segunda-feira, 31 de outubro de 2016


HARLAN DRAKA
Por Fabrizio Longo.
 

sábado, 29 de outubro de 2016


AMANHÃ NA LUCCA COMICS/2016
Lucca Rossi autografará o desenho abaixo.
 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016


A OUTRA CAPA DE DAMPYR 200
A SBE tem lançado as "variant", uma determinada edição, recebe uma outra capa, desenhada por outro que não o capista oficial. Nesse final de semana, durante a Lucca Comics, será apresentada oficialmente a "variant" de Dampyr, desenhada por Simone Bianchi.
 

terça-feira, 25 de outubro de 2016


FRIENDS!
Por Fabiano Ambu.

domingo, 23 de outubro de 2016


CORONEL URIAGA!
El Lobo está no México há centenas de anos! Ele está afim de tomar o poder dos narcotraficantes e ficar sozinho no "negócio". Ao exterminar uma patrulha na fronteira com os Estados Unidos, não contava com uma testemunha: a policial Anita Montoya. A noticia de uma testemunha, num possível ataque vampiro, levou Dampyr e pards até o México. Ao ter seus não mortos exterminados pelos caçadores de vampiros de Caleb Lost, El Lobo literalmente intima o Coronel Uriaga a usar seus homens para combaterem Harlan, Tesla e Kurjak. O coronel não tomou a melhor decisão...
Dampyr Especial 2014 - El Lobo - História de Antonio Zamberletti e desenhos da dupla Marco Santuci-Patrick Piazzalunga.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016


Amanhã nas bancas italianas: Dampyr Especial 12


Um modo muitíssimo perigoso de se aprofundar na Comédia dantesca...

A PORTA DO INFERNO
Roteiro e argumento: Moreno Burattini
Desenhos: Fabrizio Longo
Capa: Enea Riboldi

Gerione, Caronte, Lúcifer, os círculos infernais e os condenados a sofrerem penas horríveis... Seguindo os passos de Dante e Vergílio, também os nossos heróis ultrapassam o portal da condenação eterna. E, diante daqueles horrores, estão realmente perto de perderem a esperança. Todavia, Harlan e Kurjak ainda mais uma vez demonstram-se indomáveis. Sofreram penas, de morte e tortura, superaram Caronte e o Stige, até alcançarem o logo congelado do fundo do abismo infernal. Mas depois... Como farão para reverem as estrelas? ...


Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

quarta-feira, 19 de outubro de 2016



BEM VINDOS AO INFERNO
No décimo segundo Dampyr Especial, nas bancas (italianas) em 22 de outubro, Harlan se encontra no reino escuro imaginado por Dante. Nos apresenta a edição, Moreno Burattini, dialogando com o desenhista, Fabrizio Longo.

Apesar  dos meus vinte e cinco anos de experiência "nas costas", quando Mauro Boselli me pediu para escrever uma história de Dampyr eu "tremi na base". As histórias de Harlan Draka não são nunca, como sabem os leitores (e beníssimo os autores), uma tarefa a ser completada com a mão esquerda. Pelo contrário, requerem invenção original e riqueza de documentação, bem como, a conformidade com uma linha editorial e um padrão de qualidade estabelecido há mais de quinze anos que construíram um universo e uma continuidade que não se pode ignorar. Vista a competência com que Boselli manuseia matérias complicadíssimas como os mitos célticos, as lendas escandinavas e os ciclos arthurianos, pensei que poderia obtê-la apenas por lidar com questões com as quais já estou calejado, como a literatura italiana, Dante, a filologia de Dante e a história de Florença.

Do ponto de vista que sou toscano, pensei em colocar Florença na história que fui chamado a escrever. Depois, refletindo sobre as temáticas de horror típicas da saga dampyriana, parti do pressuposto que a história mais horrorosa concebida pela mente humana, seja a descida ao inferno de Dante Alighieri. Então, eu imaginei uma história em que Harlan fizesse a mesma viagem. Coincidentemente, a citação: "tremer na base" (a minha frase de partida), é de fato uma expressão dantesca usada no primeiro canto do Inferno: "Eis a besta por qual me virei / ajude-me contra ela, famoso sábio / que ela me faz tremer na base".

Quanto a documentação, além de ler um monte de ensaios e fazer uso de apontamentos universitários, consultei um velho amigo, Alessandro Monti (conhecido no meio dos quadrinhos, por ter colaborado comigo em várias críticas e na revista "Dime Press"). Alessandro agora é professor e historiador de profissão e trabalha regularmente em pesquisas de arquivos sobre velhos textos e documentos medievais e renascentistas. Das minhas consultas com ele, derivam muitos dos detalhes das técnicas de estudo dos antigos códigos que são explicados em "A Porta do Inferno", precisamente a história de Dampyr que depois passei a escrever. Não por acaso, um dos personagens da história se chama Montanari e tem o mesmo aspecto do meu "consultor". Para ilustrar as 160 páginas do Especial - nas bancas em 22 de outubro - foi chamado um estreiante (no campo bonelliano, que na verdade tem muita experiência): Fabrizio Longo. O desafio que encontrou diante de si, era realmente gigantesco: visualizar os cenários dantescos tendo como referência as ilustrações do calibre de Gustave Dorè e pintores de todas as épocas. A empreitada foi levada a contento com resultados que finalmente estão aos olhos de todos. Eu mesmo fiz as perguntas a Fabrizio na entrevista que segue.

Iniciar sua participação em Dampyr, baseado em uma história no "inferno" de Dante representa um verdadeiro batismo de fogo, caro Fabrizio.
Não só isso: se trata também de uma estréia em 160 páginas, contra as 94 das histórias dampyrianas clássicas. O nosso projeto inicialmente era destinado à série regular, depois foi decidido alongar-se até chegar a um Especial, porque tinha muita "carne no fogo" (nunca uma expressão, visto aonde se passa a história, foi mais apropriada). Recordo que quando me foi explicada a idéia, me agradou imediatamente e fui agraciado de poder trabalhar nessa história. A Divina Comédia foi um dos textos preferidos de meu pai, e ele sempre me contava a respeito, o que me fascinou. Admito que, quando deveria estudá-la na escola, por causa da "obrigação", não me apaixonei, talvez por esse motivo não me aprofundei até esse projeto de Dampyr. 

Além de estudar Dante, teve também de observar os seus tantos ilustradores.
Realizar uma história como esta me exigiu lidar com múltiplos aspectos. Se de um lado tive o peso de uma das maiores obras literárias do nosso País, incrivelmente fantasiosa se não horror, e já representada no passado também nos quadrinhos (por exemplo, no Japão, pela Go Nagai), do outro lado era o fato que a inspiração principal exigia colocar o olho nas gravuras de Gustavo Dorè (em alguns casos com verdadeiras e próprias citações), com a inevitável consequência de confrontar-se com grandes artistas do passado. Para as ambientações e as criaturas foi necessário portanto, aprofundar-se sobre o texto da Comédia e sobre as chaves da leitura, à procura interminável de documentação, seja entre a épica e as gravuras de outros artistas, além das de Dorè, seja entre as obras correlatas e os filmes mitológicos: o arquivo que foi criado é gigantesco! Te agradeço Moreno, por ter incluído, no seu argumento, a versão do inferno recentemente ilustrada por Paolo Barbieri: fique de boca aberta diante da sua originalidade, de qualquer forma respeitosa de quanto descrito na obra literária.

Vista de Florença

Partindo dos modelos pré-existentes de qualquer forma pôde se divertir também com suas interpretações nos cenários.
Foi gratificante poder idealizar ambientações surreais e escuras dando vazão à fantasia, introduzindo ruínas de templos colossais, pedestais e estátuas, para não limitar-se no cenário rochoso; representar cenas mais peculiares, como a quantidade de sofrimento repetida várias vezes ou o abismo e a cascata de sangue não foram muito simples, definitivamente um tormento... Eu sei que pode parecer pode parecer exagerado mas em alguns casos, foi útil externar as minhas ânsias e estado de ânimo negativo no desenho para tentar interpretar e tornar crível o sofrimento dos personagens e das almas condenadas. De uma forma geral, foi para mim uma empreitada titânica, mas quando observo os originais, fico contente com o resultado e de ter realizado uma aventura como esta. Apesar dos momentos de dificuldade, trago no coração esta história que requereu anos de trabalho.

Na nossa história não , porém, somente o inferno, mas também a cidade de Florença.
As duas principais ambientações necessitavam de uma diferenciação estilística, mas com qualquer aspecto comum, de modo a fundir-se. Utilizar nas páginas infernais o mesmo trato daquele das ambientações toscana iria remover os tons escuros e a atmosfera... encontrar o equilíbrio não foi imediato. No que concerne a representação da cidade de Florença, que já conhecia e qual sou ligado também por outros motivos, procurei documentações através da web para depois ir "in locco" fotografar e ir pessoalmente em cada lugar (inclusive os tetos, para os quais pude pouco); outras histórias de Dampyr já foram ambientadas na Itália, mas vendo o texto base e observando os requisitos da história, decidi mostrar nas páginas iniciais uma Florença real, ensolarada, para dar a inegável aparência que uma cidade de nosso País não pode ser "atingida" por nada de sobrenatural, para depois ofuscar lentamente a cidade na atmosfera escura da história, assim, como os protagonistas se adentrarem progressivamente nas profundezas infernais. A escuridão em Florença se dá apenas no início das investigações de Dampyr, e contamina depois o resto da cidade, a medida que os personagens entram em contato com os mecanismos de abertura da "Porta do Inferno".

Harlan sendo perseguido por Cerbero 
Quais são os "lugares" e os "monstros" do inferno que mais gostou de desenhar? 
É necessário informar um dado importante: a aventura não previa explorar toda a ambientação criada por Dante (então não seriam todos os círculos infernais com suas sub-categorias de condenados), mas somente a parte útil à narração (por sorte e infelizmente), e não fornecer uma representação exaustiva do inferno dantesco, pois se fosse para mostrá-lo por inteiro DOIS especiais não seriam suficientes! Eu e você, Moreno, sempre ponderamos juntos como fazer as coisas, pois tínhamos muitos cenários entre muitos a escolher, algumas coisas eram obrigatórias e a mostrar; no todo, fizemos as melhores escolhas. Durante o trabalho, seguindo as descrições que Dante "deu" em particular sobre as criaturas, me foi permitido "improvisar", a respeito da imaginação do poeta, desfrutando aquilo que se diz respeito ao "não dito" sobre Dante. Um dos exemplos mais extremos e difíceis de iconografia (junto o abismo com a cascata de sangue) diz respeito à idealização do cão demoníaco Cerbero (do qual existem mil versões); a história faz com que tudo seja mais difícil, porque ele tinha todas as partes do corpo em movimento em uma direção diferente para atacar ferozmente os condenados... O resultado é demônio que respeita a idéia de Dante (três cabeças para cada pecado de Gola), tem também características do Cerbero de Vergílio, com tudo o que tem as criaturas dos filmes e dos manuais dos monstros; espero de ter conseguido transmitir a ferocidade e o terror que os demônios devem provocar. 

Por fim não se esqueça de citar uma certa Desdemona... 
Tendo no passado trabalhado com personagem de quadrinhos Desdy Metus (criado por Giuseppe di Bernardo e Andrea J. Polidori) que tem como fundo Florença, foi um passo lógico relembrar. Foi muito prazeiroso desenhar novamente Desdemona e acho que o papel desempenhado dentro da aventura se encaixa como uma luva, assim como a atmosfera. 
 
      
Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it