sexta-feira, 17 de setembro de 2021

 
México e Sangue - Dampyr 257     (agosto 2021) / Crítica
 
Por Paolo M.G. Maino
 
Histórias na América do Sul e Central: pistolas e ação; histórias com Boby Quintana: pistolas e ação; histórias de Giusfredi e Del Campo: pistolas e ação... se os silogismos aristotélicos funcionam, o que podemos esperar do novo Dampyr nas bancas em 5 de agosto, uma história ambientada entre a Colômbia e o México, com o protagonista principal Bobby Quintana (que também ganha a capa icônica com Harlan) e criada pela dupla Giorgio Giusfredi e Andrea Del Campo? Pistolas e ação como em um filme de Tarantino e do resto um dos personagens (Joe Dern) nos remete a Clif Booth, interpretado por Brad Pitt em "Era uma vez em... Hollywood", um dos filmes preferidos do co-curador de Dampyr.
 
Mas fá fiz quase metade da crítica, então, vamos ao que interessa (há um spoiler... não muito grande na minha opinião e também expresso idéias sobre o desenvolvimento futuro, mas leia por sua própria conta e risco).
 
México e Sangue - Dampyr 257
Argumento e roteiro: Giorgio Giusfredi
Desenhos: Andrea Del Campo
Capa: Enea Riboldi
 
Como já foi escrito, Giusfredi e Del Campo voltam à ação junto, que do pó das estepes asiáticas de "O filho de Erlik Khan"  (Dampyr 210) agora se encontram na poeira dos barracos de Medellin - no passado de Bobby - e de Las Cruces no México, no presente.

A história, de fato, se passa em dois planos temporais: o passado do adolescente Bobby Quintana que está ligado por um espírito de vingança a Joe Dern, um aguerrido agente do DEA, que, no segundo plano temporal, - simplesmente acontece - [spoiler] aparece bonito e jovem como trinta anos antes no presente e parece ser um não morto [final do spoiler].
 
 
Por outro lado, tudo parece correr nas trilhas clássicas das histórias de ação de Dampyr: você identifica um inimigo não-morto ou Mestre da noite, você se livra dele, há uma emboscada, e no final nós sabemos a conclusão, graças aos muitos poderes conhecidos de Harlan, mas Giusfredi é bom em embaralhar as cartas nas últimas páginas e aumentar a tensão até o próximo número. Isso porque Dampyr 257 e 258 apresentam a primeira história dupla do autor de Lucca e a sinopse do próximo álbum cujo título "Doutor Dor", nos remete a um malvado personagem dos primeiros números. Mas como se liga Nemech, o Doutor Dor com Joe Dern? Que coisa está fazendo a Temsek no México? É área de Marsden? Quem sabe... Mas isto é legal, leiam o álbum e depois tirem suas próprias conclusões (e as minhas não são spoilers exceto pelo fato de que todos vocês já sabem o título e a prévia do número 258).


Já entenderam que gostei muito da história: ação, amor (tem isso também), surpresas, gosto pela reconstrução de ambientes e contextos históricos, o romance de formação do jovem Bobby Quintana... muitos elementos misturados como em um bom filme de... Tarantino! Na verdade, os desenhos de Andrea Del Campo são um verdadeiro prazer para os olhos: você não perde um detalhe, mas ao mesmo tempo você tem seu próprio espaço em branco para imaginar o que não está nos quadrinhos.
 

Podemos então mencionar a explendida página dupla que imortaliza a detective bord no escritório da polícia de Las Cruces e o jogo de citações como para o "Bico do Corvo" a cervejaria-escritório de Giusfredi em Lucca!

Por hora paramos por aqui... nos revemos no início de setembro com a conclusão desta bela história da dupla Harlan/Bobby Quintana.



Crítica publicada originariamente no site: www.fumettiavventura.it

Nenhum comentário: