sexta-feira, 30 de agosto de 2013


Comentário do Blog italiano "Il Catafalco" para Dampyr 157.

A FÚRIA DE THORKE
Argumento e Roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Nicola Genzianella
Capa: Enea Riboldi 


Nesta edição de Dampyr vemos o retorno do demônio Thorke e o confronto final.

A pequena Ljuba está crescendo no Teatro dos Passos Perdidos em Praga, feliz junto com todos aqueles que frequentam o Teatro, mas Harlan está preocupado com ela. Enquanto Thorke estiver vivo a menina sempre estará ameaçada. Por esta razão, de acordo com Caleb Lost, Harlan decide convocar a Praga, o líder Mulawa, Ann Jurging, Khaled e Ryakar (os dois últimos são criaturas advindas da Dimensão Negra); pois, através de fragmentos de uma pedra negra, os ajudam a devolver o demônio a sua dimensão de origem, onde pode ser eliminado.
Com o poder da Bruxa Rainha, Ann conseguirá enfraquecer Thorke antes da viagem dimensional, mas não será fácil para os nossos heróis, conseguir eliminá-lo sem colocar em risco Khaled e Ryakar.

Boselli, depois de quase dez anos, colocou a palavra "fim" às atrocidades do demônio Thorke e Harlan poderá finalmente afirmar: "o pesadelo acabou Ljuba! Acabou para sempre!
Os desenhos de Genzianella confirmam toda a sua habitual qualidade.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013


DAMPYR 152!
Nessa edição, Jeff Carter, o serial killer justiceiro, volta a sua cidade natal, Sheffield. Toda a polícia local está empenhada em sua captura... claro, ela também, Ann Spade. Harlan Draka, também, ele busca vingança, afinal Jeff matou sua paixão... Lisa. Abaixo, belíssima nos traços de Fabio Bartolini, Ann Spade está fazendo seu cooper diário, o que ela não contava é que vai ser emboscada por membros da MS-13, uma gangue barra pesada que ela ajudou a eliminar na edição 139. Outra surpresa... Jeff aparece na hora "H" e salva sua amada! Apesar dos apelos Ann, Jeff está na cidade para "definir" sua vida... e no final da trama, fará uma revelação a Dampyr, que o deixará boquiaberto...
Mauro Boselli é o autor da edição.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013



Comentário do Blog italiano "Il Catafalco" para Dampyr 156.

SIBÉRIA
Argumento e Roteiro: Diego Cajelli
Desenhos: Mauro Laurenti
Capa: Enea Riboldi 


Neste Dampyr iremos a uma das regiões mais inóspitas do planeta, a Sibéria, onde a exploração dos campos de gás, recentemente descobertos, tem grave repercussão sobre a população nômade local, os Evenk, dedicados a criação de renas. 
O jovem repórter Anton Dulubchin foi à Sibéria para fazer uma reportagem sobre esse fenômeno, que parece ser a causa dos recentes violentos confrontos entre os clãs dos Evenk. Depois de alguns dias, o jornalista será encontrado por alguns pastores nômades enquanto vagava pela estepe, completamente desorientado, quando foi conduzido para o hospital psiquiátrico de Irkush.
A notícia chega a Caleb Lost que, interessado pelo conteúdo da visão de Dulubchin, decide enviar o trio de vampire-hunters para investigar.
Apenas os nossos heróis trocam algumas palavras com o jornalista que se acredita louco, e se rendem à verdade, que o citado jornalista não está louco: há verdadeiramente um Mestre da Noite por trás dos estranhos acontecimentos dos últimos dias. A belíssima vampira Zarema aprisionou Dulubchin jogando com ele a ponto de fazê-lo perder o senso e seus servidores estão dissiminando o pânico entre os criadores de rena.

Nesta aventura volta a cena Zarema e Cajelli nos revela alguns interessantes fatos anteriores da vida dela, parte ocorrida na corte do Czar, mostrando-a mais humana, mas nem por isso menos cruel.
Mauro Laurenti enriquece às páginas com belos closes e nos presenteia com uma Tesla muito feminina, bem distante da punk que estamos acostumados.

sábado, 24 de agosto de 2013


ARKAR NUN
O Mestre da Noite, capitão do navio "Akron", por Alessandro Bocci. O desenho abaixo, faz parte do Portfólio Mestres da Noite 4.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013



DAMPYR 149
A história de Samuel Marolla, que se passa na Espanha, nos permite através de um "flashback" ver novamente o Mestre da Noite Vathek (Harlan Draka o eliminou na edição tripla - 88-89-90). Ele volta ao seu refúgio para acabar com seus escravos que lá se encontram... Na realidade para castigar um em especial, Zaldivar Mundo, que ousou se rebelar! O castigo para Zaldivar??? Ficar trancado no local, com sua amada Soledad, cuja vontade foi toda retirada por Vathek! Como resistir à sede de sangue? Zaldivar sucumbiu... e se alimentou de sua amada!
Infelizmente esse foi o último trabalho dampyriano de Maurizio Dotti, agora ele está no staff de Tex.

terça-feira, 20 de agosto de 2013


O RETORNO DE AMBER!
Em seu facebook, Laurenti disponibilizou duas páginas sobre o retorno de Amber, a tia de Harlan Draka.

domingo, 18 de agosto de 2013


TESLA E HARLAN
Belíssimo e ousado desenho de Fabrizio Russo.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013


Comentário do Blog Italiano "Il Catafalco" para Dampyr Especial/2012.


HORROR ENTRE OS AMISH
Argumento e Roteiro: Diego Cajelli
Desenhos: Luca Raimondo
Capa: Enea Riboldi

No oitavo Dampyr Especial, Diego Cajelli nos conduz à Comunidade Amish na Pensilvânia onde, nos intermináveis campos de grãos, esconde-se um portal para uma realidade paralela. 

Quando os jovens Amish completam dezesseis anos, podem passar um período no mundo moderno para poderem escolher, livremente, se retornam ao seio da comunidade aceitando as regras e as privações ou continuam a viver no "jardim do Diabo". Este momento de iniciação se chama "Rumspringa" e são poucos os Amish que não retornam para a comunidade, Mervin é uma das exceções, e, atualmente, trabalha na polícia da Filadélfia. Dois rapazes Amish, são atraídos para um cruel homicídio, do qual são os principais suspeitos, parecem não pertencerem a nenhuma das comunidades locais, mas os "irmãos" já mandaram um grupo para recuperá-los.
O Mestre da Noite Draka envia ao filho uma macabra visão e o atrai a Pensilvânia onde está operando um outro potente Mestre da Noite. Harlan e Kurjak chegam a Filadélfia junto no momento de ajudarem Mervin das feridas infligidas por misteriosos Amish, que estão fazendo os prisioneiros fugirem, os quais, aos perceberem o poder de Dampyr, batem em retirada.
Harlan e Kurjak levam Mervin para a sua comunidade, a qual não vai há muitos anos, enquanto sua família trata das feridas dele, e aproveitam a estadia para ouvirem uma lenda que ajudará a esclarecer a natureza dos Amish que conheceram na prisão.
O pai de Marvin através das páginas do diário de seu avô, conta a lenda dos "Irmãos Perdidos", atraídos pelo Mestre Graber com a ajuda de um rapaz mudo, dotado de misteriosos poderes, de nome Isaac. Se trata de vampiros que, depois de um encontro com Draka, vivem em um local em outra dimensão, que chamam New Helder, do qual saem somente para o Rumspringa. O Mestre da Noite que os guia, Graber, permite aos rapazes de retornarem somente depois de terem feito um sacrifício de sangue, escolhendo assim transforma-se em leões ao invés e permancerem ovelhas.
Graber descobriu que Dampyr é um obstáculo para seus planos e o enfrentar provocando uma batalha em diversas dimensões mas, sucumbira frenta prespicácia de Harlan Draka.

Mais uma belíssima aventura assinada por Cajelli, com personagens bem caracterizados e uma ótima ligação entre a trama e as sub-tramas. O mundo Amish nos é apresentado em uma versão horror/thriller muito interessante, mantendo a veracidade, algo comum a todas as histórias de Cajelli.
Luca Raimondo preferiu ilustrar esta aventura com um traço mais grosso, diferente do estilo que conhecemos, que não afetou a arte final, muito pelo contrário.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013


ÚNICA A CONSEGUIR!
A imagem abaixo é única! O primeiro ser humano a encontrar o Teatro dos Passos Perdidos! Coube a Ann Jurging, a vidente alemã essa honra! Se levarmos em conta que é o Teatro quem te acha... Para recebê-la em sua verdadeira forma, Caleb Lost... depois ele conversa com ela, na sua forma humana.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013


Comentário do Blog italiano "Il Catafalco" para Dampyr 155.

O SEGREDO DE LAZZARO
Argumento e Roteiro: Diego Cajelli
Desenhos: Fabrizio Russo
Capa: Enea Riboldi 


O número 155 de Dampyr, os nossos heróis retornam a Itália, numa Áquila de depois do terremoto, a procura de uma antigo artefato também procurado pelos Lobos Azuis e por um demônio da Outra Parte.
Os Lobos Azuis, depois de uma minuciosa procura, descobriram o local aonde está o "Segredo de Lazzaro" (um artefato capaz de fazer ressucitar os mortos) roubado pelo Templários em Jerusalém, está escondido em Áquila nos subterrâneos de um antigo palácio, em seguida, ignorando as proibições e barreiras, organizam uma expedição para a "zona interditada" da cidade.
Breno, que guarda o segredo, transformando em não-morto pelo Conde Saint Germain, faz chegar a Praga um indício que permitirá Harlan e Kurjak o encontrem em Áquila para que possam levar o "Segredo de Lazzaro" para a segurança do Teatro dos Passos Perdidos.
Nos subterrâneos do palácio em ruínas, os nossos heróis não encontram somente com os Lobos Azuis, mas também com o demônio Vassago (que apareceu em Dampyr 144/145, na aventura que se passou em Milão), conseguindo se salvar milagrosamente do edifício abandonado.

Nesta aventura Cajelli nos dá novamente uma prova da meticulosa documentação que precedeu seu trabalho no argumento, mantendo o leitor "preso", nos interessantes mistérios histórico-arqueológicos como a simetria dos mapas de Jerusalém e de Áquila.
Caminhando na cidade, ainda profundamente prejudicada pelo terremoto, Harlan e Kurjak exprimem solidariedade e admiração nos encontros com populares, evidenciando quanto são prejudiciais a burocracia e políticas italianas para reconstrução da cidade.
Fabrizio Russo consegue reproduzir de modo dinâmico e convincente as ruas da cidade destruídas pelo terremoto, respeitando as ambientações de horror da história.

sábado, 10 de agosto de 2013


Gianmaria Contro, entrevistou Corrado Roi, homem de Dylan Dog emprestado a Dampyr para desenhar o quinto Maxi Dampyr.


O VETERANO DA ESCURIDÃO

Firme como uma rocha, staconovista incansável, Roi - além de ser um indiscutível Mestre do desenho - é também aquele que se diz "uma garantia". Teve nas mãos uma história longa e complexa, como o quinto Maxi Dampyr. E ele colocou seus traços em ação, deslizando como um violino. A despeito da seriedade e extremo profissionalismo que gosta de exibir, Corrado entre os autores bonelianos é aquele que talvez dentre todos, saiba mudar uma história em uma "atmosfera", um argumento em um "sonho"... Vamos descobrir como faz.

Caro Corrado, há quanto tempo trabalha para a Bonelli? 
La se vão quase trinta anos... 
Viu vários personagens...
Fácil falar dos personagens que faltam, e não são muitos! Trabalhei com Mister No, Martyn Mystère, Julia, Brendon, Magico Vento, Dylan Dog...


Sim, Dylan Dog é provavelmente o seu "companheiro de estrada" mais frequente. Em seguida, foi para Dampyr, tire-nos uma curiosidade: gosta de terror? 
É difícil dizer, porque na realidade do ponto de vista do desenhista é muito particular, muito diferente daquele do autor. Imagine ter uma centena de páginas para desenhar... quantos são os quadrinhos de "terror" que tem de ilustrar? Quantas são as sequências em que Dylan vai a Scotland Yard, ao pub, a um casamento? No fim das contas é mais uma questão de técnica, de continuidade. Aquilo que é mais importante, para mim, é garantir a qualidade da história, produzir alguma coisa que prenda o leitor, que respeite as expectativas.

Então, você não é um daqueles que gostam de sentir empatia com os personagens? 
Francamente, direi que não. Muitos dos meus colegas fazem isso espontaneamente, e provavelmente os ajuda a levar em frente o trabalho... Em certos aspectos é invejável. Eu não consigo manter-me em sintonia assim profundamente, talvez por algumas dezenas de páginas
O seu estilo - assim rico de claro/escuros, de sombras - se aproxima muito do "gótico". Vem em mente também certos filme do Expressionismo alemão...? 
Sim, seguramente há uma afinidade, mas é mais uma questão de "gosto", uma escolha gráfica, não uma preferência para este ou aquele "gênero". E depois, que coisa é o horror? O cinema dos castelos&vampiros dos anos sessenta? Os fantasmas e os zumbis que voltaram a moda nesses últimos anos? São coisas muito diversas...

E Dampyr? Como se viu trabalhando nesse Maxi? 
Bem direi. Dampyr é um personagem muito bem elaborado, documentado... sobretudo naquilo que diz respeito às "tomadas", às ambientações das suas aventuras. Me parecia trabalhoso! Mas o argumento de Di Gregorio - que tem dom para ficção científica - me permitiu muita liberdade.

Falando de Di Gregório (e de liberdade). Ele é um tipo muitíssimo inquieto, uma viajante inveterado. E você? Que tipo é? 
Viajar... e com que tempo? Eu estou sempre aqui, debruçado sobre uma página! Porém, brincadeiras a parte, me defino fundamentalmente um sedentário, mas talvez depende também do fato que tenho o privilégio de viver num lugar belíssimo (Laveno Monbello, na Lago Maggiore).  Me basta sair de casa e é como se estivesse de férias.

Bah, parece que, em matéria de férias, você não tem muitas possibilidades de ter verdadeiramente uma, visto que não tem tempo...
É, sim. Estou realizando ao mesmo tempo um Texone escrito por Pasquele Ruju e um Nathan Never Gigante, de autoria de Davide Rigamonti...
Tex e Nathan? É a lista de personagens que "te faltam" trabalhar...
Sim. E considero um belo reconhecimento. A SBE, evidentemente, me tem como um "recurso" de valor. Se vê que garanto uma relação qualidade/quantidade aceitável.
Não seja modesto, é verdade que seu estilo pessoal e inconfundível é sempre capaz de harmonizar-se com personagens e contextos diversos.
Dito assim soa melhor. Eu me vejo, antes de qualquer coisa, um perfeccionista que procura fazer seu trabalho com honestidade e empenho. Isso não significa que os quadrinhos não me seduzem (se fosse assim não seria desenhista), mas somente que, para mim, o essencial é o resultado final. Importa mais que minhas reflexões pessoais...
  
Entrevista publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

quinta-feira, 8 de agosto de 2013


Comentário do Blog italiano "Il Catafalco" para Dampyr 154.

A DAMA DOS PESADELOS
Argumento e Roteiro: Claudio Falco
Desenhos: Michele Cropera
Capa: Enea Riboldi 


A edição 154 de Dampyr, que inaugurou 2013, contém uma aventura que leva nossos heróis de volta às origens, precisamente no vilarejo de Jorvolak durante a Guerra da Bósnia, onde tudo teve início, e, no mesmo espaço de tempo, a universos paralelos e reinos infernais.
Blimunde é uma criatura capaz, com um simples toque, de transportar a pessoa para os piores pesadelos dela, mas é prisioneira de Reshep, que lhe ofereceu a liberdade se usar seus poderes contra Harlan e seus inseparáveis aliados.
Chegando em Praga, Blimunde parte para o ataque imediatamente... e Kurjak se encontra no exército ao lado de seus companheiros de armas, Tesla está de novo subjulgada ao Mestre da Noite Gorka e Harlan se encontra em um universo paralelo onde seu pai, o vampiro Draka, está procurando criar uma nova raça de criaturas imortais.
Caleb Lost e Nikolaus, percebem o desaparecimento dos três e enviam o Príncipe Iblis para saber como estão as coisas, enquanto isso Tesla e Kurjak se unem para enfrentarem Gorka e Harlan se encontrará novamente com seu pai.

Claudio Falco nos presenteia com uma história envolvente, cheia de reviravoltas, etc, cujas tramas se fundem e algumas se sobrepõem, deixando em aberto questões importantes para o desenvolvimento da série (em particular as intenções do pai de Dampyr).
O fino trato e as nuances que caracterizam o estilo de Michele Cropera, dão vida às ímpares criaturas que habitam a cidade infernal de Iblis, as páginas são dinâmicas e de forte impacto, particularmente a tomada dos personagens em primeiro plano.

terça-feira, 6 de agosto de 2013


Comentário do Blog italiano "Il Catafalco" para Dampyr 153.

TERRA DE NINGUÉM
Argumento e Roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Alessandro Bocci
Capa: Enea Riboldi 

A última edição de Dampyr de 2012 propõe um roteiro que, desde o inicio, contribui para o sucesso do personagem: a guerra e os vampiros. Pela primeira vez Nikolaus será o personagem principal, revelando-se um precioso colaborador de Harlan.
Nikolaus no curso de sua existência, amou verdadeiramente somente uma mulher, a vidente Madame Thebè, a qual prometeu notícias do paradeiro de seu filho, Zdenek, que se perdeu no front de Ypres, durante a Primeira Guerra Mundial.
E chegou o momento de honrar a promessa e, junto com Harlan, Nikolaus rastreará as fases da vida de Zdenek e do seu amigo Mordechai, que partiram junto para combater os ingleses.
As pinturas macabras de Mordechai, assinadas com o pseudônimo de Marc Abel, constituem-se na pista que precisavam, pinturas que retratam feridos e os mortos entregues à decomposição nos campos de batalha, vítimas dos Ghouls, soldados desertores que, durante a noite, se nutrem do sangue de suas vítimas.
A última etapa da viagem de Nikolaus é a mansão de Boissy le Vieux, um local adaptado para curar os soldados cujas faces foram desfiguradas pelos ferimentos. Nesse local, são ainda visíveis as pinturas de Marc Abel e, nesse caso, pinturas novas.
O diário de uma enfermeira que trabalhou por lá no final dos anos 30 e o péssimo atendimento da filha do dono, ajudarão Harlan e Nikolaus a por um pouco de luz sobre esse caso, permitindo a Madame Thebè, que ela consiga manter contato com o espírito de Zdenek.
Esta aventura põe o leitor "dentro" da história, através da leitura de documentos encontrados, fazendo com que ele consiga montar o quebra-cabeça. Os cenários mudam junto com o desenvolvimento da história, do Gueto de Praga passamos aos pubs frequentados por estudantes, depois entre as trincheiras em Ypres (onde se encontram os ingleses, franceses e alemães) e na "Terra de Ninguém" (no espaço entre uma trincheira e outra, onde vivem os Ghouls), e termina entre as paredes, onde se encontram os soldados sem rosto que passaram ali seus últimos anos. Como Boselli precisa na introdução, a sua documentação constititui-se na maior parte, de testemunhos reais, que levam o leitor, que não pode ajudar, mas pode "ouvir" e refletir.
Alessandro Bocci não poupa sequer um pingo de seu talento nas páginas desta aventura, dispensando grande atenção aos detalhes da história da guerra (armas, divisas, etc) e a atmosfera de pano de fundo. 

domingo, 4 de agosto de 2013


Mauro Boselli entrevistou para nós Giovanni Di Gregorio, autor do Maxi Dampyr, que foi para as bancas em 30 de julho de 2013.

O DESENHISTA DOS PÉS DE VENTO
O Rimbaud dos quadrinhos Bonelli comparece a redação inesperadamente e falante, vindo de qualquer longínquo e bizarro (Marrakesh, os Pirineus, a Córsega), com roupas nada propícias para a estação e uma necesserie, que cabe no máximo, uma escova de dentes...
Agora, aonde você foi, Giovanni? 
Na Normandia com uma amiga, à procura de traços de uma vida passada dela. Conferimos microfilmes de jornais de setenta anos atrás e circulamos pelas estradas de Saint-Aubin-sur-mer: "Se recorda se morreu aqui? Naquela pracinha, talvez? No verão prefiro gastar energia: escalar, nadar, pedalar, fazer caminhadas. Quando atravessaremos juntos os Pirineus? 

Prefiro peregrinar em Santiago de Compostela, para me sentir abençoado! Mas porque não para mais? Vive na Inglaterra, França, Espanha, Kosovo, Nicarágua, Botswana. Vai a caça de mulheres estrangeiras?
E você acredita que seja somente por diversão? Estive entre os refugiados na Albania, nos campos minados do Kosovo, com os zapatistas em Chiapas... Fiz um treinamento em Cooperação Internacional e um curso com as Nações Unidas: quero me transformar em um peacekeeper.
Procurando por você na internet, o que encontrei foi um resultado incompreensível, pleno de símbolos... Parece interessante, mas o que é? Química? 
Tenho doutorado em química quântica.
Então te chamarei de Primeiro Levi dos quadrinhos! Gostou? 
Sobretudo "A Tabela Periódica". Eu dei uma cópia para a biblioteca do Museu Britânico onde trabalhei como historiador.

Em suma, é um dos tantos "cérebros em fuga"... Mas como então, no fim, escolheu as "nuvens que falam"? Os quadrinhos te deixam livre?
Fígado em fuga, isso sim! Sim, o quadrinho te permite troca contínua. Hoje estou em San Cristobal, amanhã no inferno, no Renascentismo, entre os Khemer Vermelhos. Na mesma edição posso ser astronauta, policial e vampiro. Posso mudar de gênero, ritmo, registro. E depois escrever me deixa apaixonado. Escrever, porém, escrever. Mesmo a lista de compras.
Pode falar (esta entrevista é um resumo) não fique acanhado. Mas tem suas raízes, não? Na Sicília? 
A minha cidade natal é Palermo. Mas nunca fiquei mais de dois anos no mesmo lugar! Com a minha família eu vivi no Canadá, em Nápoles e na Calabria. Sou 25% toscano. Mas minhas raízes? É importante? O Mediterrâneo, talvez. Seguramente me sinto mais a vontade em Essaouria que em Exeter.

E se transferiu para Barcelona. Conquistou a guerra civil espanhola ou a gastronomia local com seu pan amb tomaquet? 
Nos aproximamos do sétimo ano, se o superar, entre eu e Barcelona existe um amor verdadeiro. Na Catalunha se vive bem, é a Itália como poderia (e deveria) ser. Não é a toa que nós italianos somos a maior comunidade. Se encontra aqui também Claudio Stassi, com quem estou terminando um Dampyr ambientado entre as ruelas do Bairro Gótico. Acabaremos como os nossos bisavós imigrantes, em um barzinho empoeirado, tecendo comentários, entre uma partida de futebol e um café, entre uma tarantela e uma foto amarelada, e o último penalti da Salernitana!

Que imagem deprimente! Eu pensei que tivesse seguido os passos de Orwell, Vasquez Montalban ou o pior de Ruiz Zafon! Que coisa lê, entre uma mulher exótica e outra... pardon, entre uma viagem e outra? 
Ultimamente me interesso por livros de esoterismo. Na minha opinião, Tex tem um problema no terceiro chakra, por isso usa sempre a camisa amarela. Cinesiologia e reiki a parte, amo as histórias grotescas, surreais, que mexem com a realidade tornando-a mais leve. Que mostram as coisas de uma perspectiva diferente é a grande força da ironia. Por isso gosto do Groucho: a sua loucura é um antídoto para a verdade nua.

Paremos aqui com os quadrinhos. As tuas melhores histórias? 
Histórias quotidianas da Máfia, realizada com Claudio Stassi. De Dylan Dog a breve "Por uma Rosa". O número 19 de Monster Allergy. Uma aventura de Pato Donald em um centro comercial. O primeiro episódio da série animada da RAI, Spike Team. Entre os Dampyrs, a edição que se passou em Palermo (Dampyr 114), obviamente. Personagens? Adoro Tesla: um monstro protagonista é um golpe de mestre.
Bem! Espero que os leitores apreciem o seu Maxi Dampyr, que é uma amostra do seu delírio. Se não é assim, onde deveremos te procurar? 
Estou partindo para a Turquia!... Com um pouco de sorte consigo ainda participar das manifestações por lá!


matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

sexta-feira, 2 de agosto de 2013


Amanhã nas bancas italianas: Dampyr 161.

Um vilarejo nas Highlands escocesas tem um ancestral familiarizado com lobos...

MAL PROVOCADO PELA LUA
Argumento e roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Luca Rossi
Capa: Enea Riboldi

Os habitantes de Balfroyn na Escócia, veneram a lua como seus antepassados, e recordam de uma noite, na longíqua era medieval, quando os guerreiros-lobos, os ulfedhnar, rapitaram seus filhos. Mas aconteceu assim mesmo? Harlan e o velho Duncan são impelidos a se interessarem pelo folclore de Balfroyn, quando uma integrante da banda de Duncan desaparece misteriosamente. E sob a aparente quietude do tranquilo vilarejo, descobrem tradições bem mais inquietantes e apavorantes...