DE NOVA YORK A PRAGA - POR SIENA - ENTREVISTA COM ALESSANDRO BOCCI
Primeiro convidado a responder a minha enxurrada de perguntas ao "Deixe espaço para os sonhadores", é o desenhista Alessandro Bocci, que vocês podem encontrar em um recente trabalho nas bancas: Dampyr 153 "Terra de Ninguém" (Sergio Bonelli Editore), com textos de Mauro Boselli.
Alessandro Bocci, vive e trabalha em Monteroni d´Arbia, lugarejo a 16 km de Siena, onde nasceu em 30/08/1965. Diplomado em Geometria em 1984, desempenhou a profissão de desenhista de interiores de lojas de departamentos. Em 1986 e em 1988 venceu a competição nacional de humor, realizada em Siena, com caricaturas de Palio.
Em 1994, entra para a Editora Star Comics como desenhista do personagem Lazarus Ledd.
Com histórias de Lazarus Ledd, todas com texto de Ade Capone, desenhou: nº 16 "A Honra e a Espada"; nº 22 "Face a Face"; nº 28 "Energia Alfa"; nº 38 "A Floresta dos Mistérios", nº 39 "Encontro Final", nº 50 "Missão Impossível". Colaborou na realização dos números 89 e 151 (este o último da série). Colaborou na realização de dois números de Lazarus Ledd extra (nºs 10 e 12), todos com textos de Ade Capone. A partir do nº 18, virou desenhista das capas também de Larazus Ledd, realizando o total de 90 capas entre as séries regular e especial.
Em 1997 a revista "Fumo di China" lhe concedeu o prêmio como "melhor jovem desenhista italiano". No mesmo ano, realizada para a Marvel Itália, um episódio da série: "Conan, o conquistador".
Pela Luberty de Ade Capone desenhou várias capas relativas as séries por ele publicada (Erini, o poder e a glória e Kore One).
Em junho de 2001, contactado por Mauro Boselli, entrou para o staff de Dampyr. Histórias que desenhou para Dampyr: nº 31 "O Mar da Morte", com textos de Mauro Boselli; nº 46 "O Castelo de Barba Azul", com textos de Mauro Boselli; nº 62 "Os Danados de Praga" com textos de Mauro Boselli; nº 75 "O Esposo da Vampira", com textos de Mauro Boselli; nº 97 "Noite e Névoa", com textos de Mauro Boselli; nº 98 "A Armada da Morte", com textos de Mauro Boselli; nº 102 "O Deserto do Taklamakan", com textos de Mauro Boselli; nº 115 "Desafio a Temsek", com textos de Diego Cajelli; nº 129 "O Templo Sobre o Himalaia", com textos de Luigi Mignacco.
Em 2001 venceu o prêmio INCA como melhor capista (com a capa de Lazarus Ledd Extra nº 14 "O Cavaleiro de São Jorge").
Em março de 2003 (com a primeira história de Dampyr) vem o Prêmio Cartoomix-if, como promessa do quadrinho italiano.
Em 2004 realizou por tiras uma história em quadrinhos de Palio de Siena, com o título "Sem Tempo".
Em 2004, realiza a capa do último CD musical de Max Pezalli.
Também em 204, realizou 2 capas da versão italiana do Magical Mistery Moore (editora Star Comics) de Alan Moore.
Em 2005, com a história de Dampyr "Os Danados de Praga", venceu o Prêmio Fumo di China como melhora história realística do ano.
Em 2007 (Lucca Comics) inspirado nos vampiros inimigos de Dampyr, lançou (produzido por ele mesmo), o portfólio "Os Mestres da Noite" (edição esgotada).
Em 2007, fechou com a editora francesa Soleil, para a qual realizou (Coleção Hante), uma história em "capa dura" com o título - Fonteinebleau - a casa de sangue, com textos de Christophe Bec.
Em 2008 (Lucca Comics) lançou o seu portfólio "Os Mestres da Noite II) (edição esgotada).
Em 2009 (Lucca Comics) lançou o seu portfólio "Os Mestres da Noite III).
Em 2010 realizou para a IF Edições, seis novas capas para Lazarus Ledd. Realizou pela editora francesa Soleil, Prométhé de Christophe Bec, os episódios 3 e 4. Depois foi contratado pela editora Glenat (também francesa), para realizar uma história em duas edições, dedicadas ao explorador amazônico Percy Fawcett.
Alessandro Bocci, vive e trabalha em Monteroni d´Arbia, lugarejo a 16 km de Siena, onde nasceu em 30/08/1965. Diplomado em Geometria em 1984, desempenhou a profissão de desenhista de interiores de lojas de departamentos. Em 1986 e em 1988 venceu a competição nacional de humor, realizada em Siena, com caricaturas de Palio.
Em 1994, entra para a Editora Star Comics como desenhista do personagem Lazarus Ledd.
Com histórias de Lazarus Ledd, todas com texto de Ade Capone, desenhou: nº 16 "A Honra e a Espada"; nº 22 "Face a Face"; nº 28 "Energia Alfa"; nº 38 "A Floresta dos Mistérios", nº 39 "Encontro Final", nº 50 "Missão Impossível". Colaborou na realização dos números 89 e 151 (este o último da série). Colaborou na realização de dois números de Lazarus Ledd extra (nºs 10 e 12), todos com textos de Ade Capone. A partir do nº 18, virou desenhista das capas também de Larazus Ledd, realizando o total de 90 capas entre as séries regular e especial.
Em 1997 a revista "Fumo di China" lhe concedeu o prêmio como "melhor jovem desenhista italiano". No mesmo ano, realizada para a Marvel Itália, um episódio da série: "Conan, o conquistador".
Pela Luberty de Ade Capone desenhou várias capas relativas as séries por ele publicada (Erini, o poder e a glória e Kore One).
Em junho de 2001, contactado por Mauro Boselli, entrou para o staff de Dampyr. Histórias que desenhou para Dampyr: nº 31 "O Mar da Morte", com textos de Mauro Boselli; nº 46 "O Castelo de Barba Azul", com textos de Mauro Boselli; nº 62 "Os Danados de Praga" com textos de Mauro Boselli; nº 75 "O Esposo da Vampira", com textos de Mauro Boselli; nº 97 "Noite e Névoa", com textos de Mauro Boselli; nº 98 "A Armada da Morte", com textos de Mauro Boselli; nº 102 "O Deserto do Taklamakan", com textos de Mauro Boselli; nº 115 "Desafio a Temsek", com textos de Diego Cajelli; nº 129 "O Templo Sobre o Himalaia", com textos de Luigi Mignacco.
Em 2001 venceu o prêmio INCA como melhor capista (com a capa de Lazarus Ledd Extra nº 14 "O Cavaleiro de São Jorge").
Em março de 2003 (com a primeira história de Dampyr) vem o Prêmio Cartoomix-if, como promessa do quadrinho italiano.
Em 2004 realizou por tiras uma história em quadrinhos de Palio de Siena, com o título "Sem Tempo".
Em 2004, realiza a capa do último CD musical de Max Pezalli.
Também em 204, realizou 2 capas da versão italiana do Magical Mistery Moore (editora Star Comics) de Alan Moore.
Em 2005, com a história de Dampyr "Os Danados de Praga", venceu o Prêmio Fumo di China como melhora história realística do ano.
Em 2007 (Lucca Comics) inspirado nos vampiros inimigos de Dampyr, lançou (produzido por ele mesmo), o portfólio "Os Mestres da Noite" (edição esgotada).
Em 2007, fechou com a editora francesa Soleil, para a qual realizou (Coleção Hante), uma história em "capa dura" com o título - Fonteinebleau - a casa de sangue, com textos de Christophe Bec.
Em 2008 (Lucca Comics) lançou o seu portfólio "Os Mestres da Noite II) (edição esgotada).
Em 2009 (Lucca Comics) lançou o seu portfólio "Os Mestres da Noite III).
Em 2010 realizou para a IF Edições, seis novas capas para Lazarus Ledd. Realizou pela editora francesa Soleil, Prométhé de Christophe Bec, os episódios 3 e 4. Depois foi contratado pela editora Glenat (também francesa), para realizar uma história em duas edições, dedicadas ao explorador amazônico Percy Fawcett.
Olá Alessandro e seja bem vindo ao "Deixe Espaço aos Sonhadores".
Recentemente foi para as bancas seu último trabalho, Dampyr 153 "Terra de Ninguém" pela Sergio Bonelli Editore, como textos de Mauro Boselli. Uma história que é unamidade entre os leitores. Uma edição muito aguardada e que gastou anos de trabalho. Pode nos contar como foi esse trabalho?
"Terra de Ninguém" gastou dois anos de trabalho na média... Na prática, o mesmo tempo dos outros trabalhos. Foi um trabalho "estranho" porque teve diversas interrupções. Boselli me orientou a fazer outro trabalho que já tinha me passado (Dampyr n° 129), e, depois tiveram as minhas interrupções devido a problemas pessoais. Contudo, durante estas interrupções fiz um outro Dampyr (como já disse) e duas edições francesas. O único arrependimento que tenho sobre este trabalho e seu atraso é que não foi lido (infelizmente) por Sergio Bonelli, ao qual era dedicado.A sua estréia no mundo dos quadrinhos veio na série da Star Comics "Lazarus Ledd". Revendo hoje sua primeira edição desenhada (o nº 16 da série - "A Honra e a Espada"), o que pensa do estilo que usou para a estréia?
HORRIVEL!... Brincadeiras a parte, se vê toda a inexperiência de um desenhista estreiante... Ainda hoje quando o vejo! E não me agrada nem mesmo os trabalhos que acabei recentemente!
Por este motivo, um agradecimento especial a Ade que, a parte dos desenhos, viu em mim um potencial desenhista.
Lazarus Ledd representou indubitavelmente um marco importe. Capone anunciou que está trabalhando no fim do personagem. Te faz falta Larry? E gostaria de colaborar no fim dele?
É certo que Larry me faz falta! Ele foi a chave que me abriu a porta do mundo dos quadrinhos como profissional... estarei sempre ligado a ele!
Por tais motivos teria prazer em participar de sua conclusão, mas não sei se terei tempo... e então, Ade sequer me pediu!
E então chegou a Dampyr com uma edição das mais apreciadas pelos apaixonados leitores do Caçador de Vampiros boneliano, graças as suas estupendas páginas, a edição 31 "O Mar da Morte". O que recorda deste trabalho?
Recordo as emoções pelo novo trabalho e pelo contexto que iria fazer, o empenho... porque queria estreiar em grande estilo na Bonelli, fadiga, porque aquele trabalho ainda hoje é a edição que dediquei mais tempo (nove meses!) Todas essas coisas juntas me trazem ótimas recordações.
Na edição supra-citada, além de sua estréia, houve também aquela de um vilão importante para série: erlik Khan. Quais recursos gráficos usou para a caracterização gráfica do personagem como o conhecemos?
Erlik é meu mestre da Noite preferido!
Graficamente, na forma humana, foi eu que criei. Boselli me forneceu a versão monstruosa (com um monte de línguas), que reproduzia fielmente uma másca folclórica daquela região onde se passa "O Mar da Morte".
Portanto a união das duas coisas "deu vida" ao mais fascinante dos Mestres da Noite.
Nem só de Bonelli você vive, já deu umas escapadas para o mercado francês e americano. Quais diferenças notou no método produtivo?
Antes de mais nada, diferenças existem!!!
Nem tanto no trabalho em si (no fundo são sempre páginas desenhadas!) mas sim por tudo aquilo que há por trás... a organização, a relação pessoal, o valor dado ao seu trabalho.
E hoje posso dizer que a Itália está sempre na frente... por pouco, mas a frente!
Como é um típico dia de trabalho de Alessandro Bocci? E quais meios usa para trabalhar?
Normal, como o de todos os desenhistas.
Começa cedo, levando minha filha a escola e então desenho até tarde da noite... como vê "normal".
Os meios são sempre os mesmos... lápis, pincéis, movimentos... nada de coisas estranhas ou atalhos, se trabalha como uma vez... e este é o lado belo da empreitada!
É um dos desenhistas mais importante do staff dampyriano. Mas, havendo a possibilidade, qual outro personagem (boneliano ou não) te daria prazer em desenhar, ao menos uma vez? (Há alguns anos desenhou umas páginas de teste para Nathan Never, por exemplo)
São tantos os personagens que me dariam prazer em desenhar, que ficaríamos aqui a noite toda para enumerá-los.
Contudo, gostaria de ter a possibilidade de confrontar-me com o maior número possível de personagens, e espero, no futuro, conseguir!
Nathan foi a minha grande paixão... quem sabe, poderá ser um daqueles que citei acima!
Da série, encontros impossíveis. Quais personagens gostaria de encontrar em uma história por você desenhada?
Harlan contra Zora, a vampira! Nãoooo impossível!
O fim do mundo se aproxima. Devemos evacuar a terra. Você pode levar um livro, um filme, um CD e um quadrinho. Quais?
A Saga de Hiperion de Dan Simmons, Blade Runner, um dos U2 e Batman, ano um.
Em que está trabalhando agora?
Um novo Dampyr...o título eu não sei, pois no momento ainda não recebi todo o argumento.
É um sonhador? Se sim, qual o sonho que gostaria de realizar? (um que ainda não tenha realizado)
Eu queria desenhar quadrinhos e aconteceu... profissionalmente!
Continuo a ter sonhos profissionais e pessoais (que espero que se tornem realidade)... os sonhos não podem faltar... pois nos fazem andar adiante e darmos o nosso melhor!
O importante, no entanto, é que eles estejam sempre acompanhados da vontade realizá-los.
Agradeço a Alessandro Bocci pela disponibilidade, desejando-lhe um ótimo Natal e votos de sucesso para o prosseguimento de sua carreira.
Até a próxima!
Entrevista publicada no blog: http://lasciatespazioaisognatori.blogspot.it/
É certo que Larry me faz falta! Ele foi a chave que me abriu a porta do mundo dos quadrinhos como profissional... estarei sempre ligado a ele!
Por tais motivos teria prazer em participar de sua conclusão, mas não sei se terei tempo... e então, Ade sequer me pediu!
E então chegou a Dampyr com uma edição das mais apreciadas pelos apaixonados leitores do Caçador de Vampiros boneliano, graças as suas estupendas páginas, a edição 31 "O Mar da Morte". O que recorda deste trabalho?
Recordo as emoções pelo novo trabalho e pelo contexto que iria fazer, o empenho... porque queria estreiar em grande estilo na Bonelli, fadiga, porque aquele trabalho ainda hoje é a edição que dediquei mais tempo (nove meses!) Todas essas coisas juntas me trazem ótimas recordações.
Na edição supra-citada, além de sua estréia, houve também aquela de um vilão importante para série: erlik Khan. Quais recursos gráficos usou para a caracterização gráfica do personagem como o conhecemos?
Erlik é meu mestre da Noite preferido!
Graficamente, na forma humana, foi eu que criei. Boselli me forneceu a versão monstruosa (com um monte de línguas), que reproduzia fielmente uma másca folclórica daquela região onde se passa "O Mar da Morte".
Portanto a união das duas coisas "deu vida" ao mais fascinante dos Mestres da Noite.
Nem só de Bonelli você vive, já deu umas escapadas para o mercado francês e americano. Quais diferenças notou no método produtivo?
Antes de mais nada, diferenças existem!!!
Nem tanto no trabalho em si (no fundo são sempre páginas desenhadas!) mas sim por tudo aquilo que há por trás... a organização, a relação pessoal, o valor dado ao seu trabalho.
E hoje posso dizer que a Itália está sempre na frente... por pouco, mas a frente!
Como é um típico dia de trabalho de Alessandro Bocci? E quais meios usa para trabalhar?
Normal, como o de todos os desenhistas.
Começa cedo, levando minha filha a escola e então desenho até tarde da noite... como vê "normal".
Os meios são sempre os mesmos... lápis, pincéis, movimentos... nada de coisas estranhas ou atalhos, se trabalha como uma vez... e este é o lado belo da empreitada!
É um dos desenhistas mais importante do staff dampyriano. Mas, havendo a possibilidade, qual outro personagem (boneliano ou não) te daria prazer em desenhar, ao menos uma vez? (Há alguns anos desenhou umas páginas de teste para Nathan Never, por exemplo)
São tantos os personagens que me dariam prazer em desenhar, que ficaríamos aqui a noite toda para enumerá-los.
Contudo, gostaria de ter a possibilidade de confrontar-me com o maior número possível de personagens, e espero, no futuro, conseguir!
Nathan foi a minha grande paixão... quem sabe, poderá ser um daqueles que citei acima!
Da série, encontros impossíveis. Quais personagens gostaria de encontrar em uma história por você desenhada?
Harlan contra Zora, a vampira! Nãoooo impossível!
O fim do mundo se aproxima. Devemos evacuar a terra. Você pode levar um livro, um filme, um CD e um quadrinho. Quais?
A Saga de Hiperion de Dan Simmons, Blade Runner, um dos U2 e Batman, ano um.
Em que está trabalhando agora?
Um novo Dampyr...o título eu não sei, pois no momento ainda não recebi todo o argumento.
É um sonhador? Se sim, qual o sonho que gostaria de realizar? (um que ainda não tenha realizado)
Eu queria desenhar quadrinhos e aconteceu... profissionalmente!
Continuo a ter sonhos profissionais e pessoais (que espero que se tornem realidade)... os sonhos não podem faltar... pois nos fazem andar adiante e darmos o nosso melhor!
O importante, no entanto, é que eles estejam sempre acompanhados da vontade realizá-los.
Agradeço a Alessandro Bocci pela disponibilidade, desejando-lhe um ótimo Natal e votos de sucesso para o prosseguimento de sua carreira.
Até a próxima!
Entrevista publicada no blog: http://lasciatespazioaisognatori.blogspot.it/
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