quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Série:Dampyr nº 245
Episodio: Sangue sobre a Síria
Textos: Claudio Falco
Desenhos: Andrea Del Campo
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 8-2020


O partidário Dal, da milícia curda síria (conhecido nos números 123-124), vai ao Teatro dos Passos Perdidos para informar Harlan da possível presença na Síria de um grupo de vampiros. Sirwa, liderando um grupo de mulheres, interceptou e destruiu caminhões que transportavam petróleo contrabandeado para a Turquia. Sirwa soube por um dos presos que o petróleo vem dos poços de Marqadah, em plena zona de guerra. Para extraí-lo seriam utilizados os homens de alguns perigosos estrangeiros que são vistos apenas durante o dia, de acordo com Dal.
Harlan e pards continuam a procura em Túnis, com a ajuda do amigo T-Rex. Estudando o relatório do MI6 sobre a execução de uma jornalista britânia em Valeta, T-Rex identificou o misterioso personagem por trás da multinacional petrolífera Southcorp, que em quarenta anos de fotos mostra que ele não envelheceu um dia, é o Mestre da Noite Ningirsu.
Os nossos conseguem se apossar de um petroleiro de Nirgirsu. Bebendo o sangue de um de seus não-mortos, Harlan tem uma visão do Mestre, atrás do qual há a ameaçadora sombra de Nergal.
Rastreando o pseudônimo Gunsur, Harlan e pards descobrem que Ningirsu tem seu covil em Aleppo, e que contarão com a ajuda de Arno Lotsari do Medical Team para a batalha final. 
Sangue sobre a Síria é uma história de ação que se passa em vários locais do Mediterrâneo. Falco nos dá um certo virtuosismo de roteiro, como as cenas em que a ação irrompe nos diálogos. Comovente é a passagem em que Kurjak relembra os horrores da guerra, ao observar os edifícios destruídos pelas bombas, na página 70, para serem imediatamente relembrados à realidade e à missão por Harlan, que pragmaticamente encerra a discussão dizendo: "Não podemos fazer nada a respeito. Nosso trabalho é outro."
Densos e precisos os desenhos de Del Campo, que dá o melhor para retratar as várias arquiteturas mediterrâneas, sempre bem documentadas, entre vislumbres de cidades antigas e monumentos: Malta, Túnis, Aleppo, e sobre todas uma belíssima página com três quadrinhos representando a cidade de Damasco, na página 23. Não faltam cenas dinâmicas e de horror, como os quadrinhos da página 39 e 81, ilustrações reais.



Matéria publicada originariamente no blog: ilcatafalco.blogspot.com

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