quarta-feira, 8 de julho de 2015


Maxi Dampyr 6

Episódios: 1 - Os horrores de Khara Khoto; 2 - O Pântano; e 3 - O Labirinto do Negromante
Argumentos e Roteiros:  Samuel Marolla (episódio 1); Luigi Mignacco (episódio 2); e Claudio Falco (episódio 3)
Desenhistas: Fabiano Ambu (episódio 1); Francesco Gallo (episódio 2); e Alessandro Baggi (episódio 3)
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 292
Editora: Sergio Bonelli 

Este Maxi Dampyr, diferente daquele de 2013, repete o formato "clássico" com três aventuras escritas e ilustradas por diversos autores e desenhistas.

Os Horrores de Khara Khoto: Harlan, Kurjak e Tesla se encontram na Mongólia buscando pistas da presença de um Mestre da Noite, responsável pelos recentes desaparecimentos acontecidos no sítio arqueológico da cidade perdida de Khara Khoto.
Ao grupo se unirá um agente secreto que afirma ter visto, trinta anos antes, um vampiro raptar sua irmã.
Os poderes mentais de Dampyr que o conduziram à Mongólia confirmam a hipótese e o que vemos é uma batalha cruel entre nossos heróis e um exército de antigos guerreiros vampiros.

O Pântano: Roscoe conseguiu escapar depois de ter encontrado vampiros que infestam o pântano de Okefenoke e, por sorte, encontrou Harlan e Kurjak que singravam o local em uma pequena embarcação.
Juntos conseguem se livrar de seus perseguidores e, com a colabração de Roscoe, montam uma emboscada para o bando de vampiros.

O Labirinto do Negromante: O Chateau Carignac, nas proximidades de Rouen, recentemente foi reformado e transformado em hotel. Uma operação conduzida sem levar em conta o passado obscuro do lugar, na realidade, no centro de um labirinto vegetal decorado com inquietantes figuras esculpidas nas paredes verdes, existia, em 1654, o pavilhão de caça do Marquês de Carignac, transformado no laboratório do negromante, desaparecido misteriosamente.
Parece que, em algumas circunstâncias, o pavilhão também nos dia de hoje aparece no meio do labirinto e, quando isso acontece, alguém desaparece no nada.
Harlan e Kurjak, se encontrarão com De Vos em uma dimensão do Multiuniverso no centro do labirinto do Chateau.


Na primeira aventura, Samuel Marolla substitui o farfalhar da seda e do som relaxante do gongos e sinos chineses pelas rajadas de metralhadoras (carregadas com projéteis tratados com o sangue de Dampyr e detonações, em um história plena de ação da primeira à última página.
No quadrinho embaixo da página 25, o autor reitera um conceito frequentemente encontrado nas histórias de Dampyr que é também uma das razões do sucesso da série; o Mestre da Noite afirma: porque durante as guerras, nós Mestres da Noite prosperamos na sombra... e é assim que me transformei no verdadeiro dominador desta região desde os primórdios...
Das sombras perfeitamente esfumaçadas de Fabiano Ambu, surgem apavorantes vampiros que vestem uniformes da época Xixia, desenhados nos mínimos detalhes.

Mais atual, mas não menos exótico é o cenário que Luigi Mignacco construiu a segunda aventura.
Os vampiros que vivem no pântano formaram um verdadeiro formaram um verdadeiro clã e seguem as ordens de um que foi escolhido líder que, por não ser um Mestre da Noite, tem um carisma incrível. Roscoe deve decidir de que lado vai ficar se quer realmente redimir-se como ser humano.
O autor joga muito bem com a psicologia deste personagem, mantendo o leitor ate final entre a ilusão e a realidade.
Francesco Gallo reproduziu muito bem a intrincada vegetação do pântano, escondendo e mantendo a mostra, até o último momento, o perigo ali existente. As sombras se destacam no fundo e as cenas de ação forma muito bem feitas.

Na terceira aventura, de Claudio Falco, adentramos em um lugar assustador que não perde em nada para Overlook Hotel de Stephan King.
Junto com a questão da antiga maldição, o autor acrescenta uma viagem ao multiuniverso, onde, De Vos, como Dr. Moreau, criou híbridos com os humanos que captura.
Alessandro Baggi consegue destacar-se muito com as ambientações do passado e do presente, fazendo aparecer na mesma página figuras da época medieval e modernas, sem confundir o leitor, sem abrir de recorrer ao estilo mais esfumaçado que caracteriza os flash back.

Com esse coquetel heterogêneo de aventuras, o sexto Maxi Dampyr é uma prazeirosa leitura de verão também para aqueles que não seguem a série regularmente que, graças a algumas pistas aqui e acolá, podem saciar a curiosidade procurando números anteriores.



Matéria publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

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