segunda-feira, 20 de outubro de 2014


E VIVA O MÉXICO!
Dia 22 de outubro chega nas bancas (italianas), o décimo Dampyr Especial, com uma aventura pensada, para ser publicada na ocasião do centenário da Revolução Mexicana.

O Dampyr Especial 10, sairá dia 22 de outubro e, para recordar a Revolução Mexicana, contém uma aventura - escrita pelo amante do horror Antonio Zamberletti (já visto em Zagor) e desenhada pela dupla Marco Santucci/Patrick Piazzalunga - que leva Harlan às terras que viram a epopéia rebelde de Pancho Villa e Emiliano Zapata!


Através das palavras de Mauro Boselli, conheceremos o que nos aguarda.

"Em uma das paredes de meu escritório, está pendurada uma fotografia grande em preto e branco, onde temos uma locomotiva lotada de homens com grandes sombreiros brancos, cartucheiras atravessadas no peito, fuzis Mauser chamando a atenção dos camponeses. A foto é de Augustin Casasola e a legenda assinala: "Cuernavaca, Morelos, 1914". Sempre senti fortemente o charme subversivo e anárquico, vital e confuso da Revolução Mexicana. Diferentemente da quase contemporânea Revolução Russa - que tinha às costas o socialismo científico de Karl Marx, as complexas análises sociais e econômicas dos mencheviques e bolcheviques, as inteligências racionais de Kerensky, Lenin, Trotsky, com seus óculos redondos e crânios lúcidos - aquela mexicana, parecia muito mais sanguinária e calorosa, de fato, quente, como os peões que trabalham sob o sol escaldante do México.

Os seus símbolos vitais não eram burgueses e intelectuais; o bem intencionado Madero não aquecia mais o coração do povo, como ao invés, fazia os dois heróis mais representativos da Revolução: Emiliano Zapata, o teimoso e orgulhoso camponês de Morelos, e Pancho Villa, o bandido de grande coração e da pistola sempre pronta. Ambos tinham sangue índio nas veias, demasiadamente humanos nas suas virtudes e fraquezas, no entanto, tinham a fibra dos heróis, como Garibaldi e Che Guevara: ligados às rebeliões, mas também à imaginação, se tornaram mitos, a epopéia foi incorporada nas canções populares e virou filme de Hollywood.

Nesta história, porém, não os encontrarão, Antonio Zamberletti escolheu, como é comum em Dampyr, um episódio à margem da grande Revolução, contando-lhes com a pitada certa de emoção e garra, e, sobretudo a habilidade de colocar nas cenas de ação que derivam de seu passado de agente de polícia e de escritor de romances de horror (merecem a leitura, os seus livros sobre o Detetive Particular Torres, editado pela Todaro). Nas cenas de ação, naturalmente, tudo foi brilhantemente explorado na dinâmica das páginas, pela dupla Santucci/Piazzalunga, os quais que nesse Especial, talvez, tenham feito seu melhor trabalho dampyriano.

Viva Villa! Viva Zapata! Viva a Revolução!

Mauro Boselli"


Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

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