domingo, 27 de agosto de 2017


DAMPYR DE ROMA AO TURCOMENISTÃO
Em 5 de setembro chegará nas bancas o número 210 de Dampyr, "O Filho de Erlik Khan"!, Andrea Del Campo nos conta o que podemos esperar dessa edição, e, para entendermos melhor, Andrea nos mostra alguns de seus rascunhos.

Em setembro sairá sua história "O Filho de Erlik Khan", já são 4 anos que saiu seu primeiro Dampyr. O que gosta de desenhar, do personagem e da série? 
Os tempos editoriais nem sempre coincidem com aqueles reais: na realidade trabalho em Dampyr desde dezembro de 2010, então já são quase sete anos! E nesses anos "circulei" por Roma, na França - da Besta de Gevaudan e por Paris, nos lugarejos do Vale Borbera na Itália, em Chernobyl e, por fim, na Austrália e agora em um longo passeio nesse número. E isso é a coisa que mais me agrada na série, a sua capacidade de movimentar-se pelo globo e desenterrar debaixo das histórias, mitos e lendas dos lugares. E obviamente tenho prazer em desenhar monstros.

Já é um veterano com o Caçador de vampiros, esta história apresentou a nível de desenho? 
Direi que sim! Me deparei com cenas de vampiros em massa e não-mortos provenientes de todas as épocas históricas, batalhas campais e complicadas armadilhas nas quais se metem nossos heróis. Do ponto de vista estilístico é um passo a frente do anterior na procura do equilíbrio entre o amor pela síntese e a paixão pelo detalhe.

Podemos antecipar aos nossos leitores que essa edição é particularmente violenta, com muitas mortes: foi divertido desenhá-la? Tudo idéia do autor, Giorgio Giusfredi, ou deu sua contribuição? 
Contei 92 mortes em 94 páginas, arredondando. Não contei as pilhas de cadáveres e o que acontece fora do campo. Uma pequena carnificina! E o mérito certamente, posso dizer, é todo da fantasia de Giorgio. Mas devo dizer que a história dele casou com meus pincéis.

Quantos testes fez, para essa história, para o local e os personagens?
Me foi servida tanta documentação e referências. Comecei a partir do vilão principal Kerey Khan, o senhor da discórdia, que podem ver na capa e nos rascunhos abaixo. Sob as indicações de Giorgio, encontrei graficamente na primeira tentativa ou quase, isso é raro! Tenho quase um giga de documentação iconográfica turca, fotos e imagens dos guias que são protagonistas de uma cena, da zona do Distrito de Attok no Paquistão, de vestes de gladiadores romanos, nos arqueiros de Gengis Khan, dos Chouans da revolução francesa, de uma gatling do começo do século XX pertencente ao exército japonês, de um lança chamas italiano da Primeira Guerra Mundial, da gravata de Bobby Quintana, das máscaras de bronze dos adoradores de Zemzen, o grande Lagarto Cinza, dos quadros de Paolo Ucello, do "Door to Hell" e das grutas subterrâneas no Turcomenistão, das estradas e do design interno das casas de Cartagena, na Colômbia, dos Yurte, de um determinado tipo de abelha, toda documentação essencial para trabalhar na edição. Em uma particular sequência da qual não falarei muito, estudei uma complexa pavimentação usando um modelo em 3D, inspirando-me também na fantasia de uma toalha de mesa, mandada por foto, por Giorgio, em um domingo na hora do almoço.

A pergunta final de sempre: pode-nos falar de seus projetos futuros? 
O próximo projeto envolve Dampyr, e é uma edição especial de autoria de Giovanni Di Gregório. 

Entrevista concedida a Adriano Barone





Publicado originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

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