sábado, 30 de abril de 2016


DAMPYR 190
Harlan, Tesla e Kurjak irão à fronteira entre o Camboja e o Vietnam à caça de Tziao-Min, o Mestre da Noite do Sudeste Asiático (ele apareceu pela primeira vez no Maxi Dampyr 1, há alguns anos). Harlan está inquieto, pois tem medo que as possíveis profecias do Livro do Tempo Perdido (Dampyr Especial 2015), pois lá, está prevista a morte de Kurjak. Abaixo, o início da história de Claudio Falco, magistralmente desenhada por Silvia Califano.
 
 
Imagens retiradas de Dampyr 190 - A Sombra de Tziao-Min.

quinta-feira, 28 de abril de 2016



RETORNO A CHERNOBYL
No aniversário de trinta anos da tragédia, antecipamos o conteúdo da edição de Dampyr de maio, que se passará na cidade de Pripyat, onde as consequências do desastre nuclear são terríveis até os dia de hoje.

O dia 26 de abril nos relembra um tristíssimo e nefasto aniversário. Fez trinta anos, exatamente no dia 26 de abril de 1986, na usina de Chernobyl, na Ucrânia - então território soviético - que aconteceu o maior desastre nuclear da história. À 1h23min (uma hora e vinte e três minutos), durante um "teste de segurança", ignorando todos os protocolos, o núcleo do reator número 4 da usina nuclear super aqueceu a ponto de provocar o vazamento da água de refrigeração com hidronio e oxigênio, que com isso, elevou-se a pressão e provocou a quebra das tubulações do sistema de resfriamento do reator. O contato do hidrogênio com o grafite incandescente das barras de controle com o ar, provocou a uma fortíssima explosão.

Uma nuvem de material radioativo escapou da usina em chamas. Nas horas e dias sucessivos, mais de 330.000 pessoas foram evacuadas do entorno à Chernobyl e a fumaça radiotiva atingiu rapidamente grande parte dos países europeus e chegou à costa oriental da América do Norte. Na zona do desastre morreram 66 pessoas e ocorreram mais de 4.000 casos de tumor na tireóide, mas, segundo outras estimativas, às consequências do acidente podem ter cifras assustadoras, com estimativas entre 30.000 e 6.000.000 de vítimas. Foi calculado que o desastre de Chernobyl tenha deixado uma quantidade de radiação 400 vezes àquela produzida por ocasião do lançamento da bomba de Hiroshima.

O momento em que os moradores de Pripyat foram avisados e
tiveram suas vidas mudadas, na versão de Andrea Del Campo

Não era e não a nossa intenção "celebrar este aniversário macabro. O episódio "A Cidade Abandonada" (número 194 de Dampyr, nas bancas (italianas) em 5 de maio), foi concebido autonomamente e entra na continuidade do personagem criado por Mauro Boselli e Maurizio Colombo. Recordam, faz alguns meses, no Dampyr 188 "A Marca de Horror de Carcosa", Caleb Lost mostrou a Dampyr e pards, um filme amador produzido em Pripyat, em que os militares, encarregados de repelir intrusos no entorno da usina, em 1986, encontraram um moribundo que falava em inglês, da "para sempre perdido em Carcosa" ? A história de maio desenvolve e se aprofunda neste ponto, revelando horrorosos mistérios ligados às ameaças dos Grandes Antigos escondidos na cidade satélite de Chernobyl, cuja população a abandonou nos dias subsequentes ao desastre na usina, por ordem do governo, e que nunca mais voltou a ser a mesma por causa da radiação nociva para o homem que ainda hoje se revelam nas suas ruas abandonadas.
O autor Luigi Mignacco, quando escreveu essa história, seguramente não pensava nos trinta anos do acidente de Chernobyl. De fato, ele se surpreendeu quando falamos da coincidência. "Já tem trinta anos... Não acredito que tenha passado tanto tempo. A recordação daquele dia, para mim, ainda é bastante vivo. As notícias do desastre atômico acontecido em uma usina além da "cortina de ferro", chegavam nos telejornais da época de modo vago, impreciso... Parecia viver em um filme catastrófico! Diziam que era melhor não sair de casa, que a radiação poderia vir pelo céu, transportada pelo vento..."
 Harlan, Tesla e Kurjak na paisagem desolada da cidade ucraniana hoje.
A aventura de Harlan, Tesla e Kurjak, enviados a Pripyat por Caleb Lost para investigar o desaparecimento de um grupo de turistas em visita à cidade fantasma, não nasce das recordações que o autor tem da época, mas da visão de muitas fotografias e filmes, publicações na grande rede e em jornais, que documentam o estado atual da cidade abandonada. Porque em Pripyat, verdadeiramente se pratica este "turismo do horror", e as imagens de muitos desses visitantes serviram de modelo para o desenhista Andrea Del Campo reconstruir com absoluto realismo, os ambientes de uma história que, como sempre acontece em Dampyr, transportará os leitores muito "além da realidade".
Mas aquilo que não queremos esquecer, junto aos trinta anos passados do desastre, é que na história e nas reportagens os horrores são bem mais sérios do que aqueles produzidos na fantasia dos escritores e desenhistas. 



Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

terça-feira, 26 de abril de 2016


FABRIZIO RUSSO EM AÇÃO!
Fabrizio Russo e uma página de sua história de época, de autoria de Claudio Falco. Ainda sem data para ser lançada.


domingo, 24 de abril de 2016


DAMPYR 189!
 
Harlan está indo se encontrar com Hanneke em Gand (Bélgica), mas no meio do caminho salva a jovem Amanda de ser atacada. Uma armadilha... a jovem na verdade é Meridiana, aliada de Nergal, que em Aquisgrana (Alemanha) atrai nosso herói para uma casa, na verdade um portal para a casa dos espelhos, que fica no limbo. Nergal quer que Harlan forneça o paradeiro do novo Dampyr, Charles. Na sua luta para sair da armadilha, Dampyr encontra um prisioneiro no local, que o ajuda... Na fuga, aceita uma trégua com Meridiana, para ambos não ficarem presos no lugar!
A história é de Claudio Falco, destaque para os desenhos angustiantes de Alessio Fortunato.
Imagens de Dampyr 189 - A Casa dos Espelhos.

sexta-feira, 22 de abril de 2016


NAPOLI COMICON 2016!
Luca Raimondo estará hoje no stand da Sergio Bonelli Editore, aonde autografará o desenho abaixo! 

quarta-feira, 20 de abril de 2016


PÁGINA DE MARCELO MANGIANTINI!
História que será quadrupla, com 4 desenhistas diferentes. A história será sobre mais um ciclo Amberyano (Amber Tremayne, a tia de Harlan).

segunda-feira, 18 de abril de 2016


TESLA COMO PROTAGONISTA!
Tesla será a protogonista na estréia nova série do Caçador de vampiros da Bonelli. O primeiro Dampyr Maganize, terá uma história toda com ela. Abaixo, Maurizio Colombo autor da história, com o desenhista da mesma, Nicola Genzianella.





Imagem retirada da página oficial de Dampyr no facebook.

sábado, 16 de abril de 2016


Dampyr 193 - Os Segredos de Cagliari (Boselli, Genzianella)
Escrito por David Padovani

Tempos atrás, falando de Dampyr 165, indicamos como uma entre as peculiaridades da série, a utilização de inúmeros flashback históricos e as contínuas trocas de ambientações geográficas que já se tornaram habituais.
Os Segredos de Cagliari se insere plenamente neste filão e a história permite a Mauro Boselli demonstrar seu grande conhecimento das tradições do folclore local, desta vez direcionado para a Sardenha.
Segundo um dos esquemas típicos usados pelo criador de Dampyr, a história se desenvolve através de uma narração de eventos que aconteceram em épocas remotas, contados ao leitor pelo protagonistas e pelos seus coadjuvantes.
Eventos que misturam de forma sensata e eficaz a realidade histórica e narrativa fantástica e que serve para continuar ou para fechar alguns dos muitos filões narrativos da série.
Enquanto o cenário Cagliari da história é louvável e interessante, com aprofundamento de alguns mistérios ligados à capital da Sardenha, por outro lado, a aventura sofre, sobretudo na parte central, no excesso da prosa boselliana, demasiadamente didática. Felizmente, o final tem um dinamismo narrativo que compensa o restante da edição.
Nicola Genzianella da uma ótima prova da sua arte. Como sempre, bem presente a lição Toppiana, o desenhista nas suas páginas, restitui à perfeição tanto os cidadãos de Cagliari, como as caracterizações dos personagens protagonistas, usando com propriedade os jogos de luz e sombras. 






 Critica publicada originariamente no site: www.lospaziobianco.it

quinta-feira, 14 de abril de 2016


IN LOCCO!
Boselli sempre que pode, visita as ambientações para produzir as histórias. Esteve em Barcelona com Giovanni Di Gregorio (Di Gregorio reside na cidade), e, passeou por locais onde muito provavelmente nossos heróis estarão em breve!


terça-feira, 12 de abril de 2016


DAMPYR, TESLA E KURJAK
Desenho de Claudio Stassi.

sábado, 9 de abril de 2016


HOJE EM LUCCA!
Hoje na cidade italiana, acontecerá o evento "Entre o cinema e o quadrinho" com a presença de Maurizio Colombo, que terá a companhia de Alessandro Bocci, Giorgio Giusfredi e Andrea Bernardini.

No evento, Alessandro Bocci autografará o desenho abaixo.

sexta-feira, 8 de abril de 2016


PÁGINA DE ARTURO LOZZI!
Depois do Dampyr de março, Lozzi ja está trabalhando! 


quarta-feira, 6 de abril de 2016


LINDA!
Realmente Blimunde ficou linda nos traços de Michele Cropera. Abaixo, ela quer acertar as contas com o Capitão Reshep. Ele conseguiu mantê-la sobre seu poder, em troca da liberdade dela, pediu a cabeça de Dampyr, Tesla e Kurjak. Mas não se enganem com ela. Ela é um demônio (literalmente). Seu poder?... Quem a toca, fica aprisionado no seu pior pesadelo.
Imagens de Dampyr 154 - A Dama dos Pesadelos - História de Claudio Falco com desenhos de Michele Cropera.

segunda-feira, 4 de abril de 2016


Amanhã nas bancas italianas: Dampyr 193


Esperou séculos para agarrar a sua presa... Uma alma pura em um corpo de vampiro...

 
OS MISTÉRIOS DE CAGLIARI
Argumento e Roteiro: Mauro Boselli
Desenhos: Nicola Genzianella
Capa: Enea Riboldi

Uma descoberta arqueológica no centro de Cagliari induz Sophie Mutter e seu namorado, o Professor Sanna a pedirem a intervenção de Harlan Draka. Foi descoberta uma antiga ação de inquisidores espanhóis contra hebreus perseguidos, na qual esteve envolvido o pequeno não-morto Nicholas, antigo líder da Cruzada dos Moços, e dois perigosos adversários de Dampyr: a escrava Meridiana e o potentíssimo Nergal. Estes inquietantes atores retornaram na cidade da Sardenha, para a última parte do drama, que acontecerá entre as vielas, os subterrâneos e os fantásticos palácios da cidade, entre os históricos Bairros de Marina, Stampace e Castello...


Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

sábado, 2 de abril de 2016


Dampyr 192 - Na pista de H.P. Lovecraft

Escrito por Giuseppe Lamola e David Padovani

"A Grande Besta" é um número importante para a saga idealizada por Mauro Boselli e Maurizio Colombo, por uma série de razões.

A primeira é a mais evidente e já antecipada pela capa que pela atenta introdução à edição, escrita pelo mesmo Boselli. O inserimento de um novo coadjuvante, que como muitas vezes acontece em Dampyr, se inspira numa figura que realmente existiu: Aleister Crowley. 

O segundo motivo remonta aos pesadelos literários idealizados por H.P. Lovecraft, sempre ponto de referência importante para a literatura (com imagens e sem) que visa a criação de mundos horripilantes.


Enfim, o último (não o último), a relação entre Boselli e o desenhista Arturo Lozzi, que nos oferece uma nova e inédita declinação da tendência gráfica bonelliana, inserida no sulco das inovações da linguagem dos quadrinhos da editora.

Aleister Crowley, "a grande Besta"

"Senhor Crowley, que coisa passa pela sua cabeça,
Senhor Crowley,falava com os mortos
O seu estilo de vida me parece tão trágico
Com toda esta capacidade de impressionar
enganou as pessoas com magia
esperou a chamada de Satanás."
Mr. Crowley, Ozzy Osbourne

Figura histórica controversa, Edward Alexander Crowley, conhecido como Aleister Crowley (1875-1947), foi definido "o homem mais malvado da Inglaterra" e também "a Grande Besta". Além de ser conhecido como escritor, poeta e filósofo, foi também um dos pioneiros do alpinismo, entre os seus interesses estava o exoterismo e as religiões ocultas.

Um personagem tenebroso e portanto, decididamente apto a ser incluso no elenco de Dampyr.

Na história em questão, o seu percurso se cruza com aquele do pérfido Sho-Huan, entre os antagonistas mais perigosos de Harlan Draka e dotado do poder de atravessar com facilidade as barreiras que separam os mundos do multiverso. Sho-Huan propõe a Crowley de colaborar, e vê nele um professor, bem como uma versão sua mais velha por causa de uma certa semelhança.

O confronto entre os dois e Dampyr teoricamente é o condutor central da história, mas na verdade é pano de fundo. Boselli prefere concentrar-se nos coadjuvantes, sobretudo o retorno de alguns aliados importantes de Harlan, como Ann Jurging e sua fascinação pelos livros de H.P. Lovecraft.

"Entre infinitos universos, errantes e nebulosos..."

Os lugares das histórias Lovecraftinianas se integram no multiverso dampyriano.

Com um clássico "justificativa a posteriori" (expediente tipicamente utilizado por Alfredo Castelli em Martin Mystere), durante o episódio, vem explicado que o escritor de Providence era "um dos poetas que sonham os mundos intermediários". 
As descrições dele nos reportam a cidades imaginárias como Kingsport, Innsmouth e dunwich, não senão o fruto de experiências oníricas com as quais entidades sobrenaturais se comunicavam com pessoas particularmente receptivas, o que usam os escritores de romances de horror.

Aquele nos confrontos do "visionários de Providence" é uma homenagem coerente com o imaginário da série idealizada por Boselli e Colombo. Uma idéia intrigante é aquela de representar no curso da história, nem tanto uma singular cidade de derivação lovecraftiana, como um mistura de muitas cidades, mas construir um lugar metafísico em que concretiza um lúgebre aglomerado urbano, cuja o nome, no fim das contas, não é realmente relevante.

A continuidade e a "evolução" das páginas com poucos quadrinhos

"Difícil de encontrar o fio da meada embolada"

Estas acima, mais que as palavras de uma das tias de Harlan, antigas tecelães dos destinos e protetoras de Dampyr, sempre pareceria uma reprodução dos pensamentos do leitor ocasional.

Cruz e delícia de todo apaixonado, a continuidade narrativa nas obras sequenciais tem inumeráveis recursos e outros tantos defeitos. Para uma série mensal com quase duzentos números, levar avante uma continuidade coerente e densa de "agitos", pode-se revelar um recurso, mas também um fardo. Assim, torna-se necessário, ocasionalmente, renovar várias linhas narrativas deixando em suspenso no articulado fluxo narrativo da série, histórias já contadas.

Tal necessidade tem o risco de arrastar, às vezes, a história já explicada, entediando tanto o leitor apaixonado que segue a série há muito tempo, quanto o leitor ocasional, que vê sobrecarregar a história narrada em detrimento à fluidez  narrativa. Nesta edição Boselli e Lozzi, evitam de maneira eficaz tais situações ao realizarem várias páginas com poucos quadrinhos, que "agilizam" a leitura das páginas pelas de continuidade.

Examinando com atenção estas páginas com poucos quadrinhos nós percebemos que se trata de qualquer forma de clássicas páginas estruturadas sobre típicas três tiras de forma invisível, e se passa de uma para outra sem problemas, sem interrupções.
Este anulamento dos espaços brancos se de um lado representa, como dito, uma declinação de uma grade "rígida", de outro lado, confirma a eficácia narrativa da Bonelli.

Todas as páginas com poucos quadrinhos, não apresentam nenhuma dificuldade de leitura, o desenvolvimento da história permanece claramente em cada uma delas. Ao mesmo tempo, estas variações sobre o tema quebram o ritmo estrutural do restante da edição e respondem à dupla exigência de manter em evidência às paisagens fundamentais da história e moderar o efeito explicativo das mesmas sequências.


A contribuição de Arturo Lozzi

A contribuição gráfica de Arturo Lozzi nesta história é particularmente convincente. Analisando seu percurso artístico, a partir de Lazzarus Ledd de Ade Capone até chegar a esta edição, evidencia-se uma notável maturação estilística.

O trato de Lozzi é robusto e granítico, particularmente eficaz em paisagens nebulosas e relembra em mais de um ponto aquele dos mestres do horror em quadrinhos, como Bernie Wrighston.

O uso dos volumes e massas bem definidos, a alternância dos negros plenos e mais fundo de intervalo mínimo, demonstram uma inteligente padronização do meio técnico da parte do desenhista que, sobretudo nos primeiros planos, parece ter feito sua lição com um outro importante autor do quadrinho norte americano: Joe Quesada.

Fechando a edição no final da leitura, fica a sensação de encontrar-se diante de uma das pilastras fundamentais da saga dampyriana criada por Boselli em todos esses anos.
Uma história convincente, acima da média da série, que nos leva adiante na complexa trama horizontal e introduz elementos que certamente terão um peso relevante no prosseguimento da mesma.



Matéria publicada originariamente no site: www.lospaziobianco.it