sábado, 23 de janeiro de 2016


CRÍTICA - DAMPYR

Número: 188
Episódio: A Marca de Horror de Carcosa
Argumento: Mauro Boselli
Roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Marco Santucci
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Mês: 11-2015
Colorido: Não
Páginas: 96

A edição de Dampyr do mês de novembro contém uma aventura dedicada ao mito literário do "Rei do Horror"; um drama francês que, inevitavelmente, conduzia à loucura quem terminasse a leitura.
A veracidade deste texto é parecida com aquela do famoso "Necronomicon"; como a obra lovecraftiana, tem inspirado numerosos autores de horror do início do século XX, como Bierce e Hodgson, que o citaram nos contos deles.

Harlan decide ir a Paris para ajudar Angèlique, a filha da sua colega vendedora de livros, Anne; aonde estão acontecendo curiosos episódios que, inequivocadamente, parecem coligados às narrativas contidas na antologia do "Rei do Horror", em particular a lenda da cidade perdida de Carcosa.
Simultaneamente Kurjak, que foi para Nova York, encontra depois de ter assistido a um espetáculo teatral sobre o "Rei do Horror", um homem misterioso e imediatamente é catapultado para um mundo paralelo onde é feito o dono de uma máscara capaz de influenciar a vontade de quem a usa.
Os referimentos a Carcosa se fazem sempre mais frequentes e concretos, ao ponto que é inevitável concluir que alguém está tentando trazer para o nosso mundo aqueles obscuros mitos; cabe aos nossos heróis pará-lo, antes que seja muito tarde.

Também desta vez Boselli dá demonstração da sua capacidade de mover-se entre o quotidiano e o fantástico sem afetar o fluxo da narração, respeitando os tempos e mantendo alta a tensão.
Marco Santucci, com as suas figuras plásticas, desenhadas com perspectivas cinematográficas, e a transformação das paisagens urbanasem verdadeiros cenários de pesadelo, se confirma como um dos melhores desenhistas da série.


Matéria publicada origináriamente no blog: www.ilcatalfo.blogspot.it   

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