segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Entrevista de Fabrizio Russo ao blog: http://andreasangiovanni.blogspot.it, sobre a edição 155.
"Agradeço a Fabrizio, pela disponibilidade e não somente pelo papo, mas também pelos desenhos que cedeu. 

Antes de tudo, deixe-me apresentá-lo:
Nascido em 1970, em Milão, estudou no Liceu Artístico e se especializou em ilustrações na Escola Superior de Arte de Castelo Sforzesco. Estudou na Escola do Quadrinho com Enea Riboldi (autor das capas de Dampyr) e em 1994 começou a trabalhar para a Bonelli.
Olá Fabrizio. Me parece que você tem um estilo clássico, muito Bonelliano, onde se evidencia o grande trabalho com referências fotográficas. Teve muitas fotografias a sua disposição para esta história (Dampyr 155): usou apenas elas ou foi a Áquila ver pessoalmente os pontos que iria desenhar? 
Como notou, em Dampyr o realismo e a procura pelo detalhe é uma marca presente: normalmente em todas as histórias, se procura retratar as cenas e paisagens com a maior fidelidade e no nosso caso este objetivo é sempre a nossa meta. Infelizmente, nção me foi possível caminhar por Áquila, coisa que ao invés, fez Mauro Boselli, co-autor da série, que me forneceu uma vastíssima documentação através de fotos e vídeos, que me foram muito úteis. Tudo isso, mais o que procurei a respeito e o que Diego Cajelli encontrou no google.
Notei uma grande atenção em procurar reconstituir através de seus traços, a atmosfera que se respira em Áquila, e, ao mesmo tempo, um certo respeito pela cidade, que me pareceu expresso sobretudo em não mostrar mais do que o necessário as partes destruídas. Se tratou apenas de uma exigência do argumento, ou você escolheu dar esta imposição gráfica e narrativa? E que tipo de liberdade teve para escolher pontos e ambientações?
Na realidade tivemos a maior atenção possível na reconstrução das ambientações: cito um exemplo, inicialmente em muitas cenas (tipo o ataque de cães ao lobo azul sobrevivente), tinha desenhado muitíssimos entulhos pelo caminho, para dar dramaticidade a situação. Quando então Boselli, ao visitar a cidade me revelou que não existia mais entulhos, providenciei a correção de todos os quadrinhos necessários, para ser o mais verdadeiro possível.
Sobre liberdade, no geral se alguma coisa não está indicada no argumento, o desenhista tem a liberdade de fazer as escolhas que quiser, coisa que fiz também nessa história.
Volto sempre ao mesmo tempo: apesar do que disse antes, nas cenas ambientadas no centro, notei uma certa "rigidez" em relação as outras sequências, como se a necessidade de mostrar pontos reais, tivesse te intimado. Quando te foi proposta uma história com esse tipo de ambientações, quais foram as suas reações? E com quais foram seus sentimentos ao desenhar uma cidade cuja feridas ainda estão abertas? 
Quando me foi proposta esta história, que me senti honrado, principalmente porque Boselli me escolheu, o que é um atestado de estima da parte dele, visto as dificuldades que enfrentou; por outro lado, adoro trabalhar com Diego Cajelli, que admiro tanto como profissional, e, também é um querido amigo. E, por último, mas mais importante, compartilhei totalmente a idéia: os moradores de Áquila, como todos moradores de áreas atingidas, no momento do desastre, são sempre tranquilizados pelas instituições que não serão abandonados, COISA ALIÁS QUE DEVERIA ACONTECER PONTUALMENTE TODA VEZ!

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