que depois de "O condutor da Calábria" (Dampyr 239), retorna com outra boa história cheia de ação.
 
A fazer-lhe companhia temos as do já entretanto veterano Andrea Del Campo, que retorna depois do Especial de outubro de 2018. 
 
Sangue sobre a Síria 
Argumento e roteiro: Claudio Falco
Desenhos: Andrea Del Campo
Capa: Enea Riboldi
 
Mas vamos à história. Um novo Mestre da Noite cruza o caminho de Harlan e seus companheiros: é Ningirsu que se apresenta como uma mistura entre as antigas divindades assírias-babilônicas (muitas sangrentas e amantes do sangue) e o líder criminoso inescrupuloso que tece tramas sombrias relacionadas a vários tráficos ilegais.
 
O Mestre é um belo personagem que de alguma forma lembra Erlik Khan e Andrea Del Campo escolheu para dar a ele, o rosto do ator Jason Momoa (o Aquaman dos filmes DC Comics).
 
A história se desenrola entre Praga, Malta, Túnis, Turquia e a Síria e vê o retorno de amados coadjuvantes da série como Dal, T-Rex e Arno.
 
Como já aconteceu outras vezes, Falco consegue com a estrutura autoconclusiva da história criar ligações com a mais ampla trama das histórias de luta contra os Mestres da Noite. Aqui temos por exemplo uma referência a Nergal que encontra-se num invólocro sem alma (mas será realmente isso, apesar de todos as confirmações nesse sentido feitas pelo bom Nikolaus?) que podemos ver num flashback como já aconteceu em Krampus. 
 
 
O roteiro de Falco livre de arestas é perfeito e responde ao padrão de uma aventura de Dampyr, mas sem ser enfadonho. As cenas de ação com confrontos à base de fuzis, granadas de mão, garras e caninos são várias e não é preciso esperar a batalha final para poder admirá-los e seria uma pena dada a habilidade de Del Campo em representar essas lutas.
 
Igualmente válida é a reconstrução dos vários ambientes, dsede as ruas escuras da noite em Valeta, até o sofrimento de Aleppo que passa por Túnis e Izmir. E também faltam duas boas splash pages (a primeira com Nergal/Ninrgisu e a segunda é uma página clássica que representa a visão que Harlan está tendo).


Se você tiver que anora, e eu já disse a Claudio Falco, havia "muita carne no fogo" e talvez merecesse um desenvolvimento mais amplo com alguns empecilhos adicionais para nossos heróis, que mostram "texianiamente" que eles sempre têm a situação sob controle. Mas esta é uma observação que pode ser feita a muitas das histórias de Dampyr (e também a tantas histórias de Tex) e é na verdade parte da servilidade pelo qual a narrativa tem sido direcionada nesses 20 anos. Mudar significa romper todos os padrões e isso obviamente, se é que alguma vez o será, é a tarefa de quem criou Dampyr e o levou a frente ao longo de todos esses anos, cujo nome se chama Mauro Boselli.

Visto que, muitas vezes não falamos sobre isso, também damos crédito à capa de Enea Riboldi, que efetivamente representa o título e o vilão contra quem Harlan vai confrontar nessa história, graças também a escolha de uma paleta de cores que muda para tons de ocre e terra.
 

Até a próxima crítica!
 
 
 
Publicado originariamente no blog: www.fumettiavventura.it

sábado, 3 de outubro de 2020

 
Uma luz do espaço, um velho diário, um trágico amor...
 
 
 O SEGREDO DE ROBERT HOWARD
Dampyr 247
Nas bancas italianas: 03/10/2020
História: Mauro Boselli
Roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Nicola Genzianella
Capa: Enea Riboldi
 
Qual o mistério dos diários secretos de Novalyne Price? Será que um posto avançado das misteriosas criaturas fungóides de Yuggoth está realmente escondido nas montanhas do Texas? ... E há também uma nave alienígena como a que Ixtlàn manteve na Área 51? ... É verdade que, muito antes de Kurjak, Robert Howard, o autor de Conan, conheceu o terrível Nyarlathotep? 
 
 
 
Publicado originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it