domingo, 31 de outubro de 2010


TESLA PARA A LUCCA COMICS&GAMES/2010

Fabiano Ambu, disponibilizou a imagem abaixo, uma belíssima Tesla, feita especialmente para o evento, que começou na sexta, dia 29 e vai até amanhã, 1º de novembro.
Fabiano Ambu, Alessandro Bocci e Marco Santucci, estarão no evento em um stand próprio. Fabio Bartolini, representará a Editora SBE.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


UM DAMPYR PARA O AUTUNNONERO!

No ultimo final de semana, a SBE Editora, disponibilizou uma matéria sobre o evento que acontecerá na Liguria (região da Itália) e que terá Dampyr com destaque.

"Para os amantes do horror, do fantástico e da cultura "gótica", há alguns anos existe um evento imperdível nas terras da Liguria. Se trata do Festival Autunnonero, na sua quinta edição, desta vez dedicado ao tema "Metamorfoses - Mitos, Híbridos e Monstros". O evento articula-se em duas partes principais: Dia 30 e 31 de outubro, celebrar-se-á o Halloween Gothic Fest 2010, no segestivo entorno da vila medieval de Dolceacqua (província de Imperia); a seguir, nos dias 13 e 14 de novembro, em Gênova, nas salas do Castello d´Albertis, acontecerá o segundo evento sobre folclore e o fantástico.

O primeiro evento transformará Dolceaqua em um lugar mágico e espectral, o Reino dell´Ade, animado por espetáculos, percursos gastronômicos e degustação de vinhos. As 16h30min (dezesseis horas e trinta minutos) do sábado, 30 de outubro, na Sala de Vidro do Castelo dos Doria, será apresentado o Dampyr Especial, entitulado "Lucrezia", realizado por ocasião do Autunnonero 2010, em colaboração com a Editora SBE e a supervisão de um dos "pais" do personagem, Mauro Boselli. O argumento da revistinha (será dado de brinde a quem adquirir o ingresso para entrar no evento), será assinado por Andrea Scibilia, com desenhos de Michele Cropera e a capa será de Alessandro Scibilia (ao final do parágrafo a capa do Especial e ao final do texto uma página do Especial). À apresentação de "Lucrezia", seguirá a abertura da exibição da exposição dedicada as páginas que compõem esta breve história inédita, completada por uma coleção de originais realizados pelo mesmo Cropera.
Nos dias do fim de outubro, as praças e os becos do centro histórico de Dolceaqua, serão animados por espetáculos teatrais e numeros iniciativas, sempre sobre o tema "horror", que culminarão, na noite do dia 31, com o concerto da banda sinfônica de metal holandesa - Epica.

Para conhecer por inteiro, o riquíssimo programa do Autunnonero, visitem o site oficial do evento: www.autunnonero.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


UM POST DE DIEGO CAJELLI!

Em seu blog, Diego Cajelli, o argumentista de Dampyr, deixou um post, que está trabalhando com Alessandro Baggi em uma nova aventura.
"Eu e o colossal Alessandro Baggi estamos de novo ao trabalho, em uma aventura de Dampyr. Não sei bem quantas assinamos, sei apenas que me dá prazer escrever para ele e que encontramos uma ótima sintonia. Ele é um autor completo, como demonstrou em SPECTRIANA (Maxidampyr 2), e suas intervenções sobre meus argumentos, só têm acrescentado valor. Quando um argumentista e um desenhista trabalham juntos, chovem e-mails. Detalhes, informações sobre os prazos de entrega, previews, isto é aquele outro.
O ultimo e-mail de Baggi, se conclui assim: "... agora é noite, chove, há um odor de sopa, nos desembarques, e para a parada feverroviária de Greco Pirelli, calam as longas nuvens do Norte. Flores caem sobre o jardim : outono, já é. É tudo pré-cozido. Um abraço mastodôntico, pré-cambriano, quase...""

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


BEM PENSADO...

Claudio Falco, em sua estréia como argumentista de Dampyr, usou muito bem os recursos disponíveis. Ele levou Harlan e pards na edição 117, à Nova Zelândia. Harlan foi recebido pelo chefe da comunidade, que lhe deu dicas do que iria enfrentar. Entidades malignas da floresta foram liberadas do seu sono eterno... não são vampiros. Então Falco usou a parte "mau" da natureza de Dampyr, para se livrar do problema.
Os traços são de Maurizio Dotti.

sábado, 23 de outubro de 2010


RECADO DE SUSANNA RAULE
Susanna Raule a nova argumentista de Dampyr, deixou um post em seu blog (http//s.raule.splinder.com), sobre o "seu" Dampyr, que será lançado em fevereiro e que terá os traços de Marco Santucci.

"Também porque eu percebo que é um pouco "neste lugar", que para alguns é "aqui onde eu atualizo minhas pequenas coisas" e que - urgh - não fiz ainda um pequeno anúncio sobre Dampyr aqui, mas que todos já sabiam.
Em seguida, hoje, me veio a mente que talvez, o meu conceito de "todos" não seja exatamente realístico.
Assim decidi por uma antecipação, quanto que possível.
O meu número de Dampyr estará nas bancas em fevereiro (deixe-me explicar porque em fevereiro). Digo "meu", mas na realidade é de três pessoas pelo menos, sem considerar Boselli, que é o co-autor e responsável pela série - e acredito que deveríamos considerá-lo, visto que não se limita a "ficar de olhos" na sua criatura.
Então, direi, um pouco das pessoas. Primeiramente, Diego Cajelli, que é um veterano da série (um jovem veterano, isto é) e que literalmente me salvou, num certo ponto do trabalho, quando já estava próxima de "ficar louca". Diego como está de fora, veio com uma idéia sensacional, que eu não teria nem em um milhão de anos.
Em seguida temos o desenhista, outra pedra fundamental da série (pedra fundamental jovem, também nesse caso, mas sempre fundamental), ou seja, Marco Santucci. Marco lançou uma maldição sobre mim, acredito já na página 3, quando descobriu quantos "pepinos" deveria desenhar. Digo "acredito" porque Marco, com muita classe, não fez nenhum telefonema ameaçador e não me mandou nenhum e-mail infestado de vírus, talvez por isso, no final os "pepinos" tenham sido para ele, prazeirosos. A mim asseguro, gosto de suas páginas e quando encontrá-lo pessoal (um circunstância que, pelo menos no momento, sou obrigada astutamente a evitar) deveria pular no seu colo, com os olhos vermelhos e a face contraída me fazendo de vítima.
Que dizem os outros? Quando estivermos mais próximos da publicação, postarei, tipo, uma página ou a capa.
Para o momento, vos forneço um par de informações preliminares. A história acontece em Lucerna, na Suíça, durante o carnaval de Lucerna. E este, astutos leitores, é o motivo de que a edição sairá em fevereiro.
Não sei que coisa pensam vocês, mas para mim a Suíça sempre me pareceu uma nação inquietante. Já estive por lá várias vezes, assim, vocês podem tirar suas conclusões sobre meus gostos sobre férias.
A Suíça me parece inqueitante porque é um lugar "tranquilo demais" para ser verdade. Não existe coco de cachorro nas ruas, às pessoas fazem a coleta, não se pode falar alto à noite e pode-se embriagar, desde que não perturbe a ordem pública. Nos jardins suiços, não há a inscrição "proibido pisar nos canteiros de flores", porque os suíços não fazem certas coisas.
As cidades suiças, como por exemplo Lucerna, são antigas, mas incrivelmente bem conservadas. Os becos são estreitos e vagamente escuros, mas são seguros. Os telhados pontiagudos são sugestivos, os girâneos florados, são padrão, mesmo (também) no inverno.
Vocês dirão... como é possível escrever uma história de horror ambientada na Suíça?
A pergunta justa deveria ser: como é possível não escrever uma história de horror ambientada na Suíça?
Se a isso acrescentarmos que este oásis de tranquilidade, de neutralidade e de ecologia, tem um histórico de mandar bruxas para a fogueira... quero dizer: você poderia imaginar qual seria o sentimento de um suíço diante de um problema como uma bruxa, as penas para quem não faz a escolha diferenciada são equiparadas ao italianos por estupro?

A mim, vem a mente os dois, e acredite-me, são horror."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


CRÍTICA AO DAMPYR 123/124

OS SEM MORTE/NO COVIL DE QERATÛ
Roteiro e argumento: Claudio Falco
Desenhos: Maurizio Dotti
Capa: Enea Riboldi
Editora: SergioBonelliEditore (SBE)
Série Mensal - edição 123/124 (junho e julho/2010)

Depois da decepcionante estréia, foi dada a Claudio Falco a honra de escrever a primeira edição dupla de Dampyr, não realizada por um dos idealizadores da série. Como coadjuvante encontramos, como na edição nº 117, um Maurizio Dotti, que finalmente parece ter retornado aos velhos tempos.


Problemas de Base

Uma opinião partilhada quase unanimamente pelos críticos (poucos) de Dampyr é baseada na repetição excessiva de histórias, sob um esquema narartivo muito rígido, mas que é a base de toda a série: Harlan Draka é um Dampyr, e seu trabalho é destruir os Mestres da Noite. Não é um investigador ou um agente especial, ou um ranger, o seu trabalho vira e mexe é sempre aquele. Eu não estou certo se falta no curso dos anos as divagações em outros temas (e com outros esquemas), que fez Dampyr mais versátil e menos escravo desta "gaiola" narrativa. Se tomarmos o trabalho de Boselli, idealizador da série que sempre consegue fazer as histórias baseado neste esquema (o esquema principal de Dampyr) interessante, com muito sucesso, porque no fundo a base destas histórias é sempre a continuidade, verdeira alegria para a mente de muitos leitores (especialmente dampyrianos). Tomando como base o trabalho do segundo argumentista do staff, por ordem de importância, no seu explendido "O Navio Fantasma", Diego Cajelli conseguiu escrever uma história de grande apelo emocional, raridade de continuidade, que a transformou numa das melhores histórias de Dampyr. Esta edição dupla "Os Sem Morte/No Covil de Qeratû", ao invés não surte o mesmo efeito. Claudio Falco está no seu segundo trabalho, e parece que ainda vai um tempo para "pegar o jeito" de como escrever para o mundo dampyriano. Nesta última edição dupla não há a continuidade (ao menos aparentemente), não temos elementos fortes. Claudio Falco se limita a construir uma boa história bem arquitetada, bem escrita, todos os elementos que os leitores conhecem bem: Há um Mestre da Noite, temos um bando de não-mortos a seu serviço, há uma parte do mundo (o Curdistão e o Afeganistão) devastada por conflitos e guerrilhas, temos uma parte histórica perfeita, que descreve de forma perfeita o passado do Mestre da Noite, temos também um bando de rebeldes e claro Dampyr e seus pards. Elementos que já vimos dezenas de vezes na série.
Querendo ser desagradável, esta edição dupla não tem personalidade (do ponto de vista do roteiro e não do argumento). Não temos elementos em destaque, que poderiam fazer a diferença dessa história ou de outras, não tem originalidade. E as ambientações permitiam, o Curdistão e sobretudo o Afeganistão, são ambientações férteis para contar algumas histórias, para intrometer alguns aprofundamentos. em si mesmo e não na história. É a zona mais quente do mundo atualmente, mas nesta história, tudo se resume como de costume no Mestre da Noite, ávido por grana e poder.


Alguns Buracos

O argumento é indubitavelmente de qualidade, muito cinematográfico: Kurjak explode alguns carros, simplesmente jogando o isqueiro às suas costas é digno de cinema, assim como a manifesta citação grática de "Vampire: the masquerade", na edição 123, tudo conduzido por bons diálogos e uma excelente pronúncia dos fatos fazem com essa edição dupla ainda mais agradável e divertida. Mais que os outros, são alguns "buracos" a criar alguns problemas: desde o início da história se fala de Habatja, como um lugar chave, mas os nossos sabem que o covil é naquela cidade deserta, graças a um providencial (e muito bem arquitetado) golpe de sorte, quando talvez fosse amplamente previsível. Mas nessa mesma sequência do "golpe de sorte", Tesla e Kurjak não citam em algum momento, que as armas que carregam, contêm dezenas de quilos de Semtex, um explosivo plástico, quem sabe quantas armas mais. Na sequência, se faz entender que Kurjak explodirá tudo, mas não sabemos se sobreviveria a uma explosão do gênero. O que aconteceu depois com todas aquelas armas, que como disse um traficante é "capaz" de fazer uma "limpeza" de todos os inimigos de Samarra", com um estrondo único?
Há depois o confroto entre Harla e Qeratû, verdadeiro Calcanhar de Aquiles. Falco viu bem aqui, utilizar os poderes de Qeratû, para enganar Dal e tentar matar ele e Harlan... mas por quê? Porque perder tempo neste complicado estratagema, quando o mesmo Qeratû está a poucos passos de Dampyr, ferido e desarmado, e o mesmo Qeratû tem uma arma nas mãos, a pouquíssimos metros de seu mortal inimigo?


O Retorno de Dotti
Desde o Especial nº 4, "A Viagem dos Loucos", datado de novembro de 2008, que Maurizio Dotti, não oferecia um trabalho tão convincente. Nesse meio tempo, apresentou edições decepcionantes, como a história contida no Maxidampyr 1 e na estréia do próprio Falco (edição nº 117), o que parecia ser um certo cansaço do talentoso desenhista da Lombardia. Talvez por causa da veia de ação desta edição, Dotti, dá espetáculo, oferecendo um de seus melhores trabalhos em toda a série. Simplesmente espetacular a sequência histórica da edição 123, realmente sucesso em todas as sequências de ação e ambientações perfeitamente preparadas.
Um belíssimo trabalho, cuja o único defeito é o rendimento dos personagens, muito flutuantes (um problema que Dotti sempre teve no curso de sua carreira dampyriana). Em alguns quadrinhos Kurjak está irreconhecível, Harlan Draka frequentemente e voluntariamente troca ligeiramente às feições, enquanto Tesla parece sempre se manter fiel a sia mesma. Os múltiplos personagens, especialmente o exército de Peshmerga, lembram um pouco de tudo, e é sobretudo a caracterização gráfica de Qeratû, que decepciona, por se tratar de uma caracterização simplória.

Mas todos estes defeitos, que em todo o caso têm o seu peso, o trabalho de Dotti, para esta edição dupla é uma festa para os olhos.


Serve um Roteiro
Boa a capa de Enea Riboldi, também se na segunda capa, o capista dá uma versão totalmente distorcida de Qeratû.

Falco demonstrou com essa história, personalidade no argumento, mas não para propor elementos de destaque no roteiro. "Os Sem Morte" seria perfeito como história se colocada no início da série, para se fazer conhecer melhor aos leitores, as ambientações de Dampyr, para mostrar aquela grata narrativa em que seria trabalhada no curso dos anos, sendo modificada frequentemente por Boselli e outros autores. Mas uma história similar, colocada no centésimo vigésimo terceiro episódio da série, "faz torcer o nariz", porque não foi sentida necessidade de enfatizar certas características.

Precisamos uma coisa fundamental: este é o segundo trabalho de Falco. Haverá tempo e modo para aperfeiçoar os roteiros, mas Boselli parece confiar cegamente nele, visto que lhe confiou uma edição dupla, já no seu segundo trabalho. Boselli possui um talento natural para encontrar novatos com qualidade (Fabiano Ambu pode testemunhar com seu trabalho de estréia), difícil para nós acreditar que não será assim também com Falco.

Roteiro: 6
Argumento: 6,5
Desenhos: 7,5
No todo: 7

Matéria originariamente publicada no site: www.osservatoriesterni.it
Tradução de Janete e Joe Fábio Mariano de Oliveira

terça-feira, 19 de outubro de 2010


ESPECIAL 6
Estará amanhã nas bancas italianas, o Especial nº 6/2010. Abaixo a sinopse:

O SEGREDO DE LADY LAMB
Roteiro e Argumento: Mauro Boselli
Desenhos: Giovanni Freghieri
Capa: Enea Riboldi

Muitas vezes o adversário mais perigoso de um homem, é uma amante rejeitada. A excêntrica, culta e rica Lady Lamb, conseguiu conquistar a atenção do jovem poeta George Byron, procurado por todas as mulheres da alta sociedade londrina. Mas o amor deles, dura somente uma primavera. Primeiro porque Bayron foge para a Suiça com os Shelley e o Doutor Polidori, a vingativa Lady Lamb lhes subtrae um anel que lhes foi doado, durante uma viagem no Oriente Médio, por um misterioso ex-companheiro de estudos de Cambridge, Augustos Darvell. No anel está contido um fragmento orgânico do Mestre da Noite Marsden, Lord das ilhas. A bela Caroline, transformada em amante do Mestre, espiona para ele, Byron e seus companheiros de viagem, todos na alça de mira do cruel vampiro, que quer ser vingar sobre os amigos de seu principal adversário, Draka!

Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

domingo, 17 de outubro de 2010


THORKE!

Abaixo Thorke, nos traços de Lozzi. O desenho retrata claramente como ele usa Lisa para tentar destruir Dampyr. Harlan gosta da bela loira, mas Thorke a tem sobre seu poder...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


A BELA ZAREMA!

Na edição 125, Harlan Draka ganhou uma nova inimiga. Ela vem da Rússia e quer de qualquer forma se vingar de Dampyr, por algo que aconteceu no passado... Ficou belíssima nos traços de Luca Raimondo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


EDITORIAL DO MAXI DAMPYR 2!


Caros Dampyrianos,

O livro imaginário (e, além disso, misterioso, perigoso e maldito) é um dos "lugares" mais clássicos da literatura de ficção. Quem não já sonhou, de ler entre mil calafrios, as páginas de "Necromicon", do louco árabe Abdul Alhazred? Ou aquele contaminado pelo veneno da loucura, do sinistro drama "O Rei em Amarelo"? Qual o leitor que não sonhou de encontrar, atrás de uma pilha de livros mofados, em um sebo de Londres ou de Paris, uma incrível cópia do "Livro de Eibon", biblioteca do homônimo mago do continente perdido de Hiperborea, ou de "Cultus des Goules" do tenebroso Conte d´Erlete? Seria fantástico descobrir, esquecido nas prateleiras de uma biblioteca, o único "Compêndio dos Feitiços", do bruxo Zaraide ou o "Livro dos Sonhos", de Howard Alan Tressong! E qual o rapaz não gostaria de possuir (seguro dentro de uma gaiola) o "Livro Monstro dos Monstros" e outros textos mágicos da Escola de Magia de Hogwarts? Os verdadeiros entendedores, em seguida, esperam sempre uma edição de "O Observador Secreto" de Halpin Chambers, ou dos celebradíssimos romances do genial e azarado Kilgore Trout, para não mencionar o manual sobre a arte de investigação de Sherlock Holmes ou do manuscrito perdido do Dr. Watson sobre o caso do rato gigante de Sumatra e... Mas não vamos divagar! Também em Dampyr apareceu livros malditos e imaginários, como o compêndio "De Profundis". Ainda mais apavorante, mas no fundo mais engraçado, está o volume de horror deste novo Maxi, todo dedicado a fantasia visionária de Alessandro Baggi. As histórias de "Spectriana" não são somente de se ler, mas de se viver! Então, espere para virar às páginas... O fará por sua conta e risco!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


CRÍTICA AO DAMPYR 123/124

Diretamente do site: www.ubcfumetti.com, a crítica à edição dupla 123-Os Sem Morte e 124-No Covil de Qeratû.
AS RAÍZES ESTÃO LÁ, SÃO OS RAMOS QUE FALTAM
de. G. Del. Luca

"Uma zona de guerra, um exército de não-mortos, um Mestre da Noite que aproveita os cenários de guerra, para conseguir os seus nefastos fins, um punhado de guerrilheiros, que parecem inevitavelmente fadados a sucumbirem sem uma ajuda dos céus.

Ingredientes que podem não deixar de despertar recordações agradáveis nos leitores dampyrianos de cara, do momento em que estreiou a edição, temos visto a presença de muitos desses cenários, da ex-Iugoslávia a ex-URSS, passando pela África.

Para seu segundo trabalho, depois da edição 117, o jovem Claudio Falco, pensou bem de "pescar" com as duas mãos, o Dampyr da origem. E a propósito do argumentista, Falco deve ter deixado boa impressão em Boselli, se, na sua segunda história, já fez uma edição dupla, privilégio que até agora era unicamente dos criadores do personagem, Boselli mesmo e Maurizio Colombo. As qualidades, pelo menos em perspectiva, são inquestionáveis, deve ser dito que, como em a "A Selva do Medo", também esta segunda história de Falco se caracteriza por uma extrema convencionalidade e pela falta de agilidade e toques do autor, apesar da coerência narrativa e linearidade no desenvolvimento da história.

Falco constrói na primeira parte da edição dupla, um cenário que, embora já visto nas edições anteriores, é fascinante e bem documentado, como na melhor tradição do título. O território de guerra (neste caso, no Curdistão), o Mestre da Noite na sombra, o exército de não-mortos que recorda um efeito nostálgico de histórias semelhantes, quando a série dava os primeiros passos, incluindo a precisão histórica e geográfica da reconstrução; depois temos os coadjuvantes da edição, como o ex-combatente Dal, e os outros guerrilheiros entre os quais a bela Sirwa, personagens insossos, mas nem por isso, sem charme. O argumentista, coloca também em campo a esquadrada de Dampyr completa, com a ajuda do "Medical Team", para uma história que pode lidar com as gestações de várias relações entre os personagens de determinada maneira.

Depois de uma "preparação" que dura uma edição inteira, a história se resolve, mas com uma segunda parte extremamente previsível, plena de desencontros e cenas de ação repetitivas com pouquíssima relação e pouco desenvolvimento de quanto foi visto na preparação, e um final que de parece fotocopiado do mais comum dos epílogos. Em suma, uma história em duas partes tendo por trás, um bom embasamento, boa construção dos personagens e esperava-se mais, mas com todos os atenuantes que se possa dar a um recém estreiante.

Também Maurizio Dotti parece muitíssimo bem, nos presenteando com uma edição de grande mistério, mas em um nível abaixo do seu padrão. A habilidade do desenhista em tornar eficaz às histórias de ação, consegue salvar toda a segunda parte da história do tédio e da repetição. Bom o trabalho de Enea Riboldi nas duas capas, como sempre bastante prático, seja na construção, seja na realização, contudo, sem perder a eficácia (sobretudo na segunda parte)."

sábado, 9 de outubro de 2010


DANDO UMA DE ZAGOR...

Na edição 125, com traços de Luca Raimondo, Harlan foi sequestrado e acorda numa ilha no Mar Cáspio. Ele é a presa de uma caçada... como está completamente desarmado e necessita de uma arma, improvisa e faz uma machadinha. Que surte efeito!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010


KURJAK E O STARI MOST!

No Especial 2009, Boselli utilizada como "pano de fundo", o Stari Most, uma ponte que representa muito para os Bósnios, que foi destruída durante a Guerra dos Balcãs. Abaixo ela já refeita depois da guerra.
Harlan, Tesla e Kurjak na edição contam suas histórias de relação com a velha ponte. Kurjak conta a seu pai Miklos, seu contato com Stari Most. Que mesmo na guerra fez de tudo para evitar que ela fosse destruída... mas os croatas a colocaram no chão!

terça-feira, 5 de outubro de 2010


DAMPYR 127

MUSEU AMERICANO
Está hoje nas bancas da Itália, a edição 127. Abaixo a sinopse:

Argumento e Roteiro:
Mauro Boselli

Desenhos: Nicola Genzianella
Capa: Enea Riboldi

"Entre as ruínas do Seneca Village de Manhattan, P.T.Barnum, diretor do "museu americano", e seu fiel sócio, General Tom Thumb, estão para se apropriar de uma criatura única no mundo: um vampiro! Privado de sua memória, com novos poderes dados a ele pela passagem através da Dimensão Negra, Harlan Draka se exibe nos espetáculos do museu e estreita amizade com os outros "artistas" de Barnum. Enquanto isso, Caleb, Draka e seus outros amigos o procuraram em vão por vários mundos, arriscando a vida contras as Sentinelas Negras, Dampyr, em plena Guerra da Secessão, procurará, com a ajuda da estranha trupe de Barnum, salvar a velha Nova York do ataque de Varkendal e das gangs aliadas dos sulistas..."

domingo, 3 de outubro de 2010


PACTO COBRADO...

A edição 16, com traços de Dotti, conta a história do anonimato ao sucesso de Robert Jonhson. Ele foi cantor de Blues. Na versão de Boselli, ele, para fazer sucesso, fez um pacto com Legba, o deus da encruzilhada. Na sequência, o preciso momento em Legba, lhe cobra o que foi pactuado. Robert Jonhson, tomou um wisky envenenado.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


CRÍTICA AO DAMPYR 122
O PRESIDIÁRIO
Roteiro e argumento: Diego Cajelli
Desenhos: Giuliano Piccininno
Capa: Enea Riboldi
Editora: Sergio Bonelli
Série Mensal - edição 122 (maio/2010)

Diego Cajelli tínha-nos "deixado mal", querendo usar uma expressão familiar. O seu último trabalho "A Sombra do Dragão", não convenceu nem a nós, nem a maior parte dos leitores dampyrianos. Mas Dié (apelido de Cajelli) prontamente se recuperou, somente dois meses depois, com a edição "O Presidiário", história sobre violência em um presídio e esoterismo.

Aos desenhos encontramos Giulliano Piccininno, que em par com Cajelli, ultimamente tem dado mostra que trabalham bem juntos, porque as últimas edições do desenhista, são textos de Cajelli.


Entre Presidiários e Maldições
A idéia principal da edição é uma clara homenagem ao início de "As asas da liberdade", belíssimo filme de Frank Darabont, estrelado por Rita Haywort e "A redenção de Shawshank" de Stephen King. Desde as primeiras páginas da edição, os desenhos se impenham ao máximo, para tornar real a atmosfera da prisão, aquela sensação claustrofóbica de violência e perversão que domina as narrativas do gênero. Mais uma vez, Cajelli se utiliza de um personagem coadjuvante da saga dampyriana para se esgueirar na vida de Harlan Draka. Se na edição anterior, foi Ann Jurging a fazer isso, agora temos em grande estilo, o médium Dellroy Washington, que apareceu pela primeira vez na edição 85, sempre pelas mãos de Cajelli, pelo fato de que este personagem, foi idealizado por Dié, chama a atenção claramente no decorrer da história, como também chama a atenção na diferença de tratamente com que Cajelli dispensa ao médium em relação a Ann Jurging. É um exemplo notável também a escolha inquietante do autor de privar-se desse personagem ao final da edição. A forma, como Dellroy Washington nos deixa é surpreendente, imprevisível, o que melhora em muito a história, transformando o final, já previsível (querendo ou não, todas as séries Bonellianas, já têm final previsível).
A escura atmosfera do presídio da história, se insere com uma certa prepotência, também o elemento esotérico de uma maldição maia, bom para justificar a presença do fantasma na prisão. Francamente, desloca muito o leitor, passar de uma cela a um templo maia, um destaque narrativo e de elementos que cria perplexidade. Para justificar a presença do fantasma, nós pensamos em tudo, exceto que uma maldição tem raízes no distante mundo dos indígenas mexicanos, uma explicação eficaz, que permite também a inserção de efeitos visuais, como o monstro no final, que ficou bem inserido. Mas, apesar disso, o sentido de perplexidade desta temática, não resolve o problema.

Apesar da presença usual, mas inevitável nas narrativas do gênero (guardas prisionais mesquinhos, violentos condenados, entre os quais vemos um Denny Trejo (ator de Hollywood), Cajelli supreende inserindo entre os personagens um diretor reformista, que procura ajustar as coisas, um "bom" que veste os panos de uma figura negativa, como diretor de presídio (o mesmo Cajelli esclarece que é uma homenagem ao "Brubaker").

Edição perfeitamente calcada no rolo de história entre um Boselli e outro, "O Presidiário" executa admiravelmente sua tarefa, apresentando sempre o argumento de Cajelli, com personagens bens delineados e também discretos golpes de cena, com um roteiro que talvez possa criar alguma perplexidade, mas que não compromete o prazer da leitura.


Seção Mórbida
Aos desenhos encontramos talvez, o melhor Giuliano Piccininno que já tivemos oportunidade de ver nas páginas de Dampyr. O desenhista salernitano, é considerado pela maioria dos leitores de Dampyr, como o mais fraco do staff estelar da coleção bonelliana, erradamente na nossa opinião. Piccininno não tem a potência de alguns de seus colegas, e também não ofereceu provas convincentes, mas estamos seguros que essa edição marcará um guinada na carreira dampyriana do desenhista.

O cuidado com as páginas é óbvio, que chega a deslumbrar. O desenhista se concentra, outro que é fiel às ambientações, também a atmosfera, elemento imprescindível desta história. A linha tracejada que muitas vezes provém das páginas, poucas vezes perturba os olhos, sempre bem calibrado. A luminosidade das páginas é tratada de acordo com a narrativa, sem grandes retrocessos, basta notar a estupenda sequência das 40-43, onde o tracejado e os escuros, criam uma angustiante sensação de fatalidade, e a incrível sequência das páginas 58-61, cuja a luz tem um efeito insalubre perfeitamente esotérico.

Há algo no traço de Piccininno, nada que é difícil de explicar com palavras. Pegando como exemplo a edição nº 32 "OS Insaciáveis", e confrontando com essa, encontramos entre as páginas algo doentio, de mórbido, que "marca o lápis" com as histórias narradas. Piccininno é capaz como poucos da infundir esta insalubridade de fundo sem efeitos especiais, acreditamos que seja um dom natural.

É que Giuliano Piccininno tem sobre suas costas, experiência de desenhista humorístico.


No Geral
Curiosa a "história" da capa de Enea Riboldi, trocada de última hora. Na versão que se encontra no site da SBE, o braço de Harlan está mais alto, numa postura muito natural, na versão que foi para as bancas, ao invés, não existe este problema.

"O Presidiário" se revela uma ótima edição, uma leitura agradável, que causa os "terremotos" prometidos pelos autores na série. São edições necessárias estas, edições que fazem o leitor respirar. Pode fazer "torcer o nariz", que pela enésima vez Harlan, é usado para uma história que não tem nada a ver com a trama principal da coleção, aquela dos vampiros, aos mais pessimistas pode-se fazer pensar que edições como esta desnatura o personagem. Em parte é verdade, em parte não, mas é inegável que o trabalho de Cajelli é precioso, se não necessário para a coleção. E então, logo parece que Diego Cajelli, entrará a todo vapor na complicadíssima continuidade da série.

Roteiro: 6,5
Argumento: 7
Desenhos: 7,5
No todo: 7

Matéria publicada originariamente no site: www.osservatoriesterni.it
Tradução: Janete e Joe Fábio Mariano de Oliveira.