sexta-feira, 24 de julho de 2020


Série: Dampyr 231
Episodio: A cidade do homem negro
Textos: Mauro Boselli
Desenhos: Nicola Genzianella
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Luca Corda
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 06-2019


Harlan e Michele enfrentam os não-mortos de guarda no Creole Jazz Paradise e libertam Carmem, que foi socorrida por sua irmã. Então Harlan alcança Baron Samedi e o morde o pescoço, mas não bem a saber nada de útil. No entanto, Kurjak toma conhecimento aonde é a residência da súcuba Agrat, através de Sameal. O responsável pelo desaparecimento da súcuba é o homem negro, ninguém menos que o Nyarlathotep. Foi ele que, disfarçando-se de mágico, levou Agrat Bat Mahlat e suas meninas, em fuga de Legba, para o mundo intermediário. Graças a Pálida máscara, Kurjak compreende que uma das meninas de Eisheth, a felina C-MEll, provém de Ulthar, a lovecraftiana cidade dos gatos. Ulthar está a seis dias de marcha de Dylath Leen, porrto do Multiverso onde Nyarlathotep tem Agrat prisioneira, em um bordel para os marinheiros das Duas Luas. Samael também revelou a Kurjak que provavelmente a Pálida mascara é uma emanação do próprio Nyarlathotep, profeta e mensageiro dos Grandes Antigos. 
Harlan, Kurjak, Fajella, Eisheth e C-Mell atravessam um portal dimensional e chegam a Ulthar, onde rapidamente ficam no meio de gatos, que os guiam ao templo dos Grandes Antigos. Ali as sacerdotisas de Ulthar, da qual C-Mell fazia parte, aceitam ajudar os nossos, e confirmam quem Agrat está prisioneira em Dylith Leen. 
Não sem alguns problemas, os nossos chegam a casa das Duas Luas, onde ficam frente a frente com muitos inimigos e Nyarlathotep em carne, tentáculos e ossos. A intervenção de Kurjak será fundamental para o sucesso da missão. 
Nessa história e mesta fase da saga de Damapyr, Boselli se baseia fortemente no mundo lovecraftiano, pegando so Solitário de Providence, o panteão dos Grandes Antigos. Da outra parte Dampyr é um quadrinho que, por ser popular, frequentemente atinge a profundidade literária.
O episódio propõe atmosferas entre o horror e a dark fantasy, sob a inspiração de HPLovecroft, com muitas citações bibliográficas. A trama nos leva entre vários mundos paralelos, entre os quais as sórdidas cidades lovecraftianas de Ulthar e Dylath Leen, sempre capazes de invocarem sensações inquietantes e atmosferas de pesadelo, em que também os aliados apavoram, como os gatos e as sacerdotisas dos Grandes Antigos.
Nesta segunda parte da história os desenhos de Genzianella são talvez ainda mais eficazes. Chamam atenção em particular, as cenas multidimensionais, como aquela da página 46, entre Nova Orleans e Ulthar, e a bela aquarela que ocupa toda a página que sintetiza a história de Baron Samedi na página 24. Muito bem feitos os becos de Ulthar e Dylath Leen, com as aspecto sujo e perigoso.




Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

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