domingo, 11 de outubro de 2020


Série:Dampyr nº 237
Episodio: Krampus!
Textos: Claudio Falco e Francesca Scoutti
Desenhos: Fabrizio Longo
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 12-2019



A antropóloga Sophie Mutter está com seu namorado Angelo Sanna, na Universidade de Bressanone para ter lições sobre a figura do Krampus, uma assustadora máscara utilizada desde a antiguidade nos ritos de fertilidade daquela região. 
Passeando pelas solitárias ruelas da cidadezinha com Angelo, uma noite Sophie tem a visão de dois krampus que a atacam. Harlan se junta à amiga para investigar.
Sophie e Angelo vão a caça de velhos documentos no arquivo histórico de Bolzano. Depois de uma extenuante e infrutífera procura, foi somente graças a intervenção aparentemente sem querer de um desconhecido que conseguem uma pista. No texto caído na terra, Sophie encontra notícias de uma investigação do capitão austríaco Steiner, realizada em 1819 em Dunklerberg, hoje Moncupo, no sul do Tirol. Graças também as investigações de campo e a procura feita em Prega por Caleb, Tesla e Kurjak, os nossos reconstroem a história dos Krampus. Espécie de demônio não-morto criado por Nergal, os krampus ajudaram o patrão deles a conquistar, no passado, o castelo do Conde Von Dunklerberg, que se transformou num feudo do Mestre da Noite. Depois séculos depois foram ainda eles que massacraram o capitão Steiner e seus homens. 
Harlan, Sophie e Angelo alcaçam o velho castelo, onde entram em confronto com as criaturas de Nergal, mas estas se revelam bem mais difícil de abater do que os não-mortos comuns.
Como manda a tradição dampyriana, Falco e Scoutti se baseiam no folclore e nos presenteiam com uma história convincente e sombria. A atmosfera da história é como num filme de horror, tendo como cenário criptas, subterrâneos de castelos, aldeias abandonadas, que parecem ter saído de um filme da Universal. Funciona bem o truque de mostrar Tesla e Kurjak à distância, para criar efeito a entrada deles. Agora, reduzidos os não-mortos a adversários "convencionais" para o Dampyr, resulta engenhosa a introdução dos krampus, não-mortos potencializados pelo Mestre da noite deles. 
Os desenhos de Longo são densos, encorpados, e oportunamente escuros. Em páginas ricas de atmosfera, o desenhista nos presenteia com diversas cenas de pesadelo e cenas espectrais. Muito bem realizadas as arquiteturas dos castelos e vilas abandonadas, com casas caindo e telhados desmoronando. Os brutais krampus são realmente aterrorizantes.



Publicado originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it 

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