quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


Série: Dampyr, 212
Episódio: O Dia dos Mortos
Textos: Claudio Falco
Desenhos: Fabiano Ambu
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Riccardo Riboldi
Páginas: 96 
Editora: Bonelli, 11-2017 



O Dampyr que está nas bancas este mês, nos leva ao México, em pleno festejo do Dia dos Mortos. Segundo a cultura asteca, neste período os mortos atravessam a fronteira que separa o reino deles, o Mictlan, daquele dos vivos. Hoje, a população festeja nas ruas, usando coloridas máscaras fúnebres e degustando especialidades, como o pão dos mortos, preparado para a ocasião, dos sanguinários rituais pré-colombianos resta somente a macabra recordação que se insinua na atmosfera carnavalesca.

O time de Harlan Draka chega ao México depois que o agente Quintana, falou da existência de um novo grupo de narco traficantes, que se faz chamar de "Os Filhos de Ixtlàn", e parecem ligados a um Mestre da Noite que levou a pior, depois de ter se encontrado com Dampyr.
Estes vampiros são aliados de Abigor, um medalhão da espionagem infernal.
Enquanto Harlan e seus pards se encontram em Tepito, em plena celebração da festa dos mortos, encontram Jimena que esclarece a eles, a origem asteca da festa. Uma emboscada preparada pelos vampiros, leva nossos heróis a um antigo templo, Dampyr passa a porta de entrada e vai parar no Mictlan.
Harlan conseguirá sobreviver às armadilhas daquele mundo assustador e, no qual, deverá lutar com Abigor, graças a sua natureza vampírica, que assumirá o controle e, a providencial chegada de Tesla.

Este Dampyr se revela uma leitura interessante para o período de Halloween, graças à habilidade de Claudio Falco de fazer malabarismo entre o quotidiano, o folclore e o horror.
A praga da droga através dos cartéis, encaixa-se como uma luva no clímax da festa dos mortos e uma viagem para o outro lado é apenas a cereja do bolo.

Fabiano Ambu é indubitavelmente um dos melhores desenhistas italianos e também este Dampyr não nos decepciona, sobretudo para o que ele cria com relação às sombras, que diminuíram e se concentram nos detalhes do trato. O melhor, porém, vemos nas páginas dedicadas às tumbas astecas, aonde ganham vida criaturas assustadoras em paisagens de pesadelo.



Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.com

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