quinta-feira, 30 de dezembro de 2010


Depois da longa entrevista em duas partes, com o criador Mauro Boselli, continuamos este especial pelos 10 anos de Dampyr, entrevistando um dos melhores desenhistas da série: Arturo Lozzi.

Já desenhista e capista de Lazzarus Ledd, Lozzi assina algumas das edições de Dampyr, mais belas e importantes da série.

As suas edições já publicadas são as seguintes: "Os Sonhos de Lisa";
"Nazikian, o Escuro"; "A Congregação da Lua Minguante"; "A Procura de Kurjak"; "O Devorador de Almas"; "O Espírito do Lobo"; "O Navio Fantasma"; e "A Pousada das Últimas Festas".

Desenhista "com bagagem", Lozi iniciou seus trabalhos pela Marvel Comics, desenhando a mini-série "Imortal Weapons".


10 ANOS DE DAMPYR: ENTREVISTA COM ARTURO LOZZI

Conte-nos seu início: Como e quando entendeu que poderia ser realmente um desenhista de histórias em quadrinhos?
Ainda não entendi bem se quero fazer este trabalho, mas acredito que não saberia fazer outra coisa com paixão e dedicação, assim, persevero na tentativa de aprender a desenhar. Brincadeiras a parte, o início, pelo menos para mim, se relaciona com um preciso tempo, quando um grupo de rapazes de onde morava, me envolveram em um projeto local, ao qual aderi, chamado "Nuvole dall´Umbria", que resultou em uma publicação de histórias curtas para quadrinhos.

Ver um trabalho publicado, fez disparar em mim uma mola, que me fez estudar melhor o desenho, a anatomia e a prespectiva, com profundo interesse. A procura e a influência dos desenhistas que amei desde criança, fizeram o resto e assim depois de algum tempo, consegui ter uma outra chance para publicar algo (Lenin nº 6 - Marco Innocenti Editore). Depois passei para uma editora maior, a Starcomics, com seu personagem Lazarus Ledd, alimentei meus estímulos criativos e me foi dada a possibilidade de amadurecer essa paixão e meu aprimoramento técnico.
Você não é o único desenhista "dampyriano" a ter trabalhado com Lazarus Ledd. Também seus colegas Michele Cropera e Alessandro Bocci, desenharam o personagem com você como capista. Quanto foi importante esta experiência para a sua carreira?
Esta série me deu muito, em termos de crescimento profissional, criatividade e sobretudo em termos de pontualidade no cumprimento do prazo. Como disse antes, acredito que os sete anos passados na Starcomics foram, como para os meus colegas, uma prova para testar se era aquilo mesmo que queríamos. O tempo passado sobre os argumentos de Ade Capone, para o seu Lazarus, me permitiu melhorar o estilo e me doutrinar numa direção mais profissional.

Por um breve período, em que estive responsável também pelas capas, precisei trabalhar mais, mas com extremo prazer! No geral, acredito que uma figura de valor como Capone, contribuiu muito para garantir que jovens, com pouca experiência editorial, pudessem crescer em uma série que oferecia muitas oportunidades de aprendizado.


Entrando na Bonelli, se transformou num dos mais importantes desenhistas de Dampyr. Como é sua colaboração com a Bonelli?
Obrigado pelo elogio. Que eu seja um dos desenhistas de Dampyr isto é fato, mas a tua coragem de colocar-me entre os mais importantes, me espantou! É muito gentil em colocar-me entre os mais importantes.

Lazarus estava encerrando sua série regular e nós desenhistas tínhamos a necessidade de encontrarmos novas direções editoriais. A notícia de uma possível colaboração com a Editora Bonelli, me chegou como "um raio com o céu limpo", e eu sinceramente fiquei temeroso de não conseguir conter meu entusiasmo! O personagem Dampyr foi uma verdadeira surpresa, porque não estava preparado especificamente para ele, tendo enviado testes para uma série que seguia desde a sua estréia: Nathan Never. Então busquei a diferença, pesquisei as edições da série já lançadas. Por sorte, os meus trabalhos caíram no gosto dos leitores e assim pude desenhar os outros números.
Como leitor, segundo você, qual seria o ponto forte da série dampyriana?
Seguramente a série tem muita sorte de encontrar um cocktail de argumentistas e desenhistas muito bons. Dampyr tem "charme" e é um verdadeiro prazer, quando se consegue ler um quadrinho com histórias interessantes e desenhos espetaculares. Me refiro obviamente aos meus preferidos, mas para não ofender ninguém, não vou nominá-los.

É seguramente interessante também, porque as edições levam os leitores por ambientações heterogêneas. Um detalhe interessante creio porém, na minha modesta opinião, é o fato de que um entre os protagonistas seja uma mulher, Tesla, que possui, creio, uma certa influência sobre um público diversificado e quebra aquele senso de masculinidade que tem a genética dos heróis masculinos. Se exclui o lado fisiologico da temperatura de seu corpo, por outro lado tem o temperamento quente! Sua condição de não-morta é interessante como figura isolada e nas histórias em que aparece (a maioria) são cheias de uma certa efervescência emocional. Também é bela de desenhar, não tem erro.



Entre as suas histórias, quais são aquelas que mais amou e aquelas que te criaram mais dificuldades?
O meu coração tende para a segunda história que desenhei, "Os Sonhos de Lisa", e também por uma das últimas histórias publicadas, "O Navio Fantasma", de autoria do talentoso Diego Cajelli, que me fez viver belas emoções enquanto a desenhava. Para a segunda parte da pergunta, uma resposta fácil! As mais difíceis de desenhar são aquelas que ainda estão por vir.
Ultimamente tem trabalhado para a Marvel Comics. Como começou isso? Sobre quais títulos você está empenhado e o que teve de fazer para ser publicado por uma editora tão importante a nível mundial?
O mercado americano com os seus méritos e defeitos é muito diverso do italiano, eu fui um dos últimos a entrar e ainda não tenho idéia dos seus mecanismos. O meu primeiro contato com a Marvel aconteceu numa das feiras de quadrinhos de Montova, faz alguns anos, ali se iniciou a possibilidade de colaborar com um projeto ligado a série "Iron Fist", um resumo sobre a origem de alguns personagens retirados da série regular chamada "Immortal Weapons". Tive a sorte de desenhar toda a quinta edição e colaborar com algumas partes da primeira. O prazer de desenhar um argumento de David Lapham não tem preço!


No que está trabalhando atualmente? Quais são os teus próximos quadrinhos que encontraremos nas bancas?
Espero ter a sorte de que seja uma história de Lisa, que é uma personagem pela qual sou ligado afetivamente e a mim será prazeiroso dar seguimento às suas tramas. Neste momento, estou esperando um novo argumento de Dampyr e estou preste a iniciar, a segunda parte de uma mini-série da Marvel, que me ocupará, prazeirosamente, por um longo tempo. No próximo ano, deverá ser lançada uma história de Dampyr, que se passará na Itália, que já desenhei e está próxima de ser lançada.
Agradecemos a Arturo Lozzi, que pode ser visto em ação no seu blog, onde encontrarão muitas páginas e desenhos seus: http://arturolozzi.blogospot.com


matéria publicada originariamente no endereço: http://pianetafumetto.blogosfere.it

terça-feira, 28 de dezembro de 2010


NOVA AVENTURA DE DAMPYR DE SANTUCCI!

Marco Santucci em seu site: www.marcosantucciart.com, liberou mais três páginas da sua nova edição dampyriana (Dampyr 131 - O Carnaval dos Espectos), que será lançada em fevereiro, com argumento da estreiante Susanna Raule, em parceria com Diego Cajelli. A história se passará em Lucerna (Suiça), e terá como pano de fundo, a caça as bruxas.

domingo, 26 de dezembro de 2010


BRASIL CITADO!
Na edição 113 - O Navio Fantasma, com traços de Arturo Lozzi. Caleb conversa com Harlan Draka no Teatro dos Passos Perdidos, sobre um acontecimento no Caribe. A última mensagem do iate "Monstros do Rock" é um pedido de socorro, pois estão em rota de colisão com o navio mercante Akron. Na realidade o navio pertencente ao Capitão Akhar Num e singra os mares desde de 1700.
Caleb entrega um dossiê sobre as aparições do Akron, onde consta que sua última aparição foi nas costas do Brasil e poucos dias depois já foi visto num porto na Sibéria. Distância impossível de ser feita por uma navio mercante comum, segundo o próprio Caleb Lost. Outra curiosidade: A CIA também tem um dossiê sobre o Akron, desde 1977, quando esse nas costas de Moçambique, entregou armas para os rebeldes da antiga Rodésia.
Também está na lista do Greepeace, por transportar lixo tóxico.
Na edição 113, com traços de Arturo Lozzi e capa de Enea Riboldi, o Akron foi apresentado de duas formas: acima como navio mercante e abaixo como na capa da edição.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


TOQUE FEMININO!

Quando não está em ação, Harlan Draka trabalha na Livraria Obrazek em Praga. Abaixo no Speciale 6 (outubro/2010), ele recebe a visita da bela policial belga Hanneke Geerts. Os dois se conheceram na edição 25, dessa feita ela foi visitá-lo em Praga e digamos que sempre "ficam" quando se encontram. Ela aproveita a visita para decorar a livraria, afinal na aventura também já é Natal. Os traços são de Giovanni Freghieri.
O Blog do Dampyr aproveita a data para desejar um Feliz Natal a todos!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


RESUMO DO BLOG "IL CATAFALCO"!

Abaixo, resumo do Blog de terror (italiano) "Il Catafalco" (http://ilcatafalco.blogspot.com) para Dampyr 128:
A edição de novembro de Dampyr, contém uma incrível aventura, argumentada por Samuel Marolla, ambientada na Floresta Negra (Alemanha), onde algumas ruínas dão origem a pesadelos manchados de sangue.

Harlan é chamado a investigar a má influência que Waldo Zacharius, o vilão de "A Pousada das Últimas Festas", exercita sobre os habitantes de Ruhenwald. Waldo praticava o canibalismo e fez inúmeras vítimas antes de morrer, num incêndio que destruiu a pousada.

Durante uma investigação nas ruínas, do que sobrou da pousada, Harlan encontra Klaus; este, quando criança, se aventurou na floresta com um amigo e conseguiu fugir do lugar, vencendo uma partida de dados com Waldo, infelizmente, seu amigo não teve a mesma sorte.

Harlan incita Klaus a encontrar o velho estudioso de folclore alemão, Johanes Shneider e os dois, juntos, assistem as manifestações radiofônicas de atividade sobrenatural, que ainda vem da pousada. Sucessivamente, o estudioso recebe a visita do fantasma de Zacharius, a qual não sobrevive.

Dampyr não tarda a suspeitar que Klaus, esteja possuído pelo espírito do malvado Waldo. Os esclarecimentos necessários estão na pousada, da qual Harlan conseguirá fugir, antes de ser destruído pela mente de Klaus.

Samuel Marolla, em sua estréia dampyriana, propõe em um grandioso argumento, uma verdadeira história de horror. Não temos mestres da noite, mas o leitor não se decepcionará: o vampirismo é psíquico e as vítimas sofrem os mesmos danos de uma abundante sugada de sangue, a mente vacila e se transforma no receptáculo dos traços fantasmagóricos mantidos em um lugar maldito.

A história, por si só é maravilhosamente orquestrada, adquire maior valor, graças as páginas de Arturo Lozzi, das quais transparece a angústia nas faces dos protagonistas e, como nos melhores filmes de terror, a ansiedade contagia, fazendo estremecer o leitor, quando olhando a cena seguinte, encontra o sorriso maléfico de Waldo Zacharius.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010


MAIS UMA PÁGINA!

O Dampyr Especial 2011, terá argumento de Andrea Scibilia, capa de Alessandro Scibilia e desenhos de Michele Cropera. A história tem como pano de fundo, a quebra de uma tradição feudal, onde o Senhor feudal tinha o direito de passar a noite de núpcias com a noiva. Lucrezia (é o título do Especial), revoltou-se com a tradição e foi condenada a morrer de sede e de fome, nas masmorras do palácio do Senhor feudal. Abaixo mais um página da aventura...

sábado, 18 de dezembro de 2010


10 ANOS DE DAMPYR: ENTREVISTA COM MAURO BOSELLI
PARTE 2
Continuemos com a entrevista:
É muito exigente como argumentista?
Você acha? Muitíssima documentação de absoluta fidelidade nos enquadramentos, etc... Naturalmente que depois há as características pessoais dos desenhistas, que procuro solucionar.

Quanto tem de se empenhar para dirigir uma série? Se ocupa pessoalmente do "time" de novos argumentistas e desenhistas?
Muito, também porque trabalho com Tex e outras coisas, sem contar que escrevo 160 páginas mensais. Os desenhistas, os escolhos eu mesmo, exceto um par de casos, prefiro me calar.

Para os primeiros 8 anos escreveu de 6 a 8 edições ano (com pico de 10, como em 2008). Nos últimos dois anos, o número de edições assinadas por você, se reduziu consideravelmente. Porque? Está se dedicando mais a outras séries ou é uma escolha precisa para ter idéias e estímulos novos, para a série que mais de 120 edições?
Idéias eu sempre tenho. É o tempo material que me falta, escrevendo também Tex e em parte Zagor. Lembre-se que as primeiras histórias de Dampyr, foram escritas num período em que o Título ainda não tinha sido lançado. Então, depois da edição 100, dei uma parada. Agora, voltei a carga e as minhas histórias se intensificarão por um tempo, Enquanto eu puder...
Das mais de 80 edições que já argumentou, qual te criou mais dificuldades, qual a que mais gosta e qual a que tem mais valor sentimental? E como leitor, qual é a edição preferida entre as quais não foram escritas por você?
Falando de Dampyr, me agrada muito as histórias difíceis e de argumento original, como "Os Lobisomens" (edição 27) e "As Exterminadoras" (edição 59 - o tíulo original é "Le Terminatrici", nome dado a um grupo de mulheres da Sardenha, que praticavam a eutanásia - lenda), ambas as edições desenhas por Majo, que unem dificuldade com boa história. Algumas exigiram ainda mais procura e estudo, como a edição dupla japonesa, desenhada por Genzianella. Sou fácil de agradar e as edições de Dampyr que realmente queria ter publicado, são talvez duas ou três somente. Atualmente, tenho uma preferência pelo Especial 2009, desenhado por Bartolini - "A Lenda da Velha Ponte", uma das minhas edições melhor sucedidas. Entre as histórias dos outros, "O Espelho Demoníaco" de Colombo e "O Navio Fantasma" de Cajelli.

Qual é o estado de saúde de Dampyr e quais segundo você são os fatores principais que levaram Dampyr a ser uma das séries italianas mais seguidas na Itália?
Dampyr está muitíssimo bem. Acredito que o trabalho e o entusiasmo de quem esta por trás continuamente, faz o sucesso aparecer. O staff de desenhistas então, é fabuloso.

Fechamos com uma pergunta voltada para o futuro: O que podemos esperar de Dampyr nos próximos meses?
O retorno de Lisa Ljuba e Thorke com desenhos de Fortunato; uma aventura quádrupla, que veremos em cena Bram Storker, Arminius Vambery, Draka e Marsden, numa Londres de 1890; O Retorno de Bugsy; um Mestre da Noite sobre os Andes, uma edição dupla que se passará em Milão, desenhada por Majo, etc... etc...
Agradecemos ainda a Mauro Boselli pela disponibilidade, e os recordo que para todas as informações sobre Dampyr e os outros títulos Bonelli, acessem o site: www.sergiobonelli.it

Matéria publicada originariamente no site: www.pianetafumetto.blogosfere.it

Tradução: Janete e Joe Fábio Mariano de Oliveira

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


10 ANOS DE DAMPYR: ENTREVISTA COM MAURO BOSELLI

PARTE 1

Como já se anuncia o próprio título, abrimos este especial sobre os 10 anos de Dampyr, com uma entrevista com o criador da série, Mauro Boselli.

Boselli, nestes dez anos, soube construir uma das séries mais belas da Editora Bonelli, rica em aventura, folclore e com atmosfera.

Mauro Boselli é um dos melhores argumentistas da Bonelli, com uma centena de histórias criadas. Vem a ser, junto a Nizzi, o principal autor de Tex depois de Bonelli. Argumentou setenta Zagors e várias histórias para personagens, como Dylan Dog, Mister No e Comandante Mark.

O seu Dampyr completou este ano, o décimo aniversário, com mais de 120 edições na série regular, 5 Especiais, 2 Maxis e algumas edições especiais fora da série.

Mas, vamos a entrevista:
Dampyr inicialmente parecia destinado a se transformar em uma mini-série a ser publicada na Revista Zona X. O que mudou após a "promoção" a uma série regular?
Na realidade já pensávamos que o personagem tivesse potencial e não tínhamos pensado Dampyr como uma mini-série. Trabalhei como se não fosse e fiz de modo que se transformasse numa série. Quando Bonelli nos deu o "sinal verde" para a troca, para série, o projeto não estava adiantado, não tínhamos terminado nem mesmo a primeira dupla inicial. Todavia, estava escrevendo a edição nº 5 "O Teatro dos Passos Perdidos". Assim, Caleb e todo o resto já estavam previstos! Pessoalmente era certo que Dampyr devesse ter uma GRANDE série (no senso de longa e intrincada, e, não falo de valores).

Quando saiu a primeira edição de Dampyr, já tinha argumentado dezenas de edições de títulos importantes, como Tex e Zagor. Que coisa muda, entre escrever para personagens de outras séries já iniciadas e escrever o próprio personagem em uma série toda sua?
Tem-se responsabilidades diversas.
No caso de outros personagens, tem de se ter o direito de respeitar o espírito, o caráter e as impostações, criados por qualquer outro, ao procurar escrever casos novos e interessantes. Com os próprios personagens há mais liberdade, se não outra técnica, porque, guardado os conteúdos, depois de um pouco, também eles pegam vida e ditam leis ao pobre autor.

Os criadores da série foram você e Maurizio Colombo. Num determinado ponto, porém, Colombo deixou a série. O que aconteceu? O que mudou em Dampyr, desde que sobrou somente você, para tocar a série para frente?
Colombo teve seus problemas. E ainda os tem. É justo não falar a respeito. Certo, no início pensei que seu abandono, criaria problemas para mim e para a série. Mas eu arregacei as mangas, como se diz. Dampyr ganhou minha visão pessoa, mas não sei que coisa perdemos com a falta dele e de suas histórias. Também porque, como se sabe, Colombo abandonou totalmente os quadrinhos.
Uma das características peculiares de Dampyr é levar avante uma precisa continuidade, sempre respeitando o formato bonelliano da legibilidade, de um número independente dos outros. O uso das tramas e sobretramas complexas , como política de eventos, também a distância dos anos, é um aspecto que já estava pensado do início ou foi introduzido durante a coleção?
Estava planejado desde o início. Penso que parece claro também, lendo somente os cinco primeiros números, não? As histórias têm contínuas referências internas, às vezes, quase exageradas. É um equilíbrio muito difícil. Por outro lado, as histórias com menos apelo a continuidade, também quando são belas, parecem ser as menos apreciadas pelos leitores fiéis. Isto sempre vai existir. Em breve haverá "passos a frente" para as tramas internas, algumas das quais serão aceleradas e terão conclusões violentas!

Uma outra característica de Dampyr, é a grande credibilidade histórica das ambientações e o atento uso de lendas e folclore. Para manter este nível, quanto documentação e procura é necessária aos argumentistas e desenhistas a respeito de outras séries bonellianas?
Falando somente por mim. Sou um perfeccionista e, para certas histórias,
eu tenho e já li, mais de uma dezena de livros. Me diverte a procura, não é um problema. Mas me deparo sempre com argumentos que já conheço e que devo aprofundar-me, naturalmente. Às vezes, encontro idéias no ar e nos sonhos, às vezes nas viagens ou nos livros, ou numa história contada por qualquer um.


Matéria publicada originariamente no site: www.pianetafumetto.blogosfere.it

Tradução: Janete e Joe Fábio Mariano de Oliveira


terça-feira, 14 de dezembro de 2010


CRÍTICA AO DAMPYR 125
ESTAÇÃO DE CAÇA

Roteiro e argumento: Diego Cajelli
Desenhos: Luca Raimondo
Capa: Enea Riboldi
Editora: SergioBonelliEditore (SBE)
Série Mensal - edição 125 (agosto/2010)

Eu tinha anunciado em uma entrevista, neste mesmo site: o seu ingresso na continuidade. Estamos falando de Diego Cajelli, que com "Estação de Caça", estréia nos meandros da complexa continuidade dampyriana. Nos desenhos, encontramos o ex-Jonathan Steele, Luca Raimondo, na sua terceira edição nas páginas de Dampyr.


O Fator Continuidade
A continuidade de Dampyr é conhecida e bastante discutida: riquíssima, variada de modo a ser torcida e dificílima de ser seguida também pelos leitores mais aficcionados. O ingresso nessa por Diego Cajelli, no entanto, embora seja um ingresso para todos os efeitos, é reduzida a eliminar o Mestre da Noite de plantão no final da edição, para o resto a continuidade "global" não vem a ser enriquecida minimamente, se não quisermos considerar enriquecimento, a presença de uma Mestre da Noite e o grau de parentesco desta com um dos primeiros Mestres enfrentados por Harlan Draka. Segundo nosso parecer pessoal, que pode ser compartilhado ou não, para entrar na continuidade, não basta acrescentar peças também desconectadas do resto, mas isso significa agir sobre elas, modificá-las, usar personagens já familiares aos leitores e interpretá-las de acordo com o gosto pessoal do argumentista. No balanço, Cajelli foi introduzido na continuidade há muito pouco tempo: exemplo recente é o explêndido "O Navio Fantasma" (edição 113) e o movimentado "Luta contra a Temsek" (edição 115), histórias em que Cajelli, introduz elementos que não serão esquecidos de maneira alguma no universo dampyriano. Como esquecer o drama do Mestre da Noite, Akhar Nun, impossibilitado de ter um filho, que se transformaria no seu implacável inimigo, um Dampyr (edição 113)? Isso é continuidade também. Talvez sobretudo esta.
"Estação de Caça, ao invés, não tem nada disso: tem algumas referências concretas a um episódio passado (a longínqua edição nº 4 "Noturno Vermelho", e a apresenta uma nova Mestre da Noite, a belíssima Zarema, caracterizada de uma maneira muito pobre, uma figura que empalidece diante das outras personagens, personagem criada por Cajelli. A idéia de fundo é muito boa, uma caçada a seres humanos, numa ilha do Mar Cáspio, e é tudo muito simples: Cajelli pensa (quase) em tudo para justificar as muitas passagens da história, um argumento rico que sobrecarrega o roteiro, no fim das contas pobre: o expediente do falso vampiro, a falsa aliada de Harlan, a descrição da caçada, a intervenção de Kurjak e Teska. Talvez muitos elementos, alguns tipicamente bonellianos, como a descoberta da real identidade de Nora, uma reviravolta do personagem, que cheira a algo já visto, de maneira excessiva. E como se não bastasse, os diálogos se resultam um pouco estranhos e banais.

Com "Estação de Caça", Cajelli não entra na continuidade, mas cria sua história pessoal, que esperamos que evolua de maneira mais rica e fascinante, de como foi apresentada. A nova Mestre da Noite, deve crescer em carisma e personalidade. o flashblack das págs. 66-71, esclarece que Zarema é quase uma criança mimada, mas um personagem deste quilate, merecia durar mais de uma edição, especialmente se compararmos ela ao já citado Akhar Nun? ou também a Mhorag, o Mestre da Noite visto na edição 985 (Os Vampiros de Nadvora), sempre obras de Cajelli?


O Fator Estilo
No seu terceiro trabalho, Luca Raimondo confirma o seu grande defeito: o seu método de misturar as cores é praticamente idêntico ao de Bruno Brindisi. O trabalho do desenhista é seguramente bom, com ligeiros picos nas cenas de ação. E se o método de misturar as cores, embora muito apurado e de efeito, tem o peso de se assemelhar muito àquele de Brindisi, algumas problemáticas também na utilização da tinta: disseminada nas páginas encontramos alguns erros de perspectivas e proporções. E no geral algumas páginas funcionam pouco.
No que diz respeito aos personagens, o mesmo Harlan Draka parece debilmente com Ralfh Fiennes, em outras ocasiões tem sua personalidade gráfica não muito bem representada; a caracterização de Zarema é pobre e banal (como se não bastasse esta narrativa), uma irresistível loira, que qualquer desenhista pode desenhar mais ou menos como quer, sem trair esta versão. Pode que outras caracterizações, especialmente aquela de Nora, assim como também a interpretação e sobretudo as ambientações, nos parecem boas.

Em suma, Raimondo é o classico desenhista de grande potencialidade, mas que necessita de um estudo aprofundado para chegar a seu estilo próprio.


O Fator Cor
A capa de Enea Riboldi apresenta o defeito normal de uma coloração muito viva, que tem o seu lado negativo na horrível cabeleira do arqueiro. Como se não bastasse a quase total ausência de prespectiva, rende uma capa "fria", que não provoca a sensação de perigo iminente que a imagem deveria transmitir.

Em suma, nos entendemos: esta edição não é agradável em quase toda sua totalidade. Mas "Estação de Caça" já está escrita e desenhada, esperamos uma evolução dos argumentos, digno das melhores histórias de Cajelli.

Roteiro: 6,5
Argumento: 5,5
Desenhos: 6
No todo: 6

Matéria publicada originariamente no site: www.osservatoriesterni.it
Tradução de Janete e Joe Fábio Mariano de Oliveira

domingo, 12 de dezembro de 2010


ASSASSINO DE ALUGUEL...

Diretamente do Maxidampyr 2/2010, a aventura "As Rosas de Caim", tem como protagonista Emil Kurjak... Em Spectriana (título do Maxi 2), quem abre o livro maldito (Spectriana) é sugado para dentro dele e vive seus piores pesadelos...
Os traços são Alessandro Baggi.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


PANO DE FUNDO

Como Dampyr foi parar em Moscou? Diego Cajelli, foi perfeito em seu argumento: Zarema, Mestre da Noite, quer se vingar de Harlan Draka, porque ele matou seu irmão. Então ela faz chegar aos ouvidos de Caleb Lost, que um vampiro está atacando em Moscou. Harlan parte para lá, para investigar, confirmando que tudo não passa do "ataque" de um louco... Aí começa a aventura... ele é sequestrado no hotel aonde está hospedado, quando vai refazer a mala, para voltar para Praga.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010


ENCONTRO DE CAÇADORES!

A edição 121, comemorou os dez anos de vida editorial de Harlan Draka. Boselli, tratou com carinho "sua cria" e não esqueceu dos personagens coadjuvantes, que ele tanto adora. Abaixo, um encontro sensacional... Maud Nightingale e Dean Barrymore. Ela caçadora de fantasmas e ele caçador de vampiros, ambos amigos Dampyr. Ambos estão investigando o paradeiro do Espelho Negro, que abre o portal da Dimensão Negra. Abaixo eles descobrem o poder do referido espelho e são "enviados" a Dimensão Negra e conhecem seus perigos...
Desenhos de Fabiano Ambu, que marcou sua estréia, como desenhista do staff dampyrano.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


TESLA, POR LUCA RAIMONDO!

Nossa querida Tesla, à cores, diretamente do site de Luca Raimondo, que em seu trabalho mais recente, desenhou a edição 125.

sábado, 4 de dezembro de 2010


CRÍTICA AO MAXIDAMPYR 2

SPECTRIANA/GARGOYLE
Textos: Alessandro Baggi, Maurizio Colombo, Diego Cajelli e Mauro Boselli
Desenhos: Alessandro Baggi
Capa: Enea Riboldi
Editora: SergioBonelliEditore (SBE)
Série Anual - nº 2 (Agosto/2010)

A coleção dos Maxidampyrs não é historicamente bem vista pelos leitores bonellianos, a visão é de que essa publicação é uma solução editorial para histórias não tão boas. Basta pensar em alguns Maxi de Dylan Dog e Nathan Never para encontrarmos uma confirmação. No entanto, a coleção dos Maxi, nasceu graças a uma das melhores histórias da editora milanesa, uma história de Tex, "OKLAHOMA", de 1991, assinada por Berardi & Letteri, colocada naquele número, por causa de sua natureza diferente das histórias habituais do Ranger. Em Dampyr a coleção dos Maxi veio a ser lançada no ano passado, numa edição contendo três histórias bastante insignificantes, um volume que recebeu muitas críticas, primeiramente por causa da diferença de qualidade entre as três histórias e a qualidade média das da série mensal. Mas Mauro Boselli tinha prometido um segundo Maxi muito mais fundamentado e manteve sua promessa: o segundo Maxi é um volume bi-temático ou dedicado a dois temas diversos. Um é o tema das pseudo-bíblias, os livros malditos, como o famoso Necromicon de H.P. Lovrecraft. O segundo tema é totalmente diferente: tem nome e sobrenome, se chama Alessandro Baggi, profissão desenhista, artista, e quem sabe outras coisas, considerado pelo mesmo Boselli, o personagem mais fora dos padrões do staff dampyriano, a quem foi bem pensado dedicar este Maxi, permitindo-lhe realizar todas as 254 páginas do mesmo, mais a realização dos textos de duas mini-histórias, que compõem o grande "Spectriana".

===================================================

SPECTRIANA
Textos: Alessandro Baggi, Maurizio Colombo, Diego Cajelli e Mauro Boselli
Desenhos: Alessandro Baggi

Seis mini-histórias coligadas entre elas dá uma crônica, 160 páginas de delirantes eventos, Baggi que muitas vezes fica chateado com a grade bonelliana, forte acenos de continuidade nas mini-histórias bosellianas, histórias "solo" para Kurjak, Tesla e Caleb, e sobretudo o retorno de Maurizio Colombo. Tudo isto é "Spectriana", a primeira história do Maxidampyr 2, introduzida por um interessantíssimo artigo sobre pseudo-bíblia do "versátil" Gianmaria Contro. Uma imponente estátua de horror, que pisca o olho; há diversos autores cult da literatura "obscura", em cujas as seis mini-histórias, que mais ou menos, resultam fascinantes, delirantes como pano de fundo. A abrir a dança, "Uma Coisa Vermelha", a primeira mini-história de Baggi, tendo como protagonista Harlan: é uma delirante viagem de trem, uma maldição e o inconsciente de um fantasma, e com um final supreendente, que coloca "Uma Coisa Vermelha" no pódio das mini-histórias como uma das melhores de "Spectriana". Também porque Baggi não consegue chegar aos mesmos resultados com o segundo episódio, escrito por ele mesmo, cujo título é "Eu Sou a Ilha", provavelmente a história mais fraca do Maxi 2, mas que tem um bom final, a seu modo poético.

Após a "overdose" de Baggi, é o momento do grande retorno de Maurizio Colombo, co-criador de Dampyr junto a Mauro Boselli. Não é um retorno definitivo, Maurizio escreveu esta história faz muito tempo, e foi introduzida no Maxi em questão. "A Recorrência" é uma típica história de Colombo, com uma abordagem do argumento, muito cinematográfico, um Kurjak solitário, em uma misteriosa aventura em que vê envolvida uma cidadezinha de muitos mistérios. Não é um episódio memorável, mas ler qualquer coisa de Colombo, depois de tanto tempo do seu último trabalho é um grande presente para os leitores dampyrianos de longa data.
A honra de trazer de volta à cena, Kurjak, coube a Diego Cajelli, com "As Rosas de Caim", uma bela história de gangster e assassino de aluguel, temas "pulp" com que o jovem argumentista milanês se "encontra em casa", o todo conduzido a um final onírico e trágico. Reencontramos Cajelli algumas páginas mais tarde, com "Gargoyle". As mini-histórias de Mauro Boselli, se fazem conhecer desde a primeira página. São mini-histórias com "peso", mais importantes, que não desprezam legendas repletas de palavras, e que sobretudo revelam dois elementos muito importantes da conturbada continuidade dampyriana: revela uma pequeníssima parte do passado de Tesla (viveu na segunda guerra mundial quando era menina), em uma poética mini-história, cujo título é "A Estação Esquecida", onde um furação que varre a cidade é uma metáfora as bombas que destruíram Berlim.
Outro elemento chave é a revelação de que entre os dois irmãos, Caleb e Samael, ambos traíram sua respectiva parte. Na última mini-história (A Rosa de Paris), a mais apurada, aquela mais aprofundada (e por assim dizer, a mais bela do Maxi 2), vemos um Caleb Lost solitário, e tem muitas referências à continuidade, especialmente ao quarto especial "A Viagem dos Loucos". Revemos também personagens como a diabólica Lady Nahema e o maléfico Nergal, chefe das forças do mal, em uma mini-história fundamental para toda a série.
"Spectriana" solicitou a beleza de 10 anos de trabalho, como vem a revelar as assinaturas de Baggi nas páginas, e na curiosa entrevista que o mesmo Boselli realizou com o desenhista, ao final do Maxi 2 (introdução de Gianmaria Contro e entrevista com Alessandro Baggi), que tornam este Maxi, singular.

Os desenhos de Baggi são a quinta essência da descontinuidade, particularidade de uma longuíssimo período de trabalho da história. No final de "Spectriana", nós percebemos como Baggi melhorou também na construção das figuras humanas e nas cenas de ação, verdadeiro calcanhar de Aquiles do eclético desenhista. Baggi é simplesmente o melhor em retratar cenas mórbidas e delirantes. Uma grandíssima apuração nas ambientações, com o sábio uso da perspectiva, mas ao mesmo tempo com problemas (às vezes graves) nas já citadas cenas de ação, na construção dos corpos e na realização de muitos primeiros planos (certos apuradíssimos, outros nem tanto). Um desenhista como Baggi não conhece "coluna do meio": ou o odeia ou o ama.
Pela sua natureza "Spectriana" não pode ser deixada de lado, com um padrão de narrativa, com final muito rígido, composto de tantas mini-histórias que não permitem uma decolagem completa da leitura, mas leva a risca de colocar entre nossas mãos, a mais atípica história de Dampyr, que jamais foi publicada da dez anos para cá.

Textos: 7
Desenhos: 7
No todo: 7

===================================================

GARGOYLE
Roteiro e Argumento: Diego Cajelli
Desenhos: Alessandro Baggi

O segundo episódio não pode obviamente competir com "Spectriana", pela originalidade do esquema narrativo. "Gargoyle" é composto de 94 páginas, e foi terminado em 2007, particularidade que faz pensar em uma história destinada a série regular, justamente em seguida, colocada neste Maxi 2, feito por Baggi. Não é a história de destaque "do Maxi", como aquelas citadas no início deste artigo. Diego Cajelli pela enésima vez, leva Harlan para a Alemanha, tão querida ao argumentista milanês, às voltas com a maldição de plantão, um "Demônio da Montanha", que se revelará um Gargoyle em pedra e músculos. Um enredo narrativo muito abusado de Cajelli, acima de tudo o seu amor pela Alemanha, o leva a utilizar personagens esquecidos da complexa continuidade dampyriana, como o Professor Hans Milius, que Cajelli faz retornar em poucos meses, duas vezes (esta e na edição 120), depois que sua última aparição, foi nada menos que na edição 59, que já saiu há 5 anos.

Estabelecido o esquema narrativo e as ambientações mais que provadas, Gargoyle se revela uma leitura talvez não fresca, mas convincente, às vezes muito profunda, e com um pequeno golpe de cena final, que explica o misterioso comportamento da criatura, um golpe de cena muito interessante e nada trivial. O argumento de Cajelli, orgulho de todos os seus trabalhos, deixa intrigado os leitores, especialmente com a utilização das explicações abaixo nas ilustrações, que mostram os fascinantes quanto terríveis pensamentos do Gargoyle. Uma história que completa de maneira digna, o belo Maxi, e que não desfigurou a série regular.

Os desenhos de Baggi neste caso não sofrem a descontinuidade de Spectriana, mas é óbvio que o Baggi de agora, seja uma outra coisa que o Baggi que realizou Gargoyle. Em Gargoyle há ainda, claramente, os problemas que o desenhista encontrava (e encontra toda hora, todo momento) na realização das figuras e nas cenas de ação de Gargoyle. Muitos são os desenhos que apresentam figuras muito "moles", que acentuam uma dinâmica que à primeira vista, resulta excessivamente "líquidos", por vezes, impossível. Além disso, a história se passa em grande parte nas floresta da Alemanha, particularidade que não permite a Baggi poder satisfazer o próprio capricho na realização de cenas de tirar o fôlego, coisa que ele faz muito bem.

O desenhista falta em alguns casos, também na interpretação e na atuação dos personagens, às vezes excessivamente, às vezes quase ausente. Curioso entretanto, seu Caleb Lost, que Baggi, obstinadamente desenha, inspirando-se em David Bowie - da época new-wave (com os cabelos longos), aos invés de conformar-se com Caleb Lost-David Bowie da época glam-rock (com os cabelos curtos), como se vê nas páginas de outros desenhistas dampyrianos. Em suma, não é um dos melhores trabalhos de Baggi: em Spectriana, vimos, especialmente na segunda metade, um Baggi muito mais maduro.

Roteiro: 7
Argumento: 7
Desenhos: 6
No todo: 6,5

==================================================


Uma história de 160 páginas e outra de 94 páginas, números que fazem pensar em uma história de "Dampyr Especial" e a outra de uma história da série regular "acondicionadas" em um único volume, desfrutando da dupla presença de Baggi. Talvez graças também a estes pequenos particulares, foi possível para nós leitores ler uma edição assim atípica. No próximo Maxi (2011), retornará a formula de três histórias na mesma edição (duas serão realizadas pelo estreiante Alex Cripa e outra por Andrea Artusi), coisa também normal e previsível, pois para realizar este segundo Maxi, foram necessários 10 anos. Boselli manteve a promessa de uma edição melhor que o primeiro Maxi, e este Maxi se candidata como um dos lançamentos mais originais e fora de todos os esquemas dos dez anos da carreira dampyriana. Esperamos que seja uma ocasião para poder decidir qualquer coisa de similar no futuro.


===================================================


Matéria publicada originariamente no site: www.osservatoriesterni.it

Tradução: Janete e Joe Fábio Mariano de Oliveira