domingo, 25 de maio de 2014


NICOLA GENZIANELLA NO DIME WEB

Dime Web - Então: partimos do início. Nos conte alguma coisa da estréia na Bonelli?
Nicola Genzianella - Apenas saído da Escola de Quadrinhos de Milão (em 1989), tive a possibilidade de estreiar em um título da Bonelli, com um episódio de Zona X. Uma experiência importante, mas muito difícil, dada a minha pouco experiência e maturação; de fato não fui aprovado para uma continuação por Castelli e tive que esperar mais oito anos antes de me reaproximar da Bonelli... porém, com três anos de experiência nas costas, em "O Intrépido" e uma colaboração em Xenia, numerosos trabalhos no campo publicitário e outros. Em 1998, comecei a trabalhar também no "Jornalzinho" (colaboração que durou cerca de cinco anos) e nesse meio tempo, surgiu a ocasião de fazer umas páginas de teste para Zagor. No outono desse mesmo ano, finalmente, graças a realização da série Dampyr, passei a fazer parte do time de desenhistas (junto aos "históricos" Majo, Dotti, Rossi... só para citar alguns).

DW - Dificuldades e pontos positivos de realizar uma história para a editora da Rua Buonarroti?
NG - Falo baseado na minha experiência com Dampyr... Partindo dos pontos positivos: se cresce muitíssimo profissionalmente, estilisticamente, sobretudo tendo contato com os melhores autores Bonelli (Boselli e Colombo); devo dizer que não se entedia, há liberdade de interpretação, todos episódios te leva a cenários diferentes (históricos, fantasia, horror), experiências estilísticas novas... E isso te ajuda seguramente a melhorar sempre... Em suma, também depois de 15 anos, eu não mudaria! Trabalhar em Dampyr requer uma atenção meticulosa das ambientações, das documentações, dos particulares. Digamos que talvez o formato bonelliano - quadrinhos na horizontal - em certos casos limite a liberdade de ação.. As vezes preferiria o uso de quadrinhos na vertical, mas é uma coisa que se preparando, se adequa.






DW - Quais são as suas referências para ilustrações e quem aprecia de modo particular?
NG - Vamos começar do início: os modelos são sem dúvidas Breccia e Battaglia. Na sequência, cito todos os autores que lia na metade dos anos 80... de Moebius, a De La Fuente, Jimenez... apenas para citar alguns. Em seguida, os grandíssimos mestres da escola italiana: Toppi, Tacconi Capitaneo, Gattia, Uggeri, Di Gennaro (que foi meu professor), Freghieri. Também guardo com admiração muitos dos meus colegas... Cito Carnevale, Federici, Andreucci, os irmãos Cestaro. Junto também a esses, o grande Alex Ross!


DW - Atualmente em que está trabalhando? Pode antecipar alguma coisa aos leitores do Dime Web?
NG - Estou trabalhandoem um novo episódio de Dampyr ambientado nos Estados Unidos, em uma história "a Stephen King" ou "nos confins da realidade"... Prossigo com minha colaboração na França, com uma nova série de dois livros que ainda estou trabalhando. Colaboro também com a revista Cannibal Family.

DW - Há esperança de te vermos um dia em ação em Zagor?
NG - Bom, na vida tudo é possível...Aquilo que sei é que quero ir adiante o máximo possível em Dampyr, fazendo de vez em quando novos trabalhos... Por exemplo, não me desagradaria trabalhar em um episódio de "As Histórias" (série da Bonelli)... O máximo, seria colaborar em uma série totalmente nova, um pouco como Benevento fez com Lukas, com capa e tudo mais.
 



Entrevista concedida a Franco Lana.
Matéria publicada originariamente no blog: www.dimeweb.blogspot.com

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