Série: Dampyr 226
Episódio: Hellfire Club
Textos: Nicola Venanzetti
Desenhos: Fabrizio Longo
Capa: Enea RiboldiLetrista: Omar Tuis
Páginas: 96
Editora: Bonelli, 01-2019
No condado de Kent foi morto o agente imobiliário Neil Woodward, frequentador do ambiente sadomaso local. Segundo o detetive Simon Fine, esse homicídio e outros foram inspirados na Vênuis Negra, que remonta a Ishtar, cujo culto se desenvolveu em meados do Século XVIII, com parte do que era praticado no famigerado Hellfire Club de Lord Dishwood e Lord Summerisle.
As investigações levam Fane, com a ajuda de Harlan e Kurjak, na pista do magnata Harford da associação filantrópica "Angels Guard". A jornalista Marion Wright vem a saber de alguns operários que desapareceram ou enlouqueceram enquanto trabalhavam para Harford, e promete aos nossos mais detalhes. Marion, entretanto, é sequestrada por Harford e conduzida a um inquietante encontro com a Vênus Negra. Em seguida, a jornalista, encontrando Harlan e companhia, mostra-se completamente mudada e convertida a causa de Harford, tenta encobrí-lo.
O detetive identifica um possível motivo para o crime na disputa pela posse de algumas terras em Kent. Perto da verdade, Harlan, Kurjak e Fane são atraídos para uma armadilha nas ruínas do Castelo de Summerisle, onde são feitos prisioneiros. Os poderes de Harlan, parecem de fato, ineficazes contra o inimigo que os nossos devem enfrentar, e o único que pode ajudá-los parece ser Ryakar.
Uma história obscura essa de Venanzetti, que precipita os nossos em um mundo de depravação e loucura, onde a ambição dos adeptos de uma seita é a aniquilação em um delírio sadomasoquista que não tem mais nada de humano. A estupidez dos personagens negativos é ainda mais carregada pela identidade falsa da deusa que eles adoravam e confundiam com Ishtar. O entreleçamento com a história do Hellfire Club é eficaz nesse sentido, misturando-se às sugestões kubrickianas das Eyes Wide Shut.
Desde a explêndida primeira página, os desenhos criam uma atmosfera enevoada e sulfurosa. Longo consegue encobrir suas páginas com melancolia, mesmo aquelas com cenas de sexo, que não são sensuais, mas brutais e terríveis, enquanto as expressões autorizadas dos personagens insinuam uma sensação de inquietude no leitor, continuamente pressionado por uma sensação de iminente ameaça.
Crítica publicada originariamente no blog: www.ilcatafalco.blogspot.it
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