domingo, 16 de outubro de 2022

 
O Filme de Dampyr
ENTREVISTA COM O VITTORIO OMODEI ZORINI
 
Dampyr, o primeiro filme  é primeiro filme produzido pela Bonelli Entertainment com a Eagle Pictures e Brandon e Box, chega nos cinemas no dia dia 28 de outubro. Continuamos com entrevistas exclusivas, hoje será com o Diretor de Fotografia Vittorio Omodei Zorini.
 

Na sexta-feira, 28 de outubro, finalmente chega aos cinemas italianos Dampyr, o filme que adapta para a grande tela, as aventuras do personagem criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo e há mais de vinte anos é publicado pela Sergio Bonelli Editore.
 
Primeiro filme feito diretamente pela Bonelli Entertainment, o braço multimídia da Sergio Bonelli Editore, junto com Eagle Pictures e Brando Box, Dampyr viu muitas pessoas no set e nos bastidores trabalhando. Por isso, decidimos realizar um série de entrevistas que nos acompanharão até o lançamento do filme, para dar uma visão o mais completa possível do grande trabalho por trás de uma produção cinematográfica tão importante.
 
O convidado da vez é Vittorio Omodei Zorini, que no currículo tem películas como "I nostri ragazzi" e "Gli equilibristi", mas também séries televisivas como "Gomorra" e "I Medici". Além de naturalmente Dampyr, que poderão ver somente nos cinemas, a partir de 28 de outubro. As fotos ao fim da entrevista são de Gianfilippo De Rossi.


- Você tem uma carreira bastante variada, que transita entre cinema e TV, e entre gêneros e orçamentos muito diferentes. Quanto foi especial trabalhar com a Bonelli Entertainment em um projeto como Dampyr?
Fotografar um projeto ambicioso como Dampyr foi uma oportunidade importante para abordar um gênero de filme que raramente é filmado na Itáia. Tivemos a oportunidade de recriar via filme, um universo que está bem definido na história em quadrinhos da Sergio Bonelli Editore e que é fruto da imaginação dos criadores de Dampyr.
 
Trabalhamos com veículos, equipes e métodos desafiadores tanto economicamente quanto fisicamente, porque o cinema o confronta com problemas técnicos que o lápis resolve de forma mais simples. Penso que o filme é o resultado desse grande esforço produtivo e criativo. 
 
- Dampyr é um filme de terror, mas também é  uma história em quadrinhos. Como sua fotografia deu vida a esses dois gêneros específicos?
Horror e Cine quadrinhos estão entre os gêneros que permitem que um diretor de fotografia seja mais ousado, tentando ir além de seus limites. Tive a oportunidade de trabalhar em subtons e com uma paleta de cor específica, tentando recriar a atmosfera de um mundo sempre na fronteira entre a dura realidade e o pesadelo. Filmamos principalmente à noite, muitas vezes ao ar livre e em grandes espaços, muitas cenas de ação cheias de efeitos especiais.
 

Muitos dos nossos personagens se movem exclusivamente no escuro e não podem entrar em contato com a luz. Nesse desafio, a luz de fundo e o uso da neblina artificial muitas vezes nos ajudaram a manter os atores em silhueta, em um limbo entre o que se vê e o que se sente que está acontecendo. Tentamos com a luz e o uso da câmera criar sempre uma atmosfera suspensa e misteriosa para envolver o espectador em uma visão ativa.
 
- Sendo um filme bastante rico em efeitos especiais, Dampyr exigiu um longo processo pós produção, que por sua vez foi diluído pela emergência sanitária (Covid) que estamos vivendo. Como seu trabalho se cruzou com o dos técnicos que cuidaram dos efeitos especiais (também no set)?
Num filme como Dampyr, as imagens são muitas vezes o resultado de uma estreita colaboração entre algumas figuras-chave. A filmagem do set é, em alguns casos, apenas o primeiro passo para chegar à imagem final do filme na tela. Isso envolve muito trabalho de preparação entre o diretor, o supervisor de efeitos visuais, o diretor de fotografia e o cenógrafo. Nada pode ser deixado ao acaso ou improvisado durante as filmagens.
 
Para as cenas particularmente complexas devido a efeitos especiais visuais ou para a equipe de dublês, criamos pré-visualizações antes de filmar, as quais seguimos rigorosamente, para permitir que o trabalho pós-produção alcançasse o resultado desejado. 
 
 
 
Entrevista concedida a Alberto Cassani 



Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

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