Dampyr #218 - Danças Macabras (Boselli, Rossi)
David Padovane
O segundo capítulo desta trilogia muito importante para continuidade dampyriana, tem uma particularidade de ser uma história peculiar para a série criada por Mauro Boselli e Maurizio Colombo: a protagonista da história, quase exclusivamente é Tesla, a não morta aliada de Dampyr, que goza também de uma capa dedicada a ela.
E ainda é Boselli que se encarrega do roteiro, uma história que nas sequências dedicadas a Tesla brinca sabiamente e eficazmente tanto com as citações da literatura de horror de Edgar Alan Poe quanto com aquelas cinematográficas. Elementos estes bem encorpados na narração, que produzem um crescimento da tensão, página após página, até o notável golpe de cena bem feito e inesperado. O meio da história, por outro lado serve para quebrar o ritmo e acrescentar ansiedade pelo epílogo, mas também como um fio que liga essa história a anterior, através da presença de Nikolaus, ambíguo aliado de Harlan e pards, e referências contínuas ao infernal Nergal.
Luca Rossi, um dos pilares da série, cria páginas nas quais o seu estilo detalhado brinca com as composições ambientais construídas nas sombras. Os espaços se definem através do preto pleno, formas geométricas geradas tanto das sombras dos personagens quanto da conformação dos lugares, reforçam no leitor a idéia que aquilo que aconteceu com Tesla possa ser um pesadelo, infelizmente para ela é muito real.
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