sexta-feira, 26 de junho de 2020



O trio de Caçadores de vampiros, por Luca Rossi.

segunda-feira, 22 de junho de 2020


AMBER TREMAYNE
A tia de Harlan Draka nos traços de Alessando Bocci.

quinta-feira, 18 de junho de 2020


Maxi Dampyr 10 - As histórias especiais

Por Giuseppe Lamola


A essência errante de Harlan Draka e pards levou ao longo dos anos os protagonistas da série idealizada por Boselli & Colombo a viver aventuras em lugares fascinantes, encontrando-se várias vezes na Itália, terra em que não faltam mistérios, lendas e folclore. Portanto, não é surpresa que as histórias curtas deste álbum, em grande parte são ambientadas na velha bota: os pequenos álbuns foram originariamente distribuídos durante vários eventos como a Rimicomix, Narnia Quadrinhos e Outono Negro, e as respectivas cidades serviram de pano de fundo.
Em parte, a coleção, publicada pelos vinte anos de vida editorial de Dampyr, sofre com a falta de espaço para articular uma trama mais complexa, dando vida a histórias dinâmicas e de rápido desenvolvimento que traçam temas e gêneros caros para os leitores da série, variando horror à reconstrução histórica, da mitologia à fantasia, sem abrir mão do realismo.
Nos desenhos temos vários desenhistas: assinalamos a exuberância visual de Maurizio Rosenzweig, cujo estilo cai como uma luva para a representação de monstros lovecraftianos e bonitas donzelas, o dinamismo e o realismo das páginas de Marco Will Villa e minuciosidade do traço de Michele Cropera.
Uma publicação destina a satisfazer fãs, recuperando histórias agora inatingíveis, que oferecem um passeio pelas atmosferas, soluções narrativas e estilos de desenho que caracterizam a revista em suas duas décadas de vida.


Falamos de:
Maxi Dampyr 10 - As histórias especiais
Mauro Boselli, Maurizio Colombo, Diego Cajelli, Claudio Falco, Giorgio Giusfredi, Andrea Scibilia, Majo, Maurizio Dotti, Nicola Genzianella, Luca Rossi, Alessandro Baggi, Antonio Fuso, Daniele Statella, Marco Fara, Maurizio Rosenzweig, Marco Villa, Stefano Andreucci, Michele Cropera
Sergio Bonelli Editore, abril/2020
110 páginas, a cores, 4,50
 
Publicado originariamente no site: www.lospaziobianco.it 

domingo, 14 de junho de 2020


Série: Dampyr 229
Episódio: Kurjak, o vampiro
Textos: Giovanni Di Gregorio
Desenhos: Fabio Bartolini
Capa: Enea Riboldi
Letrista: Luca Corda
Páginas: 96 
Editora: Bonelli, 04-2019



Alel, o colecionador (que apareceu pela primeira vez no Maxidampyr 5), na verdade não foi definitivamente  destruído por Nergal, perdeu seu reino na Dimensão flutuante, e se encontra num mundo desolado, o último em que ainda pode sobreviver. No entanto, ele não renunciou em adicionar a peça mais cobiçada a sua coleção: um dampyr. Para atingir seu objetivo, ele se alia ao muda forma Makh-Zun.
Harlan, Kurjak e Tesla estão em Botswana, porque reberam a informação de um grupo de não-mortos ativo por lá. Enquanto esses vampiros massacram caçadores, em um aldeia, a velha Mpule encontra um inquietante presságio, uma iguana de duas cabeças. No local da carnificina, Harlan sente que no passado um Mestre da Noite esteve ali. Os nossos depois conhecem Mpule, que conta para eles a lenda de Huwe, um Mestre da noite que foi derrotado por alguns de seus companheiros e que foi preso nas profundezas da Terra., Agora Huwe se libertou e reivindica seu território.
Para Harlan e pards terem maiores informações, Mpule os acompanha até um velho sábio, que habita em um mina. Mas esperando por eles estão um grupo feroz de não-mortos, que preparam uma armadilha e que conseguem prender Kurjak. Harlan e Tesla encontram seu amigo na mina, mas Emil se mostra agressivo e fere Tesla: ele foi transformado num vampiro. Para libertá-lo a Harlan não servirá encontra um Mestre da Noite, mas sim entender o que há por trás da intriga em que foram lançados.

O episódio se baseia principalmente no componente emocional, desencadeando pela "condenação" de Emil, e na ação. Infelizmente o cenário africano, com uma pitada de folclore, foi pouco desenvolvido, engenhoso termos dois vilões, proposta que já nasceu morta, pois tudo somado foi pouco aproveitado.
Os desenhos de Bartolini são o de melhor no álbum, bem definidos, precisos, com contornos claros, com figuras que se destacam contra fundos escuros sob uma luz teatral. O uso de telas é massivo, o que confere às páginas ricos tons escuros gradativos. Muito bonitas as cenas africanas da vila e dos animais selvagens. 



Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it

quarta-feira, 10 de junho de 2020


T-REX!
Um senador americano recebeu a plaqueta de ferro típica, que identifica os soldados americanos. Detalhe: a que recebeu anonimamente é de seu irmão que lutou no Vietnam e nunca voltou para casa.
Para o trabalho de ir até que o país do sudeste asiático, melhor contratar um mercenário, afinal será uma missão não oficial, e para isso, foi contratado T-Rex, amigo de Harlan.
T-Rex entra em contato com Dampyr, pois no local aonde possa estar o irmão do senador,  pois no local está agindo uma quadrilha de narcotraficantes e, um agente que investigava aparece morto com uma mordida no pescoço e sem sangue.
Até aí, tudo bem! Mas ao ler o nome na plaqueta de identificação, Dampyr toma um choque: Carey! Há pouco tempo antes dessa missão, Harlan "viu" no Livro do Tempo Perdido, que numa missão no Vietnam, Carey matando Kurjak! E agora estão indo para essa missão...

Dampyr 190 - A sombra de Tziao-Min (História de Claudio Falco com desenhos de Silvia Califano)

sábado, 6 de junho de 2020


DAMPYR 242 - O pintor da Escola Negra (Venanzetti, Cropera)

Por David Padovani

Histórias de folclore e de vários países nos contam que existe uma universidade do mal, um colégio infernal onde os estudantes aprendem as artes do mal. Depois que Harlan também foi um estudante, no Dampyr Especial 9, a Escola Negra tinha decidido de proibir o ingresso de humanos, mas diante do extraordinário do pintor Adam Weber, decidiu-se por uma excessão.
Nicola Venanzetti usa como referência uma história de Mauro Boselli para trazer a campo, alguns personagens como o diretor da escola Adar Melek e o seu fiel demônio Haboryn, bem como, criar um personagem como Adam Weber, que teria todas as credenciais para merecer um estudo mais aprofundado.
A história se apoia largamente nas páginas e na fantasia de Michele Cropera, que com seu estilo rico de negro, feito de sinais e linhas quebradas que criam visões, arquiteturas e criaturas monstruosas de grande impacto visual.
A conclusão do álbum deixa um gosto amargo na boca, pois Venanzetti criou as premissas e as expectativas para fazer do antagonista um personagem atormentado, um artista amaldiçoado, que no entanto, basicamente fica em segundo plano. Se é verdade que no universo dampyriano sempre podemos esperar o retorno de qualquer personagem, esse número é uma boa história autoconclusiva de Dampyr, mas não um filão fundamental para a continuidade, pelo menos até que se prove o contrário.



Falamos de:
Dampyr #242 - O pintor da Escola Negra

Nicola Venanzetti, Michele Cropera

Sergio Bonelli Editore, maio/2020

96 páginas, 3,90


Publicado originariamente no site: www.lospaziobianco.it

quinta-feira, 4 de junho de 2020



O trem fantasma prateado do metro de Estocolmo...

SILVERPILEN

Dampyr 243
Nas bancas italianas: 04/06/2020 
História: Giovanni Eccher
Roteiro: Giovanni Eccher, Mauro Boselli
Desenhos: Arturo Lozzi
Capa: Enea Riboldi

Por décadas, em Estocolmo, o metrô possui duas lendas urbanas: o perturbador Silverpilen, o trem com reflexos fantasmagóricos e metálicos que passa pelas estações sem parar (e ai se ele parou para novê!) e a inacabada e abandonada estação Kymlingue, "onde apenas os mortos descem"... Na Suécia para um ciclo de conferências com o Professor Milius, Harlan descobre que a lenda tem naturalmente um fundo de verdade. O trem fantasma era apenas um trem de serviço e a estação Kymlingue foi abandonada porque no seu entorno não foi construído o bairro previsto. Até aqui é tudo real? Quando, a Kymlingue, o Silverpilen pararem para eles, Harlan e Milius terão coragem de subir?




Matéria publicada originariamente no site: www.sergiobonellieditore.it

terça-feira, 2 de junho de 2020


O pintor da escola negra - Dampyr 242 (maio de 2020)

(Crítica de Paolo M.G.Maino)

Depois das festas para o número de vinte anos, a cores, O cavaleiro de Roccaburna, partimos para os próximos 10 anos de Dampyr com o intenso claro escuro de Michele Cropera para uma história escrita por Nicola Venanzetti, O pintor da escola negra. 
Com uma escolha bem sucedida de alternância, depois de uma história que adentrou na história da Europa do Século XVII e que pôs Harlan em segundo plano, para deixar as honras ao Draka pai, eis uma clássica história de horror e loucura, que pisca o olho para tradição da arte expressionista alemã.
Mas vamos em ordem.
o pintor da escola negra - Dampyr 242
Roteiro e história: Nicola Venanzetti
Desenhos: Michele Cropera
Capa: Enea Riboldi

Um longo prólogo que ocupa um quinto das páginas nos conta de um pai e de um filho (Klaus e Adam Webber) e da relação difícil entre eles e sobretudo de um destino a qual ambos são chamados, mas que eles respondem de modo diferente. O destino é entrar na Escola Negra (aquela do estupendo Dampyr Especial nº 9, desenhado por Paolo Bacilieri), mas enquanto Klaus se recusa, Adam abraça a causa infernal e se dedica de corpo e alma a essa. Porque? Que coisa o anima? Quais objetivos tem? 
De fato o álbum é a resposta a essa pergunta, inserido no mais amplo horizonte da continuidade dampyriana, porque nele se fala da Escola Negra, de inferno e de dimensões do Multiverso, ou melhor, de realidades que não são deste mundo.  
A fazer companhia a Harlan nesta aventura escura e onírica (mas se trata de pesadelos que ganham vida e não de belos sonhos tranquilizadores) tem o fiel Kurjak (aqui realmente o ombro amigo que tem a tarefa de colocar no contexto algum diálogo e amplificar as cenas de ação) e sobretudo a cada vez mais presente Ann Jurging. Além de tudo a história se desenvolve na Alemanha, pátria de origem da bruxa. Quando será decisiva a presença de Ann, entenderão, lendo. Aqui nos basta registrar os já contínuos retornos de Ann que de personagem coadjuvante está se alçando à hospede semi fixa, sobretudo ativa nas histórias mais escuras e ligadas à magia. 
A história de Venanzetti
Venanzetti se confirma como uma bela realidade no restrito grupo dos autores dampyrianos. Uma história por ano, é verdade, mas sempre bem trabalhada e em plena linha com os tons da série (pensem nas duas últimas: O ano novo céltico e Helfire Club). Venanzetti sabe evocar mundos e sabe demonstrar seu conhecimento de literatura, cinema e da arte crepuscular, decadente, underground e de gênero expressionista do século XX com particupar referimento a cultura inglesa e germânica em geral. O tom culturalmente alto (mesmo nos contornos de um quadrinho popular) está garantido sem cair em citações por si só.
O ritmo da história é vivo e alterna momentos planos de explicações (necessárias) a momentos de ação com monstros que definir inquietantes é eufemismo. Muito profunda a dinâmica da relação pai/filho no binômio Klaus-Adam. Sobre isso - talvez seja uma coincidência - me parece pegar um paralelo anti ético com relação a dupla Draka/Harlan, que de alguma forma foi o foco (ao menos com um desejo do pai) no número passado.
Os desenhos de Cropera
A história foi direcionada da redação a um dos desenhistas mais apto a evocar mundos distorcidos e imprevisíveis: Michele Cropera. De suas últimas histórias, muito significativas temos Bloodwood (cinema expressionistas alemão e americano entre as duas guerras); O suicídio de Aleister Crowley (história que gira em torno do poeta português Pessoa) e enfim esta excursão no mundo da arte em O pintor da Escola Negra (não posso esquecer sua contribuição no álbum colorido passado em Lucca - O santo vindo da irlanda).
Cinema, literatura, arte com as indicações de três autores diferentes (Giusfredi, Boselli e Venanzetti) mas com o mesmo êxito: histórias que ficaram na memória também pelos desenhos carregados e intensos de Cropera. As suas figuras alongadas, as suas faces melancólicas, os seus monstros deformados reconhecíveis a quem segue Dampyr habitualmente e para quem o compra só de vez em quando, só podem despertar curiosidade e nunca ('nunca, nunca') indiferença.
Uma menção especial merecem as representações das metaformoses desse álbum (numerosas) que vêm do mundo de Adam Webber e nas criações do pintor.
Apreciamos esse número e que, como sempre, deixa em aberto novas pistas de desenvolvimento que, esperamos, sejam cobertas por uma espécie de continuidade Venanzettina inserida no mais amplo afresco dampyriano.
Nos vemos em junho, quando teremos o retorno de outro desenhista muito amado (Lozzi) para uma história escrita pelo dueto Eccher/Boselli. Da Alemanha voaremos para o norte, para Estocolmo.



Publicado originalmente no site: www.fumettiavventura.it