Dampyr

"Sua perversidade te impele a correr tal risco pelo desejo da aventura? O que você prometeu para atrair-me para uma armadilha com uma desculpa tão absurda? Uma revolução no meu mundo!... É impossível!"

A edição nº 182 de Dampyr nos transporta "Na Dimensão Negra", através de uma eletrizante história escrita por Mauro Boselli e com Maurizio Rosenzweig nos desenhos pela primeira vez na série criada por Boselli e Maurizio Colombo.

A DIMENSÃO NEGRA

 A tranquilidade de nossos heróis no Teatro dos Passos Perdidos é ameaçada por alguns pesadelos e estranhos comportamentos da pequena Ljuba que, desde quando chegou a nova professora de matemática na sua escola, parece ser de novo perseguida por recordações do pérfido demônio do canibalismo Thorke, desaparecido (talvez) definitivamente em Dampyr 157. Como é que ela esconde sob sua cama o Espelho Negro? A professora de matemática revelará sua dupla identidade e procurará encontrar o andarilho Ryakar a Mortlake (Londres). Descoberta e interceptada, Layselan (este é o seu nome) revela ao grupo que foi mandada a Terra, pelo seu mentor Demgaar para procurar a ajuda de Ryakar, para lutar na rebelião contra a casta sacerdotal da Dimensão Negra que, para manter o poder, fizeram um pacto com as potências infernais do General Zafon (Dampyr Especial 9) e do Conde Straygor. Caberá ao Alto Conselho decidir sobre essa espinhosa questão de ingerência na política da Dimensão Negra, território neutro, e em que isso poderá alterar o equilíbrio no encontro entre os Amesha e a Esquadra do Mal. Uma nova ameaça que Harlan, Tesla e Kurjak, decidirão de enfrentar, expondo-se a um enorme perigo. Um novo encontro entre a Esquadra do Bem e do Inferno, entre a liberdade e a opressão, em que as forças em campo poderão decidir o destino. A Dimensão Negra é um mundo desolado, escuro e inóspito, não sujeito à Lei do Equilíbrio, com uma sociedade fortemente dividida em castas e com as Sentinelas Negras a guardá-la de outros mundos e de intrusos impuros.

TROCA DE PODER

A história de Mauro Boselli (que recentemente venceu o Prêmio 2015 da ANAFI como melhor roteirista/escritor, que continuará no número 183 - Ditadura Infernal -, nas bancas (italianas) em 5 de junho, é incrivelmente apaixonante e envolve o leitor desde as primeiras páginas, com um ritmo que nos arrasta, bem como, a Dampyr nos meandros da Dimensão Negra. Fortes emoções acompanham os personagens do início ao fim. A relação entre Ljuba e Harlan, o respeito entre mentores e alunos, o encontro entre uma casta sacerdotal que detém o poder e os rebeldes, garantia e traição. Uma junção perfeita que leva todo apaixonado por Dampyr a inevitável escolha do caminho seguindo por Draka. Devemos agora esperar por Dampyr 183, para conhecer os desdobramentos da aliança entre os sacerdotes da Dimensão Negra e as forças infernais. A presença delas em um território de poder lutar à vontade, contra os Amesha esconde com certeza um segundo fim. Os demônios rebeldes e Dampyr deverão enfrentar uma armada em circunstância notadamente hostil.

O desenhista Maurizio Rosenzweig cria, graças aos seus pincéis, um atmosfera escura e surreal. Estupenda a ambientação da Dimensão Negra e a imponência da armada das Sentinelas Negras rebeldes guiadas por Ratserk. Também a sua personalíssima interpretação na caracterização dos personagens de Harlan, Tesla, Kurjak e Ryakar é realmente única e particular. A capa de Enea Riboldi, é, como sempre, fantástica e assustadora.

Matéria publicada originariamente no site: www.c4comic.it