Sexto número do ano e sexto autor diferente (em julho retorna Boselli, mas em agosto será Giusfredi e então chegaremos a 7 autores diferentes em 8 meses... mas a unidade narrativa de Dampyr continua forte, seguramente graças ao excelente trabalho editorial dos curadores Boselli e Giusfredi). A vez é Luigi Mignacco que sempre junto com os desenhos de Dario Viotti volta a nos contar de Huracan, o Mestre da noite das Antilhas, que de Cuba tenta restabelecer seu reino do mal no devastado Haiti.
Mas vamos por ordem.
HAITI - Dampyr nº 255
Argumento e roteiro: Luigi Mignacco
Desenhos: Dario Viotti
Capa: Enea Riboldi
Vou apresentar alguns antecedentes e algumas idéias básicas, mas depois gostaria de comentar apenas alguns aspectos para não prejudicar o gosto pela leitura.
Na criminalidade do instável Haiti, o mais pobre e mais abandonado das Antilhas, Zambou Doc, o líder dos Tonton Macoutes, parece ter aumentado seu poder e também governa com mão de ferro.
A atrair a atenção de Harlan dois detalhes: um sonho inspirador com seu pai Draka (cena belíssima) e a presença de uma velha conhecida, ou seja, a mambo Marceline, que conhecemos em uma história bela nos números 9394.
Daqui em diante é ação, ação, ação sem frescuras e sem discursos inúteis. O que acontece, você descobrirá lendo, mesmo que o típico clichê de um confronto com os Mestres da noite seja respeitado (e repetido), embora com algumas variações (com a cooperação de Julie).
Um bom número, que usa um roteiro sólido de Mignacco que imediatamente pensou na história Cuba livre / Haiti, como se fossem uma história, simplesmente expandida ao longo do tempo, afinal, Mignacco e Viotti já assinaram na página 45 e a indicação é clara: 2018, ano da publicação de Cuba livre. Se lida com um díptico (e convido-o a fazê-lo) a história torna-se ainda mais divertida e funciona ainda melhor (como a dupla em tempos prolongados como a da Mestre da noite Ah-Toy criada por Claudio Falco).
Além do fato de as duas histórias terem sido desenhadas pro Viotti, o que confere uma unidade praticamente perfeita.
Então, vou falar sobre os desenhos que são realmente admiráveis. Eu já tinha gostado da linha clara e precisa de Viotti em sua estréia dampyriana entre as coisas da Bretanha, ele me convenceu no primeiro confronto com Huracan, mas agora há peças de habilidade importante, como as duplas splash pages, nas páginas 16-17 e 40-41 ou a batalha final. Mas tudo funciona nos lápis e tintas de Viotti, do cenário à ação, dos rostos dos personagens (todos eles!) às sombras (linha clara não significa ausência de escuridão, hein!!!).
100% satisfeito? Digamos que 99%, mas apenas porque o final me parece fechar de uma forma repentina (vamos ser claro e não inconsistentes), só que de vez em quando gostaríamos de um bom Mestre da noite que pudesse competir com Marsden ou melhor ainda, com Vathek pela duração ao longo do tempo.
Publicado originariamente no blog: www.fumettiavventura.it
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