quinta-feira, 10 de novembro de 2016



Dampyr 200: Uma reunião toda a cores

Carmelo Nigro

Nas bancas desde 4 de novembro, Dampyr 200! Para festejar o evento, em uma já conhecida tradição bonelliana, Boselli e Rossi propõem um número especial com 110 páginas, inteiramente a cores.

Deixando para trás as histórias do percursor de Harlan, Taliesin, na Britânia medieval narrada nos dois números precedentes, este novo episódio parece querer inaugurar um novo ciclo narrativo. E os autores capricharam, deixando em segundo plano o mistério e as perguntas, e dessa vez, trazem a ação.

Já não era sem tempo um encontro direto entre o filhote de Draka e o Mestre da Noite Erlil Khan, confronto que terá, magníficas explosões, seres demoníacos, uma armada e táticas  de militares, próprio da guerra do Oriente Médio, em pleno território Daesh. Para a grande batalha, porém, devem esperar a segunda parte da edição. O início será dedicado a uma chamada às armas global, ocasião para rever muitos dos grandes aliados e adversários de Dampyr, unidos em campo aberto para ajudarem o protagonista.

Interessante a escolha da ambientação: um teatro de guerra real e dramaticamente ligado a atualidade. A escolha tem o sabor de retorno às origens, àqueles primeiros episódios ligados ao então conflito do Kosovo. Que depois de meses passados saltando entre dimensões alternativas e universos paralelos (os amantes do velho H.P.Lovecraft adoraram), tenha chegado o momento de um novo banho de realidade para a série? 

O encontro se concluirá com perdas ilustres, mas entretanto obviamente não será o fim: atrás da batalha se esconde algo a mais, e as partes em jogo talvez poderão ser mais do que aquelas declaradas...


Crítica publicada originariamente no site: www.senzalinea.it

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