segunda-feira, 21 de agosto de 2017


CRÍTICA - DAMPYR

Título: Maxi Dampyr 9
Episódios: 1 - O Testamento; 2 - O Monstro do Billabong; e 3 - No País dos Homens Azuis
Histórias e Roteiros: Diego Cajelli (Episódio 1); Francesco Mateuzzi (Episódio 2); e Giulio Antônio Gualtieri/Stefano Marsiglia  (Episódio 3)
Desenhos: Marco Santucci (Episódio 1); Andrea Del Campo (Episódio 2); e Fabrizio Russo (Episódio 3)
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Alessandra Belletti

Editora: Bonelli, 07-2017, 288 páginas

Já há alguns dias está nas bancas, o último número do Maxi Dampyr, o nono da coleção, que promete calafrios em pleno verão, por trás de três viagens em localidades exclusivas: Cornualha, Austrália e Norte da África.

O Testamento: Dean Berrymore, escoltado por Harlan, viaja para a Cornualha, para a leitura do testamento do milionário Sir Willian Hamilton. Dean o encontrou somente uma vez, quando foi convidado para jantar com outros dois experts em ocultismo, que pediu um modo para contactar o falecido Sir Duncan, entre a hostilidade de parentes presentes. Tudo iniciou-se em 1911, quando Sir Duncan encontrou uma enorme estátua do demônio sumério Imdugud. Desde então, Duncan ofereceu muitos sacrifícios humanos a Imdugdud, obtendo favores e riqueza. Os herdeiros do sexo masculino tiveram que levar a diante a tradição, mas Willian não quis saber, apesar da família ter outra opinião. Caberá a Harlan e Dean, candidatos à vítimas de sacrifício em potencial, procurar quebrar a maldição.
A história de Cajelli desfruta do tema sempre envolvente da dinastia inglesa em ruína, com sua carga de mistérios e maldições. A atmosfera é magnificamente feita por Santucci, que nos dá outra mostra de sua excepcionalidade. Sobre fundos ricos e detalhados, o desenhista nos proporciona personagens de grande expressividade, conseguindo expressra as nuances mais sutis, igual um diretor que dirige atores de carne e osso.
O Monstro do Billabong: Harlan e Kurjak, estão em Darwin, no território australiano do norte. Lá os aborígenes sussuram que o buniyp, um monstro vampiro similar a Kagyr Khan, deixou o billabong (pântano salgado) e matou um empresário e seu capataz para proteger seu território e a tribo aborígene local. Os nossos conseguem obter o apoio do pequeno Elea e da polícia local, mas o agente Jarrah Namatjira não está de todo feliz. A sua namorada Echo, de fato, tem uma profunda ligação com o buniyp, que ela instiga contra aqueles que julga serem inimigos da tribo.
A história de Mateuzzi é uma aventura exótica com elementos de crítica ao sistema capitalista, representada com os desenhos eficazes de Del Campo.

No País dos Homens Azuis: Arno Lotsari do Medical Team foi raptado pelos "homens azuis", um grupo de tuareg rebeldes em luta contra os ocupantes de uma mina de urânia no altiplano de Djado, Níger. Pecado que o proprietário da mina seja um Mestre da Noite, Amanar, que está formando um exército de não-mortos. Harlan, Tesla e Kurjak, estão na pista de Rajit, o guia que traiu Arno e, consequentemente conseguem encontrar o acampamento tuareg no deserto. Entre as ruínas de Djaba, os homens azuis estão enfrentando os não-mortos de Amanar. Harlan e seus amigos se unem à batalha e liberam Arno, para depois aliarem-se com os tuareg contra o inimigo comum. 
Esta aventura de Gualtieri e Marsiglia é rica em ação, com batalhas, traições e alianças estratégicas. Os desenhos de Fabrizio Russo são preciosos e muito dinâmicos, em particular as cenas de luta e naqueles em que vemos Tesla protagonista.


Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

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