terça-feira, 17 de janeiro de 2017


 Dampyr 202: No Mundo dos Mestres - a crítica

O ano novo começa para Dampyr com a conclusão da trilogia que se iniciou com o número 200, de novembro. No Mundo dos Mestres (nº 202), de Mauro Boselli e desenhos de Bocci, está nas bancas desde 4 de janeiro.

Enfrentando cara a cara Erlik Khan (convertido em improvável aliado de última hora), e atraída a uma armadilha, por Black Annis, a brigada de Dampyr recupera as suásticas do sol para encontrar o mundo dos Mestres. A realidade, entrevista, na última vez no número 200 não é outra senão, uma versão mais jovem do mundo do qual draka e os outros se originaram. Ali, o pai de Harlan, está intencionado em refundar a sua civilização perdida, mas não entanto, está na companhia de Hyanis e o mais jovem de seus filhos. As maquinações dos últimos inimigos ameaçam a vida deles, forçando Harlan e companhia a intervirem com rapidez. O encontro definitivo acontecerá sobre a terra vermelha daquele mundo desértico, não sem ação, reviravoltas e sacrifícios...

Provavelmente, graças a complexidade da história tripla, que evoca uma grande reunião de todos os personagens da série, Boselli, para facilitar a compreensão do leitor, simplificou o estilo. O resultado final é didaticamente acentuado, que torna a narração: todo episódio se desenvolve num deserto desolado e vermelho sangue de um mundo que, como dissemos, é a versão primitiva daquele em que os Mestres da noite construíram sua civilização. A habitá-lo, por consequência, são as tribos predecessoras da raça dos mestres, privados de conhecimentos mágicos ou científico e muito mais próximos da forma de morcegos humanos. O aparecimento dessa raça é o enésimo retorno à cena, visto que esses seres já foram enfrentados anteriormente (Dampyr 100: O Rei do Mundo).

Digno de nota o trabalho de Bocci que, à vontade com o conceito de hibridação, reconstruiu com inquietante precisão as características anatômicas daqueles seres metade homem e metade morcego. Mas, vale mencionar também o cuidado com o movimento. As cenas de voo (ver a sequência inicial), são dotadas de vívida credibilidade, enquanto a expressividade dos personagens mantém a atenção à leitura com um claro sentido de horror.

Articulada trama arquitetada por Boselli alcança assim o seu grandioso objetivo, sugerindo um novo início para a série.


Crítica publicada originariamente no site: www.senzalinea.it

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