quinta-feira, 15 de outubro de 2020


Série:Dampyr nº 238
Episodio: Roxana
Textos: Giovanni Di Gregorio
Desenhos: Giorgio Gualandris
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 1-2020
 

 

Os caçadores de fantasmas guiados por Maud Nightingale estão nos Cárpatos, na Moldavia romena, para um check-up no Hotel Imperial, que, fechado por cerca de um século, estaria entre os edifícios mais assombrados da Europa. O Instituto Nacional do Patrimônio Cultural romeno, quer apurar que não há problemas em vista da reabertura do luxuoso hotel. 

Sorin conta a psicóloga Nicole sobre a belíssima mulher retratada num grande vitral, Roxana Dragoste era a rainha do hotel na belle époque e ela sabia como torná-lo um dos salões sociais mais renomados do continente, frequentado por nobres e poderosos; tudo acabou com a primeira guerra mundial e de Roxana não se soube mais nada.

Maud, a sensitiva do grupo, não percebe nada de anormal, os vários caçadores começam a ter visões apavorantes; Maud e Nicole vêem um quarto cheio de sangue; Mark é espremido por galhos de uma planta em uma estufa; e Teddy se vê servido em um prato com três cabeças decepadas. O pior foi o Senhor Sorin, que teve contato com Roxana em pessoa, que se revelou ser uma Mestre da Noite. 
Con dificuldade, os caçadores se reúnem, ma Maud é feita prisioneira. Enquanto isso, Harlan, sabendo da missão, chega ao hotel junto com Tesla e Kurjak. Mas a Mestre da Noite consegue separar Dampyr dos outros, e demonstra um grande poder de ilusão. 
Neste episódio, Di Gregorio conta, em particular, com dois elementos narrativos: a armadilha que caem os caçadores de fantasmas, que acreditam estar lidando com fantasmas "inofensivos", mas cercados por vampiros, e a fascinante figura da Mestre da Noite Roxana. A história é marcada pela ação e, sobretudo, pela sugestão das cenas de efeitos, que amedrontam os personagens (e o leitor), em pleno território horror.
Gualandris traduz a história em imagens de maneira exemplar, ampliando a aura de liberdade já evidente na capa. Nas páginas, destacam-se muitos detalhes dos móveis estilo noveau, dos quais às vezes saem garras ou incorporam a pobre Tesla. As arquiteturas são construídas em grande detalhe, começando com a bela visão inicial do hotel, até os telhados por onde Tesla caminha. É dada grande atenção ao caráter da bela Roxana, com uma forte carga sensual, mas também com evidente perversidade sádica, como sugerem os olhos intensos na página 37, cheio de ódio e crueldade vampírica.  


Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

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