CRÍTICA - DAMPYR
Título: Maxi Dampyr 8
Episódios: 1 - Caça a Raposa; 2 - Vale da Escuridão; e 3 - A Klan Vampira
Letrista: Omar Tuis
Páginas: 292
Editora: Bonelli, 08-2016, 288 páginas
Episódios: 1 - Caça a Raposa; 2 - Vale da Escuridão; e 3 - A Klan Vampira
Histórias e Roteiros: Claudio Falco (Episódio 1); Luiggi Mignacco (Episódio 2); e Nicola Venanzetti (Episódio 3)
Desenhos: Arturo Lozzi (Episódio 1); Andrea Del Campo (Episódio 2); e Daniele Statella (Episódio 3)
Capa: Enea RiboldiLetrista: Omar Tuis
Páginas: 292
Editora: Bonelli, 08-2016, 288 páginas
Como todo ano, julho é o mês do Maxi Dampyr, publicação que se propõe presentear os leitores com alguns calafrios sob a sombrinha de praia (ou em cidades quentes para os menos sortudos). Antes de falar do último número, retomaremos a conversa interrompida com o Maxi 8, Três, como tradição, as histórias apresentadas.
Caça a Raposa: Na Bórnia Hezergovina, o famigerado oficial Dragan Krasic, conhecido como "a Raposa", retomou com um pequeno grupo a sua brutal operação de limpeza étnica. Foi por causa do "fogo amigo" de Krasic,durante a guerra na ex-Iugoslávia, em que a mulher e o filho de Kurjak morreram. Junto com Harlan e Tesla, Emil parte para Bojisov para reencontrá-lo. Infelizmente também Lord Marsden está procurando manter contato com "a Raposa", para propor-lhe um acordo para reabrir uma fábrica da Temsek, na região. Quando conseguem encontrar Krasic, os nossos também enfrentam os não-mortos do Mestre da Noite.
Neste episódio Kurjak deve enfrentar ainda a dor de suas perdas. Rever os lugares aonde viveu com sua família lhe faz mal, e ainda para agravar as coisas, ele tem visões da mulher e do filho. Ao final, Emil consegue obter sua vingança, mas é uma vingança amarga, porque não pode fazer nenhum voltar atrás. Kurjak, de qualquer maneira, sente que assim fechou as contas com o passado. Uma história amarga, esta de Claudio Falco, intensa e emocionante, e bem longe de qualquer tom consolador que muitas vezes se faz presente nos quadrinhos. Notáveis os desenhos, precisos e detalhados, de Lozzi, capazes de dar um forte impacto dramático às cenas cruciais, com belíssimo jogo de sombras e uma escolha feliz das enquadraturas.
Vale da Escuridão: À procura de uma potencial zona escura, Harlan parte para o baixo Piemonte, para interrogar o mestre Mario D´Andrea. Em 1944, no vilarejo de Rovi, base da resistência, se verificou a traição do marechal Aurélio Esposito, morto pelo "Bando dos Bovari". Fala-se que a vila, agora abandonada, seja maldita. E de fato, entre os seus becos, tem suas visões e descobrido o esconderijo de um grupo de fanáticos assassinos, inspirados na aura maligna do local, cujo objetivo é encontrar uma água de ouro do império otomano.
Este episódio, um pouco mais detalhado, incide mais sobre a atmosfera da vila abandonada, com os seus becos desertos e os ângulos escuros, à feição de Del Campo.
A Klan Vampira: Em Ouachita County, no Arkansas, em 1864, a companhia sulista guiada pelo Capitão Willis foi exterminada por um batalhão nortista. O Capitão foi salvo pelo Mestre da Noite Konrad, proprietário de uma plantação, que transformou Willis em um de seus não-mortos. Hoje o açogueiro Floyd Hawkings e seu Jonnhy, aliados de Konrad, são abordados pelos homens de Foreman, contratados pela Cohen Oil para vencer a resistência de Hawkings para entregar suas terras. Para resolver o encontro, surge um grupo de encapuzados da Klux Ku Klan,que se revelam os vampiros de Konrad. Harlan e Kurjak chegam a Ouachita County e se encontram com Konrad e seus não-mortos, na reinvocação de uma batalha histórica.
Um dos pontos fortes de Dampyr é a variedade de temas, tons e ambientações. Neste terceiro episódio, nada a dizer, uma drástica mudança de atmosfera que permite uma leitura variada. Se trata de uma clássica e agradável história de aventura, com um que das batalhas de Guerra Civil Americana, onde Harlan demonstra todo o seu valor de combatente que nunca desiste. Statella demonstra explendidamente cenas do passado e do presente, com grande cuidado nas expressões dos personagens. Memoráveis algumas faces assustadas ou sofridas, e, sobretudo o tributo ao grande Lemmy dos Motorhead, cuja face foi emprestada ao personagem do Capitão Wllis, com um pouco mais de cabelo.
Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blospot.it
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