terça-feira, 20 de outubro de 2015



O DESTINO DE DAMPYR!
Entrevistamos Claudio Falco, autor de "O livro do tempo perdido", uma história imprescindível para os seguidores do Matador de vampiros da Bonelli, publicada no Dampyr Especial 11, nas bancas (italianas) em 22 de outubro.

No Especial que sairá em 22 de outubro, o décimo primeiro Dampyr Especial, o protagonista é um Harlan um pouco diferente do habitual. Veremos ele envelhecido e com os cabelos brancos entre as páginas de "O livro de tempo perdido". A nos revelar o conteúdo deste Especial, que narra o destino de tantos protagonistas da série, encontramos o autor Claudio Falco: Napolitano, nascido em 1958, conheceu Tex e daquele momento não parou mais de "devorar" quadrinhos, sem imaginar que um dia escreveria profissionalmente. Pedimos a Claudio que nos guiasse pelo labirinto de seu último trabalho dampyriano, e, eis o que nos contou.

Fez sua estréia há seis anos, com a história "A selva do medo". Quais eram suas experiências anteriores? Como começou a escrever para o Matador de vampiros de Boselli & Colombo? 
De maneira quase casual. "A selva do medo" não representa somente minha estréia bonelliana, mas também a minha primeira história, profissionalmente falando. Antes tinha feito coisas "amadoras". O primeiro contato com Mauro Boselli teve como intermediário Giuliano Piccininno, desenhista da série que conhecia de muito tempo. Lhe enviei alguns roteiros, mas a coisa, por uma série de motivos, não seguiu. Então, um belo tempo depois, dei uma mão para ajudar a reorganizar uns apontamentos para uma história que Mario Faggella, meu melhor amigo e autor de belíssimas edições de Dampyr, que nos deixou prematuramente, não teve tempo de escrever (a história, "O músico enfeitiçado, foi então escrita por Boselli). Naquela ocasião Mauro me pediu que apresentasse alguma outra idéia... e assim começou tudo!

Depois de uma dezena de histórias, você volta com uma história importante para o personagem, publicada nesse Especial... Explique a particularidade desta história... 
É uma história, pelo enredo, muito particular. A base é o fato que um Dampyr, como os leitores sabem bem, envelhece cinco vezes mais lentamente que um ser humano normal. Isto significa que, inevitavelmente, os seus companheiros de luta e as outras pessoas as quais é ligado (tenho um comportamento estranho, porque vejo os coadjuvantes da série como pessoas reais, mais do que personagens de ficção) são destinadas a morrer antes dele. Uma dia, refletindo sobre esta "coisa", me "vi diante" de um Harlan já velho, marcado pelas recordações de uma vida de batalhas e sem a força de tempos atrás. Mas um Dampyr não se aposenta. Não é de todo certo que, digamos, que dentro de duzentos anos, a guerra contra os Mestres da Noite, as legiões infernais e os outros inimigos tenha se concluído... Certo, então o jovem Dampyr Charles Moore estará adulto, mas estamos seguros que irá "recolher a hereditariedade" de Harlan? 

No "O livro do tempo perdido" revela-se, então, o destino de tantos personagens da série: Se trata do reflexo do que realmente acontecerá ou futuro pode ser alterado? 
Esta é um pergunta de um milhão de dólares! Não vou arriscar resposta (e provocar a ira de Mauro Boselli). Acredito de poder-lhes dizer, no entanto, que também o nosso Harlan se vê forçado a se fazer (com certa angústia) essa pergunta. E uma primeira resposta chegará (a ele aos leitores) já nos próximos meses...

Para além desta aventura, realmente especial, normalmente quanto é difícil manter as histórias de tantos coadjuvantes, amigos e inimigos de Dampyr que povoam a série de Boselli e Colombo? 
Difícil? Difícilimo! Para além da continuidade (que também quando parece que não incide em uma história, na realidade é de qualquer forma presente implicitamente), a maior dificuldade para uma colaborador, a meu modo de ver, consiste no fato que Boselli e Colombo não criaram uma "simples" série: inventaram um mundo. E este mundo tem regras precisas.
Os Mestres da Noite são uma confraternidade (bem pouco "fraterna" para dizer a verdade) de vampiros muitos diversos daqueles já fixados no imaginário coletivo por uma tonelada de livros, filmes e outros. As legiões infernais, os vários Iblis, Nergal e bela companhia, têm uma bem definida "organização social". Sem falar de personagens que os leitores viram pouco, mas que parece destinados a um futuro luminoso, como o misteriosíssimo Sho-Huan. Se arrisca a esquecer a cada passo, mas (pelo menos para mim) a complexidade do universo dampyriano é uma das coisas que torna realmente divertido escrever às histórias. 

Depois desta ocasião, quando te reencontramos em ação com Harlan, Tesla e Kurjak? 
Neste momento, estou escrevendo duas histórias (uma desenhada por Fabiano Ambu e outra por Alessio Fortunato) das quais ao menos uma, acredito, terá qualquer reflexo sobre a continuidade. Tenho algumas outras prontas ou em curso de realização, e, uma deve sair a cavalo entre o fim deste ano e o início do próximo. Teria mais prazer se conseguisse escrever mais, mas, como talvez os leitores saibam, também sou médico e nem sempre é fácil encontrar tempo. Como se não bastasse, sou ematólogo e então, entre um caso e outro, tenho que fazer com sangue. Uma loucura nada mal, diria!

Entrevista concedida a Luca Del Savio





Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

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