Depois da longa entrevista em duas partes, com o criador Mauro Boselli, continuamos este especial pelos 10 anos de Dampyr, entrevistando um dos melhores desenhistas da série: Arturo Lozzi.
Já desenhista e capista de Lazzarus Ledd, Lozzi assina algumas das edições de Dampyr, mais belas e importantes da série.
As suas edições já publicadas são as seguintes: "Os Sonhos de Lisa"; "Nazikian, o Escuro"; "A Congregação da Lua Minguante"; "A Procura de Kurjak"; "O Devorador de Almas"; "O Espírito do Lobo"; "O Navio Fantasma"; e "A Pousada das Últimas Festas".
Desenhista "com bagagem", Lozi iniciou seus trabalhos pela Marvel Comics, desenhando a mini-série "Imortal Weapons".
Já desenhista e capista de Lazzarus Ledd, Lozzi assina algumas das edições de Dampyr, mais belas e importantes da série.
As suas edições já publicadas são as seguintes: "Os Sonhos de Lisa"; "Nazikian, o Escuro"; "A Congregação da Lua Minguante"; "A Procura de Kurjak"; "O Devorador de Almas"; "O Espírito do Lobo"; "O Navio Fantasma"; e "A Pousada das Últimas Festas".
Desenhista "com bagagem", Lozi iniciou seus trabalhos pela Marvel Comics, desenhando a mini-série "Imortal Weapons".
10 ANOS DE DAMPYR: ENTREVISTA COM ARTURO LOZZI
Conte-nos seu início: Como e quando entendeu que poderia ser realmente um desenhista de histórias em quadrinhos?
Ainda não entendi bem se quero fazer este trabalho, mas acredito que não saberia fazer outra coisa com paixão e dedicação, assim, persevero na tentativa de aprender a desenhar. Brincadeiras a parte, o início, pelo menos para mim, se relaciona com um preciso tempo, quando um grupo de rapazes de onde morava, me envolveram em um projeto local, ao qual aderi, chamado "Nuvole dall´Umbria", que resultou em uma publicação de histórias curtas para quadrinhos.
Ver um trabalho publicado, fez disparar em mim uma mola, que me fez estudar melhor o desenho, a anatomia e a prespectiva, com profundo interesse. A procura e a influência dos desenhistas que amei desde criança, fizeram o resto e assim depois de algum tempo, consegui ter uma outra chance para publicar algo (Lenin nº 6 - Marco Innocenti Editore). Depois passei para uma editora maior, a Starcomics, com seu personagem Lazarus Ledd, alimentei meus estímulos criativos e me foi dada a possibilidade de amadurecer essa paixão e meu aprimoramento técnico.
Você não é o único desenhista "dampyriano" a ter trabalhado com Lazarus Ledd. Também seus colegas Michele Cropera e Alessandro Bocci, desenharam o personagem com você como capista. Quanto foi importante esta experiência para a sua carreira?
Esta série me deu muito, em termos de crescimento profissional, criatividade e sobretudo em termos de pontualidade no cumprimento do prazo. Como disse antes, acredito que os sete anos passados na Starcomics foram, como para os meus colegas, uma prova para testar se era aquilo mesmo que queríamos. O tempo passado sobre os argumentos de Ade Capone, para o seu Lazarus, me permitiu melhorar o estilo e me doutrinar numa direção mais profissional.
Por um breve período, em que estive responsável também pelas capas, precisei trabalhar mais, mas com extremo prazer! No geral, acredito que uma figura de valor como Capone, contribuiu muito para garantir que jovens, com pouca experiência editorial, pudessem crescer em uma série que oferecia muitas oportunidades de aprendizado.
Entrando na Bonelli, se transformou num dos mais importantes desenhistas de Dampyr. Como é sua colaboração com a Bonelli?
Obrigado pelo elogio. Que eu seja um dos desenhistas de Dampyr isto é fato, mas a tua coragem de colocar-me entre os mais importantes, me espantou! É muito gentil em colocar-me entre os mais importantes.
Lazarus estava encerrando sua série regular e nós desenhistas tínhamos a necessidade de encontrarmos novas direções editoriais. A notícia de uma possível colaboração com a Editora Bonelli, me chegou como "um raio com o céu limpo", e eu sinceramente fiquei temeroso de não conseguir conter meu entusiasmo! O personagem Dampyr foi uma verdadeira surpresa, porque não estava preparado especificamente para ele, tendo enviado testes para uma série que seguia desde a sua estréia: Nathan Never. Então busquei a diferença, pesquisei as edições da série já lançadas. Por sorte, os meus trabalhos caíram no gosto dos leitores e assim pude desenhar os outros números.
Como leitor, segundo você, qual seria o ponto forte da série dampyriana?
Seguramente a série tem muita sorte de encontrar um cocktail de argumentistas e desenhistas muito bons. Dampyr tem "charme" e é um verdadeiro prazer, quando se consegue ler um quadrinho com histórias interessantes e desenhos espetaculares. Me refiro obviamente aos meus preferidos, mas para não ofender ninguém, não vou nominá-los.
É seguramente interessante também, porque as edições levam os leitores por ambientações heterogêneas. Um detalhe interessante creio porém, na minha modesta opinião, é o fato de que um entre os protagonistas seja uma mulher, Tesla, que possui, creio, uma certa influência sobre um público diversificado e quebra aquele senso de masculinidade que tem a genética dos heróis masculinos. Se exclui o lado fisiologico da temperatura de seu corpo, por outro lado tem o temperamento quente! Sua condição de não-morta é interessante como figura isolada e nas histórias em que aparece (a maioria) são cheias de uma certa efervescência emocional. Também é bela de desenhar, não tem erro.
Entre as suas histórias, quais são aquelas que mais amou e aquelas que te criaram mais dificuldades?
O meu coração tende para a segunda história que desenhei, "Os Sonhos de Lisa", e também por uma das últimas histórias publicadas, "O Navio Fantasma", de autoria do talentoso Diego Cajelli, que me fez viver belas emoções enquanto a desenhava. Para a segunda parte da pergunta, uma resposta fácil! As mais difíceis de desenhar são aquelas que ainda estão por vir.
Ultimamente tem trabalhado para a Marvel Comics. Como começou isso? Sobre quais títulos você está empenhado e o que teve de fazer para ser publicado por uma editora tão importante a nível mundial?
O mercado americano com os seus méritos e defeitos é muito diverso do italiano, eu fui um dos últimos a entrar e ainda não tenho idéia dos seus mecanismos. O meu primeiro contato com a Marvel aconteceu numa das feiras de quadrinhos de Montova, faz alguns anos, ali se iniciou a possibilidade de colaborar com um projeto ligado a série "Iron Fist", um resumo sobre a origem de alguns personagens retirados da série regular chamada "Immortal Weapons". Tive a sorte de desenhar toda a quinta edição e colaborar com algumas partes da primeira. O prazer de desenhar um argumento de David Lapham não tem preço!
No que está trabalhando atualmente? Quais são os teus próximos quadrinhos que encontraremos nas bancas?
Espero ter a sorte de que seja uma história de Lisa, que é uma personagem pela qual sou ligado afetivamente e a mim será prazeiroso dar seguimento às suas tramas. Neste momento, estou esperando um novo argumento de Dampyr e estou preste a iniciar, a segunda parte de uma mini-série da Marvel, que me ocupará, prazeirosamente, por um longo tempo. No próximo ano, deverá ser lançada uma história de Dampyr, que se passará na Itália, que já desenhei e está próxima de ser lançada.
Agradecemos a Arturo Lozzi, que pode ser visto em ação no seu blog, onde encontrarão muitas páginas e desenhos seus: http://arturolozzi.blogospot.com
matéria publicada originariamente no endereço: http://pianetafumetto.blogosfere.it
Ainda não entendi bem se quero fazer este trabalho, mas acredito que não saberia fazer outra coisa com paixão e dedicação, assim, persevero na tentativa de aprender a desenhar. Brincadeiras a parte, o início, pelo menos para mim, se relaciona com um preciso tempo, quando um grupo de rapazes de onde morava, me envolveram em um projeto local, ao qual aderi, chamado "Nuvole dall´Umbria", que resultou em uma publicação de histórias curtas para quadrinhos.
Ver um trabalho publicado, fez disparar em mim uma mola, que me fez estudar melhor o desenho, a anatomia e a prespectiva, com profundo interesse. A procura e a influência dos desenhistas que amei desde criança, fizeram o resto e assim depois de algum tempo, consegui ter uma outra chance para publicar algo (Lenin nº 6 - Marco Innocenti Editore). Depois passei para uma editora maior, a Starcomics, com seu personagem Lazarus Ledd, alimentei meus estímulos criativos e me foi dada a possibilidade de amadurecer essa paixão e meu aprimoramento técnico.
Você não é o único desenhista "dampyriano" a ter trabalhado com Lazarus Ledd. Também seus colegas Michele Cropera e Alessandro Bocci, desenharam o personagem com você como capista. Quanto foi importante esta experiência para a sua carreira?
Esta série me deu muito, em termos de crescimento profissional, criatividade e sobretudo em termos de pontualidade no cumprimento do prazo. Como disse antes, acredito que os sete anos passados na Starcomics foram, como para os meus colegas, uma prova para testar se era aquilo mesmo que queríamos. O tempo passado sobre os argumentos de Ade Capone, para o seu Lazarus, me permitiu melhorar o estilo e me doutrinar numa direção mais profissional.
Por um breve período, em que estive responsável também pelas capas, precisei trabalhar mais, mas com extremo prazer! No geral, acredito que uma figura de valor como Capone, contribuiu muito para garantir que jovens, com pouca experiência editorial, pudessem crescer em uma série que oferecia muitas oportunidades de aprendizado.
Entrando na Bonelli, se transformou num dos mais importantes desenhistas de Dampyr. Como é sua colaboração com a Bonelli?
Obrigado pelo elogio. Que eu seja um dos desenhistas de Dampyr isto é fato, mas a tua coragem de colocar-me entre os mais importantes, me espantou! É muito gentil em colocar-me entre os mais importantes.
Lazarus estava encerrando sua série regular e nós desenhistas tínhamos a necessidade de encontrarmos novas direções editoriais. A notícia de uma possível colaboração com a Editora Bonelli, me chegou como "um raio com o céu limpo", e eu sinceramente fiquei temeroso de não conseguir conter meu entusiasmo! O personagem Dampyr foi uma verdadeira surpresa, porque não estava preparado especificamente para ele, tendo enviado testes para uma série que seguia desde a sua estréia: Nathan Never. Então busquei a diferença, pesquisei as edições da série já lançadas. Por sorte, os meus trabalhos caíram no gosto dos leitores e assim pude desenhar os outros números.
Como leitor, segundo você, qual seria o ponto forte da série dampyriana?
Seguramente a série tem muita sorte de encontrar um cocktail de argumentistas e desenhistas muito bons. Dampyr tem "charme" e é um verdadeiro prazer, quando se consegue ler um quadrinho com histórias interessantes e desenhos espetaculares. Me refiro obviamente aos meus preferidos, mas para não ofender ninguém, não vou nominá-los.
É seguramente interessante também, porque as edições levam os leitores por ambientações heterogêneas. Um detalhe interessante creio porém, na minha modesta opinião, é o fato de que um entre os protagonistas seja uma mulher, Tesla, que possui, creio, uma certa influência sobre um público diversificado e quebra aquele senso de masculinidade que tem a genética dos heróis masculinos. Se exclui o lado fisiologico da temperatura de seu corpo, por outro lado tem o temperamento quente! Sua condição de não-morta é interessante como figura isolada e nas histórias em que aparece (a maioria) são cheias de uma certa efervescência emocional. Também é bela de desenhar, não tem erro.
Entre as suas histórias, quais são aquelas que mais amou e aquelas que te criaram mais dificuldades?
O meu coração tende para a segunda história que desenhei, "Os Sonhos de Lisa", e também por uma das últimas histórias publicadas, "O Navio Fantasma", de autoria do talentoso Diego Cajelli, que me fez viver belas emoções enquanto a desenhava. Para a segunda parte da pergunta, uma resposta fácil! As mais difíceis de desenhar são aquelas que ainda estão por vir.
Ultimamente tem trabalhado para a Marvel Comics. Como começou isso? Sobre quais títulos você está empenhado e o que teve de fazer para ser publicado por uma editora tão importante a nível mundial?
O mercado americano com os seus méritos e defeitos é muito diverso do italiano, eu fui um dos últimos a entrar e ainda não tenho idéia dos seus mecanismos. O meu primeiro contato com a Marvel aconteceu numa das feiras de quadrinhos de Montova, faz alguns anos, ali se iniciou a possibilidade de colaborar com um projeto ligado a série "Iron Fist", um resumo sobre a origem de alguns personagens retirados da série regular chamada "Immortal Weapons". Tive a sorte de desenhar toda a quinta edição e colaborar com algumas partes da primeira. O prazer de desenhar um argumento de David Lapham não tem preço!
No que está trabalhando atualmente? Quais são os teus próximos quadrinhos que encontraremos nas bancas?
Espero ter a sorte de que seja uma história de Lisa, que é uma personagem pela qual sou ligado afetivamente e a mim será prazeiroso dar seguimento às suas tramas. Neste momento, estou esperando um novo argumento de Dampyr e estou preste a iniciar, a segunda parte de uma mini-série da Marvel, que me ocupará, prazeirosamente, por um longo tempo. No próximo ano, deverá ser lançada uma história de Dampyr, que se passará na Itália, que já desenhei e está próxima de ser lançada.
Agradecemos a Arturo Lozzi, que pode ser visto em ação no seu blog, onde encontrarão muitas páginas e desenhos seus: http://arturolozzi.blogospot.com
matéria publicada originariamente no endereço: http://pianetafumetto.blogosfere.it