quarta-feira, 16 de setembro de 2020

 
O bárbaro e o Dampyr!
Nas bancas italianas desde 3 de setembro, "Os sussuros no escuro" mostra Harlan, Kurjak e Anyel lidando com o grande escritor pulp do mundo: Robert E. Howard. Para apresentar a história, temos uma galeria de esboços e rascunhos de Nicola Genzianella.
 
O mais grande escritor pulp do mundo: Robert Ervin Howard, o criador de Kull da Valusia, Bran Mak Morn, Salomon Kane e, sobretudo, de Conan o bárbaro, ele certamente sem falsa modéstia quando se apresentou com estas palavras a uma jovem professora que estava ansiosa por conhecê-lo. 
 
Em Cross Plains, aquela cidadezinha perdida do Texas, o filho do Dr. Howard e de Hester Jane Ervin era visto como um solitário excêntrico e meio louco, que alternava a atividade física frenética como boxeador amador com intermináveis sessões criativas à máquina de escrever em seu estúdio varanda, de onde os transeuntes ocasionais ouviam o tique-taque incessante alternando com gritos beluínos, nos momentos mais inspirados, o jovem escritor recitava em voz alta os diálogos dos personagens e as túrgidas cenas das batalhas. Mas, embora lucidamente cônscio de seu valor artístico, consolado nisso pela aprovação dos leitores e pela estima de ilustres colegas e correspondentes como H.P. Lovecroft e Clark Ashton Smith, o jovem Bob Howard não era tão seguro de si como indivíduo. 
 
Forçado a permanecer nos horizontes limitados da província texiana, entre pessoas de mente estreita, dominado por uma mãe tirânica e tuberculosa, Bob, que aspirava ser como Conan ou um herói do Velho Oeste, sentiu-se inadequado e incompreendido. A jovem professora recém chegada à cidade, Novelyne Price, que lutou muito para se relacionar com ele, foi a única mulher de sua vida.
 

Não contamos como acabou, porque será o assunto da história que você poderá ler em "Os sussuros no escuro", mas os diários de Novelayne Price, adaptados por ela de memória ficcional, foram publicados com o título "One Who Walked Alone" e um comovente filme dirigido por Dan Ireland, como Vincent D´Onofrio e Renée Zelweger, "The Whole Wide World" (na versão italiana, "O mundo inteiro") foi feito. Claro que estamos falando dos diários tornados públicos, pois os secretos são o assunto da história que começa no número 246 de Dampyr.

Como vocês devem se lembrar, Howard apareceu em uma curta cena de Dampyr 225, "Os horrores de Red Hook", dedicado a Lovecraft. O solitário escritor de Providence também apareceu aqui e, acima de tudo, vamos conhecer seu avô Whipple Van Buren Phillips, que, segundo todos os biógrafos, foi aquele que, com suas histórias sombrias, contou ao neto sobre o folclore da Nova Inglaterra, despertando assim pela primeira vez a imanigação do maior autor de terror do século XX.

Então essa história dupla não é dedicada somente a Howard, mas a todos os autores do renascimento do fantástico, do terror e da ficção científica das grandes revistas pulp de noventa anos atrás, como as lendárias "Weird Tales". Esses autores são nossos heróis, então eles também se tornaram nossos personagens...


Publicado originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

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