segunda-feira, 23 de janeiro de 2017


Crítica: Dampyr #202 - No Mundo dos Mestres


Escrita por Andrea Tondi

Várias gerações de vampiros, Dampyr e seres demoníacos se encontram: pais, filhos, amicos, inimigos, aliados. O ódio não se dissipou e o desejo de poder leva a uma guerra violenta, na terra dos Mestres. Dampyr #202, editado pela Sergio Bonelli Editore e realizado por Boselli e Bocci, constitui um capítulo importante para o personagem, um momento de confronto entre as diferentes realidades do plano narrativo.

Um plano distante, distante...
Em um lugar deserto, em uma outra dimensão, sugestivamente indicado pela escrita "em um mundo distante", quase a assumir tons de fábula, existe um palácio em pedra, protegido pela magia. No seu interior Hyanis, a companheira vampira de Draka, pai de Harlan, o protagonista da série, bem como, o filho híbrido Arach. Este último considerado uma vergonha para aqueles que sugam sangue, uma abominação sem asas e sem poderes, que merece morrer. Tudo segue tranquilo e a família ali está segura, até que um dia, a magia protetora falha por átimo e revela o mistério, dando início ao primeiro assalto. É assim que da simples vingança se para a um encontro mais amplo, com atores que intervêem em uma situação pessoal para os próprios interesses, como Marsden e Sho-Huan. E os nossos? 

Uma edição linear

Os nossos se movimentam de plano em plano, de missão em missão, até serem chamados a causa, na Terra dos Mestres. A história procede de maneira muito linear, partindo de escaramuças até o confronto final, com os truques habituais de se contar histórias em linha com um quadrinho serial e popular, mas que, por motivos óbvios, não encontrarão espaços nesta crítica: "ça va sans" que o final não é definitivo. Todavia, precisa-se notar as páginas ambientadas no mundo desértico não muito mais lineares e menos "lotadas" e confusas de que aquelas do mundo quotidiano, e um pouco mais emocionante, enquanto que as segundas prepararam as primeiras. O lado gráfico resulta muito agradável, limpo, claro como por vezes, especialmente nas expressões de ira e dor, as faces resultam muito similares e de modo particular naquelas masculinas, enquanto os personagens femininos, em menor número, têm maior variedade. Para os fãs de Dampyr se trata então de uma edição bastante importante para o fins da trama horizontal, mas em muitos pontos pouco utilizável para quem não conhece a fundo o seu universo.


Crítica publicada originarimente no site: www.c4comic.it  

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