sábado, 8 de outubro de 2022

 
O Filme de Dampyr
ENTREVISTA COM MAURO BOSELLI
 
Primeiro filme produzido pela Bonelli Entertainment com a Eagle Pictures e Brandon e Box, Dampyr estreiará dia 28 de outubro, Mauro Boselli abre nossa série de entrevistas exclusivas com a equipe e produtores contando o quanto ele se envolveu.
 

Na sexta-feira, 28 de outubro, finalmente chega aos cinemas italianos Dampyr, o filme que adapta para a grande tela, as aventuras do personagem criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo e é publicado pela Sergio Bonelli Editore desde a primavera de 2022.
 
Primeiro filme feito diretamente pela Bonelli Entertainment, o braço multimídia da Sergio Bonelli Editore, junto copm Eagle Pictures e Brando Box, Dampyr também viu o próprio Boselli pessoalmente envolvido. Deixamos que ele nos contasse como se deu a adaptação e o trabalho de roteiro dentro das paredes da redação da via Buonarroti.
 
Esta a primeira de uma longa série de entrevistas que nos acompanharão nestas páginas até o lançamento do filme, para dar uma visão mais completa possível do grande trabalho por trás de uma produção cinematográfica tão importante. As fotos que acompanham o artigo são de Gianfilipo De Rossi.
 
- Dampyr é o primeiro filme feito pelo Bonelli Entertainment. Inicialmente, os leitores do quadrinho ficaram um pouco receosos, pensando nas versões cinematográficas feitas por outros a partir de nossos personagens. Você, por outro lado? 
Para ser sincero, sempre achei a história de "O filho do diabo", publicada nos dois primeiros álbuns e escrita por mim e Maurizio Colombo, era muito adequada para o cinema; nas mãos de um bom roteirista e um diretor capaz sairia um bom filme. E de fato, os resultados provaram que eu estava certo, indo além das minhas expectativas. 
 
Claramente, nos últimos anos também tive dúvidas, porque fazer um filme não é como fazer uma história em quadrinhos. Você escreve um quadrinho em seu quarto, você passa para o desenhista que também o desenha no recinto de seu quarto; as páginas são vistas juntas, são passadas para o letrista, os erros são corrigidos e em poucos meses o trabalho está finalizado. Para um filme, por outro lado, há várias incógnitas, porque não há apenas a idéia: entre dizer e fazer há um meio termo na escolha de atores, cineastas, orçamento, locações... Os realizadores  serão fiéis a história que eu e Maurizio criamos? 
 
Essas foram as dúvidas que martelavam na minha mente, porém, como disse, pensei que, colaborando com pessoas inteligentes e de confiança, se poderia obter um bom resultado. E milagrosamente - porque você nem sempre tem a sorte de conhecer as pessoas certas - isso, na minha opinião, se tornou realidade. Então veremos o que os expectadores vão dizer a partir de 28 de outubro, principalmente aqueles que já conhecem a história em quadrinhos Dampyr e podem, espero, dizer que a Bonelli trouxe um de seus quadrinhos para o cinema sem trair o personagem!

 
- Além de seu o autor do tema do filme, você também escreveu o roteiro junto com Giovanni Masi, Mauro Uzzeo e Alberto Ostini. Como seu deu a sua colaboração? 
Como disse, a história minha e de Colombo já estava pronta, sujeita às normais adaptações ao meio cinematográfico. Eu escrevi um "roteiro", que foi principalmente seguido pelos escritores e parcialmente não. Então peguei o roteiro escrito pelos outros três autores e, com a colaboração de outras pessoas da editora, incluindo Michele Masiero e Vincenzo Sarno, fizemos cortes, acréscimos, alterações, o que levou a um resultado final ainda mais próximo do original, do que era no início. Durante as filmagens, algo permaneceu, algo mudou, mas isso é normal. 
 
 
- Então o resultado final te convenceu? 
Sim. É claro que que não sou diretor, mas já vi muitos filmes. Talvez haja a cena em que todos nós cinéfilos pensamos "Ah, eu teria feito diferente", mas quando assisto a um filme, leio um livro ou leio um quadrinho não me envolvo nesses detalhes, vou na onda da narração sem levantar dúvidas. Se o produto é bom, seja claro. Caso contrário, vejo as falhas e elas me perturbam.

Neste caso, após os primeiros minutos, mergulhei na história e nem percebi que estava assistindo a um filme baseado em algo que havia escrito. Parece-me um resultado positivo. Eu nunca pensei "Oh, meu Deus, não!"... Isso nunca aconteceu, na verdade eu gostei e em alguns casos até me emocionei. Espero que o mesmo aconteça a partir de 28 de outubro aos espectadores do filme Dampyr.

Entrevista concedida a Alberto Cassani
 
 


 

Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

Nenhum comentário: