quinta-feira, 20 de outubro de 2022

 
O Filme de Dampyr
ENTREVISTA COM O COMPOSITOR LORENZO TOMIO
 
Dampyr, o primeiro filme  é primeiro filme produzido pela Bonelli Entertainment com Eagle Pictures e Brandon Box, Dampyr chega nos cinemas na sexta, 28 de outubro. Continuamos com a publicação de entrevistas exclusivas, hoje prossegue com o compositor da trilha sonora, Lozenzo Tomio.
 

Na sexta-feira, 28 de outubro, finalmente chega aos cinemas italianos Dampyr, o filme que adapta para a grande tela, as aventuras do personagem criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo e há mais de vinte anos é publicado pela Sergio Bonelli Editore.
 
Primeiro filme feito diretamente pela Bonelli Entertainment, o braço multimídia da Sergio Bonelli Editore, junto com Eagle Pictures e Brando Box, Dampyr viu muitas pessoas no set e nos bastidores trabalhando. Por isso, decidimos realizar um série de entrevistas que nos acompanharão até o lançamento do filme, para dar uma visão o mais completa possível do grande trabalho por trás de uma produção cinematográfica tão importante.
 
Desta vez o entrevistado é Lorenzo Tomio, compositor da trilha sonora do filme, como de numerosos longa metragens, documentários e séries televisivas.
 
- Como você chegou à trilha sonora de Dampyr? Quase um título anômalo, percorrendo sua filmografia... 
Sempre fui fã de filmes de fantasia, e um dos meus sonhos era certamente o de um dia poder musicar um. Então, poder trabalhar em um terror de fantasia como Dampyr, foi realmente emocionante.
 
Venho do punk/hard-core e do post-rock, tive várias bandas e ainda toco em um conjunto experimental de música contemporânea, então o material humano já estava lá, ele estava apenas esperando a oportunidade certa para sair ao ar livre. E a oportunidade veio com um telefonema de Giovanni Guardi, que me pediu para fazer as audições três meses antes do início das filmagens, acho que foi em julho de 2019.
 
- Dampyr é um projeto importante, e não apenas é o primeiro filme da Bonelli Entretainment. Como você gerenciou seu trabalho dentro de uma máquina de produção assim complexa? 
Um projeto do gênero precisa de atenção especial, tempo adequado e uma equipe dedicada. Isso não é nada óbvio quando se trata de cinema italiano. Felizmente, com Dampyr houve tempo, e isso me permitiu aprofundar todos os aspectos temáticos e compositivos em detalhes.
 

A primeira coisa que fiz foi estudar, pesquisar e obviamente ler as primeiras edições do quadrinho. Com Maddalena Pasqua (que trabalhou comigo no projeto, sempre apaixonada por vampiros), refizemos a história dos filmes de vampiro, mas não só, tentando absorver o máximo possível e delineando aos poucos as principais ferramentas e o moodboard sonoro.
 
Ajudou muito a troca animada e contínua com o diretor Ricardo Chemello, que sempre teve uma visão muito lúcida em relação ao filme, ajudou muito. Depois fiz uso de algumas figuras fundamentais, como Daniele De Virgilio no design de som, Anthony Weeden como orquestrador e Francesco Donadello como engenheiro de mixagem. 
 
- Em sua entrevista, Giovanni Guardi, te citou, quando lhe fiz essa pergunta: como você mistura a alma de um filme de terror e um cine-quadrinho na mesma composição, tornando-a original e peculiar? 
Além de obviamente muito trabalho sobre temas e cenas de ação, grande parte do amálgama foi confiada à pesquisa timbrística e sonora, uma obsessão em todos os meus trabalhos. Tentei misturar a eletrônica com a alma mais gótica e sombria de uma orquestra incluindo um coral, graças também ao trabalho poderoso de Daniele, e às muitas percussões. 
 
Na percussão tive uma atenção especial, gravando muitos sons inusitados antes mesmo de começar a escrever, de modo a construir uma espécie de novo vocabulário inicial. Resumindo: foi cansativo, mas nos divertimos muito.
 
Entrevista concedida a Alberto Cassani 


Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

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