sábado, 5 de agosto de 2017


CRÍTICA

Série: Dylan Dog 371
Episódios: Chega o Dampyr
Textos: Roberto Recchioni, Giulio Antonio Gualtieri
Desenhos: Daniele Bigliardo
Capa: Gigi Cavenago
Letrista: Cristina Bozzi 
Páginas: 96

Editora: Bonelli, 08-2017



Há alguns dias começou o tão esperado crossover entre o Detetive do Pesadelo e Dampyr,  que inicia-se em Dylan Dog 371, para concluir-se no próximo Dampyr, nas bancas em 3 de agosto. Para o deleite dos colecionadores, as edições são publicadas com duas capas diferentes que, unidas uma a outra, formam uma grande ilustração.
Numa discoteca em companhia pouco interessante. Dylan é abordado por uma bela moça de longas tranças. Depois de um papo com ela, essa começa beijá-lo, no exato momento em que aparece no local Harlan Draka. Dampyr de fato, está seguindo Lagertha - esse é o nome da moça - que se revela uma não morta perseguida pelo Mestre da Noite Lodbrok. Pouco depois, um grupo de não-mortos transforma o local num inferno, mas Harlan consegue enfrentá-los sem maiores problemas. Lagertha, porém, consegue escapar. Dylan a encontra em casa, a ponto de fazer de Groucho "um lanchinho", mas ela o convence que está ali para pedir sua ajuda. E assim, quando surgem Harlan, Kurjak e Tesla, o Detetive do Pesadelo se coloca entre eles para protegê-la.
Depois de um início com "o pé esquerdo", Dylan e Harlan entendem que estão do mesmo lado e decidem se ajudar. As intenções de Lagertha, são verdadeiras. O seu Mestre Lodbrok é um pirata e saqueador, e, há séculos singra os mares com seus não-mortos vikings, da qual Lagertha faz parte. Mas agora Lodbrok, apoiado pelo famigerado e potente John Ghost, está empenhado numa empreitada sem futuro: vingar-se do seu odiado inimigo Marsden, que lhe roubou um carregamento de armas. Lagertha sabe que Lord Marsden é mais forte, e quer salvar seu Mestre, evitando o encontro entre os dois.

O Mundo de Dylan Dog e o de Dampyr, como sabem os apaixonados pelos quadrinhos da Editora Bonelli, são a grosso modo os mesmo, e muitas vezes também as temáticas e gêneros (mas, como explica Recchioni na nota introdutiva, diversos são os modos em que as duas séries e os respectivos protagonistas enfrentam o horror). Inevitável, então, que antes ou depois de Harlan e Dylan se encontrariam. Apesar da grande expectativa criada quando foi anunciado esse lançamento, ver os dois personagens juntos na mesma página é emocionante. A história demonstra a diferença de "aproximação" entre o Detetive do Pesadelo e o Caçador de vampiros: este é decidido, duro, implacável com os inimigos, enquanto Dylan é aberto às mais diversas possibilidades, ao ponto de defender um Mestre da Noite. Da outra parte, no mundo das criaturas da noite, Dylan é considerado "um caçador de monstros de bom coração" e Lagertha o considera quase "um deles".
A história, em suma dedica muito espaço para a relação entre os personagens e tem alguns trechos de ação, e, acaba deixando provavelmente um "algo a mais" para segunda parte da história.
Os desenhos de Bigliardo criam à perfeição a atmosfera nevoenta de Londres, com um amplo uso do cinza. Particular às faces dos vampiros, parecidas com morcegos.


Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.com







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