quarta-feira, 31 de agosto de 2022

 
Dampyr #269: Amigos como antes, agora muito mais.
 
David Padovani
 

Os fios que compõem a trama de um tecido, cada um tomado individualmente, podem impressionar pela cor e pela materialidade, mas no conjunto geral de um tecido ou tapete eles geralmente compõem um desenho mais bonito e fascinante do que o único elemento composicional pode oferecer. Nas obras narrativas é um pouco a mesma coisa e esta quarta e última edição da saga das origens de Dampyr demonstra como vinte anos de trabalho árduo de construção de continuidades e tramas entrelaçadas, mas aparentemente distantes, podem levar a uma história que fica em perfeito equilíbrio entre personagens e história e que é um ótimo ponto de partida para novos leitores. 
Por outro lado, esta mini saga das origens nasceu justamente para acompanhar a chegada do filme dedicado a Dampyr, a primeira peça  do universo cinematográfico Bonelli para a qual dois anos de pandemia atrapalharam os planos. 
Mauro Boselli, desta vez na companhia de quatro  membros da notável equipe artística de Dampyr (Nicola Genzianella e Luca Rossi se juntam a Alessio Fortunato e Michele Cropera), conclui assim a "história em torno de uma cerveja" que viu Harlan, seu pai Draka, o diabo Nikolaus e o Amesha Caleb Lost. Precisamente estes dois últimos no álbum tornam-se protagonistas de sequências narrativas que, somadas ao que Harlan e Draka contaram nas partes anteriores, completam o quadro de duas décadas de histórias, destacando laços e conexões com uma coerência impressionante em termos de nível de detalhes.
Ao mesmo tempo, Boselli usa esse final para uma espécie de esclarecimento da intenção entre os quatro personagens, fortalecendo seus laços e, de fato, tornando este volume quase um novo começo para a epopéia Dampyriana, pelo menos na intenção. 
A subdivisão em várias sequências da história permite que cada desenhista destaque o seu próprio estilo, diferenciando também de forma eficaz segmentos narrativos diferentes em conteúdo e localização temporal. E talvez seja precisamente nas passagens demasiado bruscas e secas entre uma sequência e outra que possamos encontrar a única criticidade de um registro que continua a ser um dos pontos mais altos e melhores da série.


 Originariamente publicado no site: www.lospaziobianco.it

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

 
Página do Dampyr Color 2.

sábado, 27 de agosto de 2022

 
Desenho de Maurizio Rosenzweig. Harlan Draka e uma sentinela da Dimensão Negra!
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

 
O Mestre da noite Ixtlàn, por Alessandro Bocci.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

 
Fabrizio Longo passou pela redação com páginas de sua nova história!

domingo, 21 de agosto de 2022

 
Desenho de Miche Cropera.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

 
Capa variant para o Dampyr 200 - A legião de Harlan Draka.

 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

 
Página do Dampyr Color 2.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

 
 
Página do Dampyr 269, que marca o fim da saga "As origens".

sábado, 13 de agosto de 2022

 
Bobby Quintana está Cartagena com Ann Jurging, quando recebeu a foto abaixo.
O cara loiro no canto esquerdo, no alto, é Joe Dern, o agente DEA que ensinou a Bobby tudo o que ele sabe. Agora ele aparece... sem nenhum sinal que o tempo passou para ele!
 
Na sequência Bobby conta a Ann, um fragmento de sua juventude rebelde, quando o cartel de medelin mandava em tudo e ele morava na cidade. 

Dampyr 257 - México e sangue (História de Giorgio Giusfredi com desenhos de Andrea Del Campo).
 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

 
Desenho de Michele Rubini!
 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

 
No Dampyr 117, Harlan e Kujak foram parar na Nova Zelândia e foram recebidos com direito ao Haka, pelo chefe maori local, que fornece uma arma especial para nossos heróis. Um grupo que foi filmar um reality show nos confins da floresta começam a morrer... uma flauta liberou uma entidade da floresta que se alimenta de carne humana. Dampyr está no local para investigar! A história marcou a estréia de Claudio no staf de autores do personagem.

Dampyr 117 - A selva do medo (História de Claudio Falco com desenhos de Maurizio Dotti)

domingo, 7 de agosto de 2022

 
Em nome do filho - Dampyr 266 (abril 2022) / Crítica
 
Por Paolo M.G. Maino
 
O ano dampyriano chega ao seu momento mais aguardado: a minissérie As Origens que será em 4 números a partir de de maio até o fim do verão.

Programada a seu tempo como acompanhamento quadrinístico para lançamento do filme Dampyr no cinema (quem sabe quando vamos  vê-lo!), a minissérie quer contar de novo sob vários pontos de vista o nascimento e crescimento de Harlan Draka e sua revelação como Dampyr.

EM NOME DO FILHO
Argumento e roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Luca Rossi e Stefano Andreucci
Capa: Enea Riboldi
 

Mas neste primeiro episódio Harlan aparece apenas nas páginas finais porque como em dois outros episódios (nº 27 e nº 241), o protagonista é Draka sênior.
 
O quadro narrativo é dado por três amigos que se encontram no bar! Brincadeiras à parte, a cervejaria Águia Verde no Bairro de Malà Strana é palco de encontro entre o amesha Caleb Lost, o bom diabo Nik e Draka pai.
 
Draka começa a contar a seus dois "companheiros de bebida" o que o levou a gerar um Dampyr.
 
A história começa exatamente no final da edição 241 - O cavaleiro de Rocaburna, quando Draka está em Praga no final da Guerra dos Trinta Anos. Testemunhamos o primeiro encontro com Caleb Lost e a promessa de que Caleb cuidaria do Dampyr se Draka o gerasse.
 
Mas contar o resto seria entrar no terreno traiçoeiro dos spoilers e então vou parar por aqui e passar ao comentário.
 

O roteiro é, mais uma vez, a demonstração do quanto Mauro Boselli ama os grandes afrescos históricos repletos de personagens que interagem entre si no tempo e no espaço. O material que Boselli tem a sua disposição é realmente muito amplo: a história com S maiúsculo (a Guerra dos Trinta Anos, a Segunda Guerra Mundial...) e a história dampyriana que já tem mais de vinte anos de estratificação e está repleta de personagens menores e maiores. Boselli recombina esses elementos com habilidade e coerência e, nesse contexto, ele nos oferece uma história que tem o drama dos romances de amor e morte do século XIX. Porque na verdade esta primeira edição de As Origens é a história de um homem que quer amar e que depois de perder a mulher que havia tomado seu coração (Fortunata), inesperadamente encontra outra depois de séculos (a mãe de Harlan) apenas para perdê-la de modo imprevisto. Belíssimas as páginas que nos contam o apaixonar-se de Draka: um ser milenar e potentíssimo que descobre algo novo que entra em seu coração. Terríveis são as páginas da descoberta da morte da amada (não é spoiler se você leu  as primeiras páginas do número 1 de Dampyr!), Pode-se sentir a dor de Draka pai.
 

Nos pincéis estão neste número dois desenhistas que conquistaram os corações dos leitores há mais de 20 anos: Luca Rossi que descreve o cenário ambientando em Praga (e me diga... Quem melhor que ele para descrever a mágica Praga sonhada por Boselli?) E Stefano Andreucci (arracado do Oeste para um retorno muito bem vindo). Também para os dois, podemos falar de uma continuação ideal do número comemorativo 241 que foi desenhado por Majo.
 
Cada página desta edição é paga ser admirada, mas quero destacar apenas dois elementos entre muitos: o nevoeiro de Praga desenhado por Luca Rossi e a esplêndida mãe de Harlan, que Andreucci nos presenteia em meio a cenas de ação e paisagens naturais e humanas que nos fazem entrar na história. 


Você pode ler a história sem conhecer nada sobre Dampyr? É um ponto de partida? Como já mostra a Página Oficial de Dampyr no Facebook (bem editada e para ser replicada no Instagram) existem alguns números que constituem um importante antecedente que se resume apenas parcialmente. Se eu tivesse que restringir tudo, eu diria os números 1 e 2 - O filho do diabo e os já citados 27 - Os lobisomens e o 241 - O cavaleiro de Rocaburna.
 
De qualquer forma, um leitor minimamente consciente pode gostar de ler mesmo sem conhecê-los e assim entrar no mundo de Dampyr com uma história que certamente permanecerá ao longo do tempo.
 
 
 
Crítica publicada no site: www.fumettiavventura.it 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

 
Nicola Genzianella esteve na redação com uma página de uma história de Mauro Boselli, ainda a ser publicada.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

 
Se conclue a saga com flash backs das origens de Dampyr... 
 
 
SANGUE ENFEITIÇADO
Dampyr 269
Nas bancas italianas: 04/08/2022
História: Mauro Boselli
Roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Nicola Genzianella, Luca Rossi, Alessio Fortunato e Michele Cropera
Capa: Enea Riboldi
 
Porque Draka permitiu o nascimento de um Dampyr? Qual é o segredo de amor e ódio entre Caleb Lost e Nikolaus? Harlan sempre foi um fantoche cujas cordas foram puxadas por seu pai e os melhores amigos dele? Outras revelações sobre o passado de nossos heróis esperam por vocês, propiciadas pela cerveja Ruscello del Diavolo...


 
Publicado originariamente no site: www.sergiobonellieeditore.it

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

 
Dampyr #268: O horror da guerra
 
David Padovani
 

Continua a viagem pelo passado de Dampyr, que o próprio Harlan conta em uma mesa, tomando uma cerveja, acompanhado de Nikolaus, Caleb Lost e seu Draka.
Mauro Boselli retoma a narrativa a partir do ponto em que foi interrompida no álbum anterior, continuando com a reinterpretação do que foi a aventura de estréia da série, enriquecendo o primeiro encontro entre Harlan, Kurjak e Tesla com detalhes inéditos, divergindo por vezes ligeiramente da história de mais de duas décadas atrás, para tornar a leitura dos entusiastas de longa data menos monótona. 
A primeira parte do álbum, desenhada por Maurizio Dotti é a que vai aprofundar os primeiros momentos do conhecimento entre o herói e seus novos companheiros e é também a que mostra, desde o início da saga, algumas questões críticas tanto do ponto de vista narrativo - com o enredo que às vezes tende a esgarçar - quanto do ponto de vista gráfico, onde o traço de Dotti em alguns desenhos é muito rígido na construção e pose dos personagens.
Todavia a segunda metade resgata em grande parte pos pequenos tropeços da parte que a precede. Boselli, ao contrário do que fez em 2000, pode agora citar explicitamente os locais de ação e referir-se à sangrenta guerra da ex-Iugoslávia no coração da Europa, um conflito ignorado por muitos, e ainda mais neste 2022 (exceto casos raros), um confronto étnico local. Chamando lugares e partes envolvidas com seus nomes próprios, o roteirista coloca a ação em um contexto realista e coloca Harlan e seus parceiros diante daqueles horrores da guerra perpetrados impunemente contra a população mais fraca,há duas décadas nos Balcãs como hoje na Ucrânia.
Nicola Genzianela, com seu estilo cheio de pontilhados embutidos e jogo de sombras, mas mais seco do que o habitual, coloca em imagens, sequências desesperadas, violentas e tensas, levando os leitores a cenários e situações sem saída aparente, infelizmente muito semelhantes às que estamos presenciando impotentes na grande rede e na TV hoje.

 
 
Originariamente publicado no site: www.lospaziobianco.it