ENTREVISTA DE DIEGO CAJELLI!
Cajelli concedeu entrevista ao responsável pelo Blog de Horror "La Stanza 237", Jason Krueger:
JK - Que tal se apresentar aos leitores do Blog?
JK - Que tal se apresentar aos leitores do Blog?
Sou Diego Cajelli, por definição: Escritor Atômico. Nasci em Milão, no escaldante julho de 1971.
Desde então, fiz um monte de coisas, entre as quais, escrevi muito. De Napoleone a Zagor, passando por Nick Raider e um monte de Dampyr. Dividindo-me com Diabolik e projetos meus como Milano Criminale e Pulp Stories.
Nos últimos meses iniciei uma nova aventura: estou escrevendo, cuidando, "apresentando" um programa de televisão. O título é "Ultra", vai na onda Joi e falo do modo como funcionam, narrações ligadas às séries televisivas.
JK - Como foi parar Diego Cajelli a escrever histórias em quadrinhos como Dampyr?
Boselli perguntou-me! Naquele tempo estava escrevendo para a série bonelliana "Napoleone" e durante uma feira de quadrinhos, eu e o "Chefe" nos encontramos. Me perguntou se eu escreveria algum roteiro para Dampyr, e uma coisa leva a outra...
JK - Tem alguma ligação com as histórias de horror?
Muitas. Digamos que eu me aproximei da escrita, porque tinha grande vontade de fazer como como Stephen King.
JK - É um apaixonado pelo gênero?
Absolutamente. Está entre os meus gêneros literários preferidos. Tenho uma paixão pelo horror cinematográfico dos anos 70, aquele marcadamente psicológico, onde eu via pouco, pouquíssimo, mas aquele pouco que eu via, me deixava pregado na poltrona.
Depois, dado que nos anos 90, eu tinha a idade justa, vivi plenamente todo o período splatter, splatterpunk e a mais celebrada corrente do horror extremo alemão. Jorg Buttergereit e Andreas Shnaas foram os meus melhores "amigos", quando eu tinha vinte anos.
JK - Durante a criação de Dampyr, suas idéias antes de tornarem argumento definitivo, ficam intactas ou a última palavra sempre é de Boselli?
Boselli controla tudo, com atenção e precisão, da fase inicial criativa, até a última leitura antes de ir para a gráfica. Incluindo as vírgulas.
É um supervisor excepcional, preparadíssimo e de idéias muito claras.
Atenão, mas, não intervem sobre "que coisa" quero contar, quando muito o seu trabalho é baseado em aperfeiçar "o como" conto aquela tal coisa...
JK - Me pergunto se, por exemplo na edição 120, você queria cegar alguém com uma moto-serra, como se destaca na capa, mas depois, modificou rapidamente... Existe uma espécie de censura sobre às edições, para renderem mais comercialmente?
Não, não. Se tivesse vonta de usar a moto-serra, na linguagem correta e às escolhas do roteiro justo, teria podido.
À parte, aqueles detalhes de bom senso, que mora dentro de todos nós, não somos censurados sobre os temas.
Existem alguns "ajustes" para a linguagem específica dos quadrinhos. Aqui tem um discurso de longa data... Vejamos se consigo fazer sem chatear ninguém!
Então os quadrinhos são compostos de imagens paradas. Ok?
Precisa cadenciar e examinar os momentos narrativos em função daquele tipo de estrutura. Algumas coisas, ao invés, vêm à mente em movimento. Como se fosse um filme.
Então, a necessidade de "contar" de certo modo. Outras coisas "paradas" não funcionam, ou vão mal...
Você que de horror entende, te dou um exemplo: horror coreano, o asiático em geral e derivados. Todas as moças são pálidas, fantasmagóricas, magras e horríveis. O elemento mais preocupante e seguramente observado pelos fãs, é que os movimentos deles são ao contrário, acompanhados da rapidez do filme e dos efeitos luminosos.
Isso nos quadrinhos não se pode fazer.
E se fosse adotadas medidas nesse estilo no argumento, não seria aprovado.
JK - Um coisa que muitos têm afirmado é que agora que a sua presença em Dampyr será maciça, nós podemos esperar que as suas histórias tenham uma trama própria e não sejam - como acontece muitas vezes - episódios únicos. Veremos qualquer coisa do gênero, agora ou depois?
Oh, sim.
Oh, sim, sim.
Em uma das próximas edições chega uma certa fulana que, em seguida, poderá retornar. Uma nova inimiga permanente, que tem mais de uma razão para estar ressentida com Harlan e pards.
JK - No seu Blog, apareceu uma mensagem pouco depois do lançamento da edição 120, escrita por você e não muito apreciada pelos leitores (eu achei muito boa), no qual você "pegou pesado" com os que te criticaram e não apreciavam o fato, que atrás de toda história, existe um grande trabalho. Vai aqui esclarecer essa história? Talvez tenha entendido mal...
Sou um ser humano, Ok?
Não posso ser sempre, um frio perfeccionista e permanecer separado do meu trabalho. Então, às vezes, alguns comentários me fazem "girar as bolas".
As críticas, ao contrário, também aquelas duras, acho-as sempre muito preciosas. Então que coisa me irrita?
A superficialidade dos que me julgam...
E depois, eu não entendo uma coisa. Na internet temos todos os mesmos direitos. Qualquer um, pode dizer estrategicamente aquilo que quiser, na liberdade absoluta da comunicação.
Na internet, no entanto, estou eu também.
Porque não posso dizer que não estou de acordo com o que disse "fulano", ou que acho superficial aquilo que disse "beltrano"?
O quê? A internet não vale para os autores?
JK - Como todo roteirista/argumentista, acredito que você tenha na gaveta um projeto todo seu, me pergunto se agora, que as mini-séries invadiram as bancas italianas, alguma coisa com a marca Cajelli poderá ver a luz. No caso de resposta afirmativa, será então um outro quadrinho de horror?
Por hora não. Inútil dizer que daria prazer, certo! Mas por hora os tempos, para mim, ainda não estão maduros.
JK - O que devemos esperar das tuas próximas histórias de Dampyr? Será de algum modo ligado à complicadíssima trama principal, que ultimamente parece estar parada ou aquela de autoria exclusiva Boselli?
Inseri alguns pontos Cajellianos na continuidade dampyriana. Juntando algiuns elementos, sobretudo para o lado vampírico da trama principal. Existe em preparação uma história desenhada por Baggi, que abrirá um janela sobre um período obscuríssimo, mas ao mesmo tempo, muito claro, aos leitores de Dampyr. Com um certo personagem, que se verá sobre uma luz diversa...
JK - Uma outra pergunta ligada ao seu trabalho e se - sempre como mais ou menos todos os seus colegas - madura em você, a vontade escrever alguma coisa mais longa... como um romance.
Romance em tese como romance em prosa, certo? Não um romance em quadrinhos?
Participei de uma antologia: BUGS, editada pela Edizioni BD, uma longa história, muito, muito, muito de horror que penso, te seja prazeirosa.
O romance o estou escrevendo, certamente.
Para a crônica, é o "segundo". No senso que o primeiro é de se considerar, como uma prova geral, que não verá mais a luz.
Preciso de tempo, mas, ultimamente, o tempo é uma coisa que me falta demais.
JK - O que aconselha fazer, a quem se decidisse de querer a trabalhar nos quadrinhos?
Lembrar que não é uma brincadeira. Deve ter músculos. Deve ser curioso. E recordar sempre, sempre, que como dizia os AC/DC: "It´s a Long Way to The Top if You Wanna "N" Roll... E atenção... esta merda de "top" não se para, está sempre se movimentando.
JK - Saudações!
Obrigado, fique bem e boa sorte!
Desde então, fiz um monte de coisas, entre as quais, escrevi muito. De Napoleone a Zagor, passando por Nick Raider e um monte de Dampyr. Dividindo-me com Diabolik e projetos meus como Milano Criminale e Pulp Stories.
Nos últimos meses iniciei uma nova aventura: estou escrevendo, cuidando, "apresentando" um programa de televisão. O título é "Ultra", vai na onda Joi e falo do modo como funcionam, narrações ligadas às séries televisivas.
JK - Como foi parar Diego Cajelli a escrever histórias em quadrinhos como Dampyr?
Boselli perguntou-me! Naquele tempo estava escrevendo para a série bonelliana "Napoleone" e durante uma feira de quadrinhos, eu e o "Chefe" nos encontramos. Me perguntou se eu escreveria algum roteiro para Dampyr, e uma coisa leva a outra...
JK - Tem alguma ligação com as histórias de horror?
Muitas. Digamos que eu me aproximei da escrita, porque tinha grande vontade de fazer como como Stephen King.
JK - É um apaixonado pelo gênero?
Absolutamente. Está entre os meus gêneros literários preferidos. Tenho uma paixão pelo horror cinematográfico dos anos 70, aquele marcadamente psicológico, onde eu via pouco, pouquíssimo, mas aquele pouco que eu via, me deixava pregado na poltrona.
Depois, dado que nos anos 90, eu tinha a idade justa, vivi plenamente todo o período splatter, splatterpunk e a mais celebrada corrente do horror extremo alemão. Jorg Buttergereit e Andreas Shnaas foram os meus melhores "amigos", quando eu tinha vinte anos.
JK - Durante a criação de Dampyr, suas idéias antes de tornarem argumento definitivo, ficam intactas ou a última palavra sempre é de Boselli?
Boselli controla tudo, com atenção e precisão, da fase inicial criativa, até a última leitura antes de ir para a gráfica. Incluindo as vírgulas.
É um supervisor excepcional, preparadíssimo e de idéias muito claras.
Atenão, mas, não intervem sobre "que coisa" quero contar, quando muito o seu trabalho é baseado em aperfeiçar "o como" conto aquela tal coisa...
JK - Me pergunto se, por exemplo na edição 120, você queria cegar alguém com uma moto-serra, como se destaca na capa, mas depois, modificou rapidamente... Existe uma espécie de censura sobre às edições, para renderem mais comercialmente?
Não, não. Se tivesse vonta de usar a moto-serra, na linguagem correta e às escolhas do roteiro justo, teria podido.
À parte, aqueles detalhes de bom senso, que mora dentro de todos nós, não somos censurados sobre os temas.
Existem alguns "ajustes" para a linguagem específica dos quadrinhos. Aqui tem um discurso de longa data... Vejamos se consigo fazer sem chatear ninguém!
Então os quadrinhos são compostos de imagens paradas. Ok?
Precisa cadenciar e examinar os momentos narrativos em função daquele tipo de estrutura. Algumas coisas, ao invés, vêm à mente em movimento. Como se fosse um filme.
Então, a necessidade de "contar" de certo modo. Outras coisas "paradas" não funcionam, ou vão mal...
Você que de horror entende, te dou um exemplo: horror coreano, o asiático em geral e derivados. Todas as moças são pálidas, fantasmagóricas, magras e horríveis. O elemento mais preocupante e seguramente observado pelos fãs, é que os movimentos deles são ao contrário, acompanhados da rapidez do filme e dos efeitos luminosos.
Isso nos quadrinhos não se pode fazer.
E se fosse adotadas medidas nesse estilo no argumento, não seria aprovado.
JK - Um coisa que muitos têm afirmado é que agora que a sua presença em Dampyr será maciça, nós podemos esperar que as suas histórias tenham uma trama própria e não sejam - como acontece muitas vezes - episódios únicos. Veremos qualquer coisa do gênero, agora ou depois?
Oh, sim.
Oh, sim, sim.
Em uma das próximas edições chega uma certa fulana que, em seguida, poderá retornar. Uma nova inimiga permanente, que tem mais de uma razão para estar ressentida com Harlan e pards.
JK - No seu Blog, apareceu uma mensagem pouco depois do lançamento da edição 120, escrita por você e não muito apreciada pelos leitores (eu achei muito boa), no qual você "pegou pesado" com os que te criticaram e não apreciavam o fato, que atrás de toda história, existe um grande trabalho. Vai aqui esclarecer essa história? Talvez tenha entendido mal...
Sou um ser humano, Ok?
Não posso ser sempre, um frio perfeccionista e permanecer separado do meu trabalho. Então, às vezes, alguns comentários me fazem "girar as bolas".
As críticas, ao contrário, também aquelas duras, acho-as sempre muito preciosas. Então que coisa me irrita?
A superficialidade dos que me julgam...
E depois, eu não entendo uma coisa. Na internet temos todos os mesmos direitos. Qualquer um, pode dizer estrategicamente aquilo que quiser, na liberdade absoluta da comunicação.
Na internet, no entanto, estou eu também.
Porque não posso dizer que não estou de acordo com o que disse "fulano", ou que acho superficial aquilo que disse "beltrano"?
O quê? A internet não vale para os autores?
JK - Como todo roteirista/argumentista, acredito que você tenha na gaveta um projeto todo seu, me pergunto se agora, que as mini-séries invadiram as bancas italianas, alguma coisa com a marca Cajelli poderá ver a luz. No caso de resposta afirmativa, será então um outro quadrinho de horror?
Por hora não. Inútil dizer que daria prazer, certo! Mas por hora os tempos, para mim, ainda não estão maduros.
JK - O que devemos esperar das tuas próximas histórias de Dampyr? Será de algum modo ligado à complicadíssima trama principal, que ultimamente parece estar parada ou aquela de autoria exclusiva Boselli?
Inseri alguns pontos Cajellianos na continuidade dampyriana. Juntando algiuns elementos, sobretudo para o lado vampírico da trama principal. Existe em preparação uma história desenhada por Baggi, que abrirá um janela sobre um período obscuríssimo, mas ao mesmo tempo, muito claro, aos leitores de Dampyr. Com um certo personagem, que se verá sobre uma luz diversa...
JK - Uma outra pergunta ligada ao seu trabalho e se - sempre como mais ou menos todos os seus colegas - madura em você, a vontade escrever alguma coisa mais longa... como um romance.
Romance em tese como romance em prosa, certo? Não um romance em quadrinhos?
Participei de uma antologia: BUGS, editada pela Edizioni BD, uma longa história, muito, muito, muito de horror que penso, te seja prazeirosa.
O romance o estou escrevendo, certamente.
Para a crônica, é o "segundo". No senso que o primeiro é de se considerar, como uma prova geral, que não verá mais a luz.
Preciso de tempo, mas, ultimamente, o tempo é uma coisa que me falta demais.
JK - O que aconselha fazer, a quem se decidisse de querer a trabalhar nos quadrinhos?
Lembrar que não é uma brincadeira. Deve ter músculos. Deve ser curioso. E recordar sempre, sempre, que como dizia os AC/DC: "It´s a Long Way to The Top if You Wanna "N" Roll... E atenção... esta merda de "top" não se para, está sempre se movimentando.
JK - Saudações!
Obrigado, fique bem e boa sorte!
Nenhum comentário:
Postar um comentário