segunda-feira, 16 de janeiro de 2012


POST DO BLOG DE MICHELE BENEVENTO!

Em seu Blog Michele Benevento, teceu comentários sobre seu Dampyr 142, recentemente lançado na Itália:

DAMPYR 142:
Conteúdos especiais, ou seja, toda promessa é dívida

Algumas notas sobre a edição em questão

BIBLIOGRAFIA


O bairro é preenchido com um fogo
que irradia amor e luxúria, tem seus cafetões, prostitutas e
também ostenta orgulhosamente um padre ou dois

o povo do distrito

só é manchete
quando há estupros e roubos
todo mundo respeita os mortos
mesmo aqueles que a causaram
bares funcionam 24 horas e
não fecham nos dias de feriados
mesquitas e igrejam servem às necessidades espirituais
do povo do distrito
o distrito é preenchido com um fogo

mas agora os moradores estão morrendo lentamente

Poema de James Matthews

Começa assim o livro fotográfico "Distrito Seis Revisitado" (Johannesburg - wits Universerty Press, 2007) que traça, através de uma excursão de sugestivas imagens de época, as ruas do Sexto Distrito Municipal da Cidade do Cabo.

Para este Dampyr, fiz um procura a fim de reconstituir de maneira mais verdadeira e detalhada possível, o "pano de fundo" da história contada em Dampyr 142, "Os Fantasmas dos Distrito Seis" que, neste ponto já devem terem intuído, foi desenhado por mim. Um pequeno detalhe: na sequência inicial, fiz de modo que o grupo de pessoas que transitam pelo Bairro, fosse realmente como as pessoas que viveram nos anos 70. Os rostos que veem, são os verdadeiros habitantes do Distrito Seis.
Se tiverem vontade de se aprofundarem nas idéias contidas na belíssima história de Cláudio Falco, aconselho outro dois títulos que, no curso do trabalho se revelaram para mim, fundamentais: "The Spirit of District Six" di Cloet Breytenbach (Cape Town Johannesburg Pretoria - Human&Rousseau, 2003);


e "Through My Lens" de Alf Kumalo (Cape Town - Tafelberg, 2009).
FILMOGRAFIA


















Além dos filmes, digamos assim, do gênero vampiresco e daqueles que, confesso, não recordo absolutamente como e porque acabaram na lista, dois filmes foram fundamentais para se idéias relativas ao lugar e ao tempo descrito por Falco:

U-Carmen e-Khayelitsha (2005) di Mark Dornford-May
A Cor da Liberdade (2006) de Billie August

TRILHA SONORA
Para animar as horas em que passei a desenhar, ouvi:

Mama Africa - Miriam Makeba (Springbok Records, 1991)

African Spirit - Soweto Gospel Choir (Shanachie Entertainement, 2006)

TURISTA POR ACASO (E POR AMOR)
Eu tive sorte que, alguns meses antes que chegasse até a mim, o roteiro de Mauro Boselli, eu visitei parte da África do Sul, partindo da própria Cidade do Cabo. Depois de ter atravessado o País, a bordo de um carro com câmbio automático, ter comido crocodilo e kudu, ter escapado de um ataque de um rinoceronte branco, ter visto uma leoa devorar parte de um antílope a um metro e meio de distância, atravessado pontes suspensas, ter voado num avião minúsculo, beijado uma macaca e dormido com pinguins numa praia - apenas uma pequena parte desta lista é inventada - de fato retornei para casa. Em algumas sequências da história inseri elementos, objetos e pessoas que proveem diretamente da minha experiência sul-africana. Descobri um artista que tem feito muito sucesso na África do Sul (pelo menos entre a parte rica), com suas obras: Dylan Lewis, cujas esculturas encontrei várias vezes e as fotografei. Não vou citar aqui valores, mas é incrível a potência que seus animais de bronze exprimem, fiquei impressionado. Tanto que, prestei homenagem a sua obra, inserindo em alguns quadrinhos, suas "criaturas".
Concluo com duas notas ao violino, que tocarei como um agradecimento a Mauro Marcheselli, Claudio Falco e Mauro Boselli. Esta foi uma "viagem" divertida e cansativa. Dedico toda página a minha mulher.

Tradução de Joe Fábio M. de Oliveira e Caio Augusto Grigoleto de Oliveira.

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