quinta-feira, 6 de setembro de 2012


LUCCA ROSSI NO PIANETA FUMETTO!
Luca Rossi é sem dúvida um dos desenhistas de Dampyr mais apreciados pelos leitores da série. Nos últimos anos deixou um pouco de lado o quadrinho italiano, para trabalhar nos quadrinhos americano: Vertigo e House of Mystery. Novamente um trabalho seu, será publicado pela Bonelli, mas não se trata de Dampyr, mas sim, seu começo como desenhista de Dylan Dog, no Dylan Dog Color Fest.

Já são cerca de vinte anos que trabalha como desenhista de histórias em quadrinhos profissionalmente. O que levou você a seguir esta carreira? 
Desenhar e contar histórias por meio de imagens, sempre foi a maneira mais fácil de expressar as minhas emoções, acredito ter sido uma evolução natural aproximar-me do mundo das histórias em quadrinhos de horror, foram fundamentais para maturação do meu estilo.

Depois de Gordon Link e Demon Hunter, em 1996 junto a Diego Cajelli, deu vida a aquele que ainda hoje é um dos teus trabalhos mais amados pelo seu público. Pulp Stories. O que representou esse quadrinho para você? E hoje, mais de quinze anos passados, o que pensa a respeito? 
Pulp foi seguramente o quadrinho que marcou a passagem de um desenho ainda em fase de desenvolvimento para um desenho mais sólido e refinado. Com o passar dos anos, obviamente, percebe-se erros ingênuos, mas ainda pode-se sentir a energia e estímulo que tivemos ao trabalhar em completa liberdade.
Falemos agora da sua estréia na Bonelli em Dampyr. Como entrou na Bonelli e propriamente dito em Dampyr?
Foi uma surpresa encontrar uma mensagem na secretária eletrônica de Mauro Boselli, que me oferecia a oportunidade de colaborar com ele, em um novo projeto. Tinha apenas terminado uma edição contando histórias de E.A. Poe e os estilos e as atmosferas noir daqueles desenhos se adaptavam perfeitamente a futura série de horror que Boselli e Colombo tinham em mente.
Em Dampyr desenhou algumas das mais belas histórias de toda a série. Não nego que "A Casa na Borda do Mundo" e " A Foto que Grita", estão na minha lista top 10 das histórias dampyrianas. Você, em quais é mais ligado? 
Te agradeço,  sem dúvida sou ligado às histórias mais recentes. Os personagens têm mais personalidade e as situações são descritas com uma síntese gráfica melhor. As histórias que citou são ótimas.
Uma das peculiaridades de Dampyr é de circundar o protagonista com uma rica variedade de coadjuvantes, personagens secundários e antagonistas, todos bem caracterizados. Como leitor, quais são os teus personagens preferidos? E como desenhista o que te inspirar para criar os coadjuvantes? 
Kurjak e Tesla como leitor e também por serem diferentes de desenhar. Um dos personagens mais interessantes de caracterizar é seguramente Caleb Lost. Mauro habitualmente tem as idéias muito claras sobre a fisionomia dos personagens, me fornece a documentação necessária, que depois completo navegando na internet e folheando livros fotográficos. Normalmente, para as caracterizações, me basta uma foto de atores ou músicos famosos, mas é somente uma referência, o resto fica com a minha imaginação. No caso de Caleb, por exemplo, busco inspirar-me no rosto ambíguo e misterioso de David Bowie.
Depois de Dampyr, as tuas páginas atravessaram o oceano e foi chamado a realizar a série House of Mystery para a Vertigo. Como você chegou DC Comics? 
Foi muito simples. Me contactaram através de e-mail e me pediram inicialmente para realizar alguns testes do personagem Jack, The Fables. Em seguida, me foi proposto o roteiro de HOM, inútil dizer que foi uma honra aceitar.
O que mudou no método de trabalhar na Bonelli para a americana Vertigo?
O método de trabalho na realidade é muito diverso, a diferença está na narração e composição da página. Na Bonelli a estrutura da página não muda, tempo e ritmo da história são mais dilatados porque são 94 páginas. Na Vertigo, ao contrário, o impacto gráfico e a disposição dos quadrinho são elementos fundamentais da história. O argumento desenvolve-se em apenas 22 páginas, com um ritmo de leitura muito rápido.
Como você começou a trabalhar com Matthew Sturges? Que tipo de escritor ele é?
Trabalhar com Matt foi sorte e uam grande experiência. É um escritor brilhante, original, consegue sempre te fazer participar da história. É muitíssimo preciso nas descrições dos personagens, psicologia deles e toda a atmosfera. Deixa entretanto, muita liberdade de interpretação ao desenhista, que me estimula a caprichar no criar as ambientações fantátsicas e as crituras surreais da série.

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