segunda-feira, 29 de maio de 2017


Dampyr 206 - o deus do massacre (Giusfredi, Statella/Piazzalunga)
Por David Padovani


Giorgio Giusfredi, no seu segundo trabalho dampyriano, mostra sua paixão pela música e rende homenagem a Quadrophenia, o filme que talvez melhor que todos soube mostrar o legado de uma geração entre a música e a rebeldia juvenil, também o título homônimo de um álbum da Banda Who.
O jovem escritor se liberta em parte da serrada continuidade dampyriana para nos contar uma história que se inicia em uma Inglaterra dos anos 60, onde um Harlan ainda sem conhecer suas origens e missão, vive parte de sua existência junto aos Mods, sempre prontos para enfrentar seus rivais Rockers.
Entre lambretas, motocicletas, parcas, jaquetas de couro, música e anfetaminas, a história se desenvolve de forma linear, mas com um bom uso dos ritmos narrativos até o presente, onde se conclue com um encontro iniciado cinquenta anos antes com um dos não mortos de Lord Marsden.
Giusfredi faz uma história rápida, em que inseriu uma reflexão não contada e inteligente sobre mudar o significado de dificuldades e revolta juvenil do século XX até os dias atuais de Brexit.
Após a invocativa capa de Enea Riboldi, coube a Daniele Statella e Patrick Piazzalunga, criar as imagens da história. O resultado é flutuante: se de um lado a dupla consegue convencer nas atmosferas dos anos e das modas apresentadas na história, de outro lado em algumas páginas os personagens aparecem um pouco estáticos nos movimentos e nas poses, o que influencia o dinamismo de algumas sequências.



Crítica publicada originariamente no site: www.lospaziobianco.it
 

Nenhum comentário: