Série:Dampyr nº 242
Episodio: O pintor da escola infernal
Textos: Nicola Venanzetti
Desenhos: Michele Cropera
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Edição: Bonelli, 5-2020
Em 1999, do que infernal Haborym foi a Wittenberg para ver Klaus Weber, arquiteto visionário mas mal sucedido. O demônio ofereceu pela última vez para ele entrar na Escola Negra, para cultivar seu talento por trás da orientação dos demônios do inferno, recebendo mais uma recusa.
Vinte anos depois o pintor Adam, filho de Klaus, aceitou frequentar a Escola. Lá Adam aprende a capturar a essência do mal em seus quadros, e quem os observa, literalmente corre o risco de ser devorado por eles, como de fato aconteceu com um colega invejoso. O diretor Adar Meleke, ainda que relutente, despede o jovem, segundo ele, pronto para se estabelecer no mundo.
As obras de Weber são um sucesso e uma mostra mostra individual é organizada em Berlim. Visitando a exposição, Ann Jurging é capturada em uma visão gerada por um quadro. A mulher então vai com Harlan e Kurjak para os Montes Harz para procurar Weber, mas os três caem em uma armadilha arquitetada pelo duque infernal Abigor e acavgam uma vila estranha, dentro de uma pintura de Weber. Os nossos percebem que estão em apuros e se veem diante das criaturas monstruosas geradas pelo talento do pintor, até encontrar-se com Klaus, também prisioneiro de seu filho.
Com este episódio Venanzetti nos leva direto para o território horror, colocando Harlan e companhia num verdadeiro pesadelo. Os protagonistas se encontram em um turbilhão de acontecimentos, enquanto mais espaço é apropriadamente dado à história de Adam e Klaus, e o mesmo ambiente se torna um personagem, mesmo ganhando vida, quando um cemitério inteiro abre suas mandíbulas para engolir nossos heróis! Digno de nota é a comovente tentiva do pai, que tenta salvar o filho mesmo quando este já está obviamente condenado. E a fragilidade do filho, ignorado quando criança por um pai ausente e alcoólatra, fragilidade que degenera em cinismo complacente e implacável.
Os desenhos são "densos", pastosos, parecem ser possível ver o ar entre os ambientes. O traços de Cropera é sempre mais pessoal, tanto para os protagonistas, representados com traços nítidos e decisivos, quando para os cenários de pesadelo, de um filme expressionista, como observado pelo próprio Kurjak. O artista, então, nos presenteia como uma verdadeira galeria interna, que mostra generosamente, sem atalhos, vinte quadros diabólicos, e uma série memorável de monstros. Os desenhos ganham mais fôlego quando se tornam duplos ou quádruplos.
Publicado originalmente no blog: www.ilcatafalco.blopost.it