domingo, 13 de setembro de 2020


Série:Dampyr nº 236
Episodio: A amiga mortal
Textos: Giorgio Giusfredi
Desenhos: Alessio Fortunato
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 11-2019



 
O número de novembro de Dampyr foi publicado na versão de banca e com uma capa variant em 3D, de autoria de Alessio Fortunato.

Ann Jurging levou Harlan a Nuremberg,guiada por recentes visões da morte de sua amiga de infância Marlene Berger. Os dois vão para a antiga escola de dança onde Ann cresceu e fugiu graças a Marlene, sendo a estrutura uma verdadeira prisão, da qual, em tempos de guerra, não era permitido sair. Marlene não teve tanta sorte e foi pega pela falecida rainha das bruxas Helena Markov, que estava no comando da escola na época e que planejava se apossar da "luz" de Ann.
Na casa de Marlene, agora desabitada, Ann encontra o diário da amiga, que se conclue com uma triste passagem em que essa alegava odiar sua amiga que havia conseguido escapar. Depois, adulta, Marlene se tornou a diretora da escola, e a transfere para Rennsteig, onde se torna tutora e parece ser a fachada de uma sanguinária seita que pratica assassinatos através de rituais.
Ann e Harlan chegam à Tanz Academia em Rennsteig, com Kurjak e Tesla. Seguindo uma garota, Kurjak se encontra em um quarto em chamas, onde o corpo de uma mulher deitada é protegido por uma barreira invisível. Emil rompe essa barreira e a mulher acorda. É o espírito de Marlene Berger, que guia Kurjak até o portão da escola e lhe diz para procurar o amuleto que fortalece seu inimigo, que tomou posse da escola e que pretende tomar o poder de Ann.

Giusfredi nos propõe uma típica história de horror, bem estruturada e ritmada e claramente inspirada no filme Suspiria. A principal força da história está na atmosfera e em algumas passagens marcantes: a consciência de Ann sobre o sofrimento de Marlene, deixada só em um ambiente hostil,e o final melancólico, em que há uma saudação sobrenatural entre as duas velhas amigas, no qual as perguntas permanecem suspensas, mas o carinho entre as duas personagens é indubitavelmente manifestado.
Fortunato, em ótima forma, realiza personagens muito bem caracterizados e com fisionomias realistas. O desenhista nos presenteia com um bom divertimento e enquadraturas de forte impacto dramático, em especial a árvore com bailarinas enforcadas da página 20. As páginas 18-19 são particulares e impressionantes, com quadrinhos alternados com fundo em preto e branco, como um tabuleiro, para representar um confronto entre Helena Morkov e uma Ann Jurging menina, como em uma espécie de jogo de xadrez.



Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

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