segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 
Operação Messias - Dampyr 256     (julho 2021) / Crítica
Por Paolo M.G. Maino
 
 
Mauro Boselli retoma o comando de Dampyr (que cederá a giusfredi por dois meses, agosto e setembro) na companhia de Maurizio Rosenzweig e nos presenteia com uma história plena de cabala e lutas entre o bem e o mal (assim como é concebido e narrado os mundos do multiverso dampyriano).

A história que sai tem seu próprio grau de complexidade e esquisitices pra nós que não conhecemos o Talmud e o messianismo esotérico judaico, mas Boselli, graças a seu domínio do assunto e da narrativa dampyriana, nos guia com segurança até a conclusão (que conclusão final não é tão rica em continuidade para série do Caçador de vampiros).

Operação Messias - Dampyr 256

Argumento e roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Maurizio Rosenzweig
Capa: Enea Riboldi

As lutas dos círculos infernais estão recuperando vigor e após a derrota e o afastamento de Abigor, as coisas na polícia infernal passaram para as mãos astutas de Lady Nahema. Terreno de confronto entre as forças do bem e do mal é obviamente a nossa querida Terra e desta vez o projeto é nada menos que trazer um novo Messias, que no entanto, é controlado por Lady Nahema.

A história é um turbilhão da cabala teórica e prática e é uma sequência direta dos acontecimentos narrados em Dampyr 252 - A Rainha da Babilônia. O novo Baal Shem (professor expert em cabala prática frequentemente usada por clientes por motivos basicamente amorosos) do Brooklyn é o protagonista/vítima desse intrincado caso, herdeiro de uma série de Baal Shem que desde a antiguidade passando pela Alemanha nazista, guardaram segredos para apressar a vinda do Messias.


E se estamos em Nova York teremos o belo Anyel na jogada, contato de Caleb Lost na Grande Maça. Mas talvez o elemento narrativo mais original e bem-sucedido seja aquela bela figura luciferiana que também se destaca na capa "Top Secret": é um novo "bom demônio", Pruflas. Como Nikolaus (e Caleb) se apegou à vida na Terra e passa as férias por aqui quando pode (Ah, sim, também os demônios têm direito a férias, mas não perguntem quanto dias por ano!). Se trata de um personagem que promete nos divertir ainda em futuros lançamentos com a sua carga de sarcasmo e desprezo às ordens. Um acréscimo ao elenco de Dampyr que me agrada e que renova positivamente o já rico elenco de atos coadjuvantes da série.


Os desenhos de Rosenzweig são a contrapartida ideal para esta história: os personagens demoníacos, mutantes e são verdadeiramente o espaço onde a inspiração do desenhista pode encontrar sua expressão plena. Em particular, devem ser admiradas as figuras femininas fascinantes e sensuais, que muitas vezes se transformam em demônios infernais (a explêndida Lilith), bem como, os confrontos entre demônios e anjos ou o aparecimento de Pruflas, como um demônio contra os nazistas no gueto de Amsterdã no prólogo ou as aparições mágicas. 

Em suma, uma história que segue uma linha narrativa importante para Dampyr (lutando contra o bem e o mal), apresentando dois personagens (Pruflas e Lilith) que retornarão para mais um encontro com Nyarlathotep.



Crítica publicada originariamente no site: www.fumettiavventura.it

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