terça-feira, 11 de abril de 2017


CRÍTICA AO DAMPYR MAGAZINE Nº1

Título: Dampyr Magazine nº1
Episódios: 1 - O Rei da Montanha, 2 - Rave Party, 3 - A Lente de Diamante
Textos: Mauro Boselli (Episódios 1 e 3), Maurizio Colombo (Episódio 2)
Desenhos: Paolo Bacilieri (Episódio 1), Nicola Genzianella (Episódio 2) e Corrado Roi (Episódio 3)
Colorizado:  Gianmauro Cozzi (Episódio 2), Erika Bendazolli (Episódio 3)
Capa: Luca Rossi
Letragem: Omar Tuis
Páginas: 176
Editora: Sergio Bonelli, 12-2016

No fim de novembro passado, às coleções extras de Dampyr se juntou também o "Dampyr Magazine", um almanaque anual com cento e sessenta páginas com quadrinhos e artigos. Nesta edição os serviços mais interessantes tratam do filme Penny Dreadful, da série de vídeo jogos e filme Bloodrayne, e das ilustrações fantasiosas de John Bauer e Richard Dadd: perfeito introdução à longa história deste Magazine. O verdadeira atrativo para os apaixonados por vampiros é, o artigo especial sobre Christopher Lee, que também é uma homenagem aquele que há muito é considerado o maior intérprete cinematográfico do Conde Drácula.

O Rei da Montanha: Harlan está na Suécia com Gudrun, que lhe pediu ajuda para resolver o mistério de John Bauer, o "pintor dos trolls". Segundo a lenda, há um século atrás, Bauer foi atormentado por criaturas enfeitiçadas. Recentemente Gudrun sonhou com Bauer, com sua mulher Ester e seu filhinho Putte, e Egil Uma-Mão, o alter ego viking de Harlan. Graças a uma forte ligação psíquica com Harlan, Gudrun pôde com sua ajuda preencher as lacunas da história do pintor e dar a Egil Uma-Mão a chance de revanche contra o rei da montanha, o troll Jotnar, que lhe arrancou uma mão quando se encontraram. Harlan e Gudrun conseguem também resolver o mistério da família Bauer, revivendo o drama de Ester, artista que sacrificou uma vida de sucesso artístico certo em Estocolmo, para seguir o marido na floresta de Smaland.
Os desenhos rendem explendidamente uma atmosfera de conto de fadas, com traços arredondados e com sabor quase medieval. As protagonistas femininas, Gudrun e Ester, transbordam sensualidade, com traços que recordam Pichard. Pouco a pouco, Bacilieri nos conduz assim a uma terra de pesadelo, onde a floresta se infiltra e quase "engole" os protagonistas, numa crescente, cada vez mais irreal e envolvente. 


Rave Party: Tesla está numa rave party em Hamburgo. Mas não consegue se divertir, visto que um cara chamado Rollo procura xavecar com ela, e ela percebe a ação de um possível estuprador. Como se não bastasse, a vampira enfrenta o demônio Nefrath, o Enganador, cujo o irmão Tesla matou. Nefrath consegue entrar na mente de Tesla e a faz reviver alguns dolorosos episódios do passado, como sua transformação. Mas com a ajuda de Kastiza, a garota que ela salvou do estupro, Tesla consegue libertar-se e enfrentar o demônio.
Este delicioso episódio de trinta e duas páginas, primeira aventura solitária de Tesla, nos oferece uma pequena parte do passado da vampira.
A história tem parte a cores, coisa que rejuvenesce muito as atmosferas, escuras e sanguíneas, em parte particular no matadouro de Gorka.

A Lente de Diamante: Trata-se de uma história de Fitz-James O`Brien, esta belíssima e poética história à cores, é um relançamento já publicado em "L´Eternauta" (não está indicado na edição, mas se trata do nº 112 daquela coleção).
Graças ao uso do microscópio, Linley descobre um mundo maravilhoso em uma gota d´água, e sobretudo uma estupenda criatura feminina que se transforma na sua obsessão. 



Publicado originariamente no blog: ilcatafalco.blogspot.it

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