Cuba Livre
História e roteiro: Luigi Mignacco
Desenhos: Dario Viotti
Capa: Enea Riboldi
Crítica de Paolo M.G. Maino
Luigi Mignacco é um dos pontos de referência entre os autores da Bonelli, o é para os colegas como para os leitores, porque as suas histórias são sempre bem estruturadas e sobretudo, envolventes. E seu décimo trabalhos a série regular (além de outras três histórias entre Especiais e Maxydampyr), confirma a sua excelência e a sua experiência. Cuba Livre é uma perfeita história dampyriana e ao mesmo tempo Mignacco leva Harlan e pards a um terreno bem conhecido deles (anos 50 de misternoiana memória e contextos de guerra: vocês recordam a sua primeira história para Jerry Drake? E também as histórias de gangsters que Mignacco trabalhou para o estupendo "Keller", com desenhos de Raffaelli).
Breve sinopse: Harlan, Kurjak e Tesla, chegam em Havana atrás de uma tênue e vaga pista, um vídeo no Youtube de uma cantora que aparentemente morreuhá mais de 50 anos e que é citada por uma jornalista da revista Roling Stones. Chegando na capital cubana, o encontro com um grupo de não-mortos elimina qualquer dúvida e os colocam na pista de Huracán, o mestre da noite que escolheu a séculos, a ilha caribenha como seu território de caça, que se tornarão cada vez mais claras e, entre visões do passado e pistas dos presente, chegarão ao encontro final.
A estrutura base - reconhecerão facilmente mesmo os leitores não habituais de Dampyr - é um clássico para a série: hipóteses da presença de um mestre em um lugar "x", ajuda externa, diálogo/visão à distância entre Harlan e o mestre, encontro final que poderá ter dois caminhos: morte do mestre ou sua fuga. O que acontece no fim de Cuba Livre? Descubram vocês!!!
Mas nesta estrutura, obviamente, a diferença é feita pelo autor e Mignacco nos leva às florestas de Cuba em 1518, com a chegada dos conquistadores espanhóis, as ruas do bairro controlado pela criminalidade de Havana passando através de dois flashbacks ao fim dos anos 50, com ninguém menos que Che Guevara e Fidel Castro (inseridos de modo sensato, sem ser forçado).
Muitos personagens se movem na história de Mignacco e, como antecipado, são muito boas as cenas de estilo gangster. Além disso, Huracán é um mestre da noite crível em todas as suas versões (como deus dos índios, como serpente, como furacão e sobretudo, na sua versão com chapéu panamá).
Dario Viotti depois de sua estréia em Dampyr 196, com uma história do ciclo da antiga Bretanha, torna a deliciar os leitores com seu estilo de desenhos claros. Belíssimos os ambientes, seja aqueles naturais, seja aqueles de Havana e apuradíssimos todos os aspectos ligados às roupas, veículos, móveis... Um trabalho de juntar documentação louco, que confirma o alto valor das páginas da série. Minha única observação é sobre as expressões das faces, que resultam às vezes, um pouco rígidas e então, menos naturais (mas isso é típico do estilo claro do desenhista).
Uma história que confirma o ótimo ano dampyriano, que ainda terá três números esse ano, muito aguardados: Dampyr 224, a história que se passa em Lucca, colorida, com 13 desenhistas (que sairá nas bancas e nas revistarias em versão capa dura); Dampyr 225 com a estréia de Paolo Raffaelli nos desenhos e o Especial nº 14, com desenhos de Andrea Del Campo!
Crítica publicada originariamente no blog: www.fumettiavventurarecensioni,blogspot.com
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